19 Outubro 2021
“Ninguém é tão rico que não precise do outro e ninguém é tão pobre que não tenha nada para dar”. Para o Ministro provincial da Úmbria e Sardenha, este é o valor da visita de Francisco à cidade da Úmbria, onde encontrará um grupo de pessoas necessitadas vindas de toda a Europa em vista do Dia Mundial dos Pobres em 14 de novembro.
A reportagem é de Eugenio Bonanata, publicada por Vatican News, 18-10-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.
É grande a alegria em Assis pela anunciada visita do Papa Francisco à Porciúncula, no próximo dia 12 de novembro. “Estamos muito felizes”, disse o ministro provincial dos Frades menores da Úmbria e Sardenha, Pe. Francesco Piloni, que destacada principalmente “o desejo do Papa de evidenciar nesta etapa o encontro com os irmãos pobres”. Esta visita será "em nome da simplicidade", acrescenta o religioso, recordando o caráter privado do encontro organizado pelo Dicastério para a Promoção da Nova Evangelização, dirigido por monsenhor Rino Fisichella.
Pela inspeção realizada nos últimos dias na Basílica de Santa Maria degli Angeli, confidencia o franciscano, surgiu o desejo de traduzir "imediatamente e com eficácia" o desejo do Papa de um evento essencial. “No centro - continua - está a relação com cada pessoa, ressaltada também pela atenção às pequenas coisas e, em particular, por um pequeno presente que será dado aos irmãos pobres em sinal de conhecimento, atenção e solicitude”.
Ainda faltam os detalhes oficiais. Mas o padre Piloni reflete sobre o tema da fraternidade desde o início evocado pela escolha do Papa Francisco. “Ninguém - afirma ele - é tão rico que não precise do outro e ninguém é tão pobre que não tenha nada para dar”. Uma mensagem que diz respeito a cada um de nós sobre a urgência de recuperar a autenticidade das relações. “Se não nos engajarmos nesse desejo de Deus de fraternidade e vínculos profundos e verdadeiros, corremos o risco de entrar cada vez mais naquelas estruturas de pecado que se chamam egoísmo e individualismo: acredito que este seja o vírus mais terrível da atualidade”.
Para o Padre Piloni, o Papa Francisco tem no coração a espiritualidade do Santo de Assis e, especificamente, uma passagem do capítulo nove da Regra não bulada. “Os frades - lemos - devem alegrar-se quando convivem com pessoas vis e desprezadas”. Mas não é só a alegria de caminhar junto com os mais necessitados que é a única moldura que contém o significado dessa visita. Para a família dos Frades menores também existe a singularidade da Porciúncula para recordar o Evangelho vivido até aos extremos confins da terra.
Uma visão que nos remete a outubro de 2013, quando o Papa Francisco foi para Assis pela primeira vez e, saindo da Basílica de Santa Maria degli Angeli, disse à multidão que havia ouvido apenas uma palavra durante a oração na Porciúncula: “Evangelho, Evangelho, Evangelho! ". “Uma visão - conclui Piloni - que ficará ainda mais impressa depois da próxima visita porque um dos conteúdos fortes do Evangelho é justamente a dimensão dos pequenos, dos pobres, daqueles que não acreditam serem ninguém, e daqueles que fazem de suas vidas uma possibilidade de encontro”.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
O Papa com os pobres em Assis. Os Frades menores: sinal concreto de fraternidade - Instituto Humanitas Unisinos - IHU