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23 Julho 2021

 

"Como nunca antes na história, o destino comum está em nossas mãos: devemos escolher entre seguir a mesma rota que nos leva a um abismo ou mudar forçosamente e garantir um futuro para todos, mais frugal, mais solidário e mais cuidadoso para com a natureza e a Casa Comum", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor, em artigo publicado em seu blog, 21-07-2021. 

 

Eis o artigo. 

 

As grandes enchentes ocorridas na Alemanha e na Bélgica em julho, mês do verão europeu, causando centenas de vítimas, associadas a um aquecimento abrupto que chegou em alguns lugares a mais de 50 graus, nos obriga a pensar e a tomar decisões em vista do equilíbrio da Terra. Alguns analistas chegaram a dizer: a Terra não se aqueceu; ela se tornou, em alguns lugares, uma fornalha.

Isso significa que dezenas de organismos vivos não conseguem se adaptar e acabam morrendo. Atualmente com o atual aquecimento que no último século cresceu em mais de 1º Celsius, e se chegar, como previsto, a dois graus cerca de um milhão de espécies vivas estarão à borda de seu desaparecimento depois de milhões de anos vivendo neste planeta.

Entendemos a resignação e o ceticismo de muitos meteórologos e cosmólogos que afirmam termos chegado tarde demais no combate ao aquecimento global. Não estamos indo ao encontro dele. Estamos gravemente dentro dele. Argumentam, desolados, temos pouco que fazer, pois o dióxido de carbono já está excessivamente acumulado, pois, permanece na atmosfera entre 100 a 120 anos, agravado pelo metano, 20 vezes mais tóxico, embora fique por pouco tempo no ar. Por surpresa geral, ele irrompeu, devido ao degelo das calotas polares e do permafrost que vai do Canadá e atravessa toda a Sibéria. E fez crescer o aquecimento global.

A intrusão do Covid-19, por ser planetário, nos obriga a pensar e a agir de modo diferente. É notório que a pandemia é consequência do antropoceno, quer dizer, do excessivo avanço agressivo do sistema imperante, baseado no lucro ilimitado. Ele ultrapassou os limites suportáveis pela Terra. Pelo desmatamento à la Ricardo Salles/Bolsonaro, pelo cultivo de monoculturas e pela geral poluição do meio ambiente, chegou-se a destruir o habitat dos vírus. Sem saber para onde ir, saltaram para outros animais, imunes dos vírus e deles passaram a nós que não possuímos esta imunidade.

Vale pensar o que significa o fato de que o inteiro planeta foi afetado, por um lado igualando a todos, e por outro aumentando as desigualdades porque a grande maioria não consegue viver o isolamento social, evitar as conglomerações, especialmente, no transporte coletivo e nas lojas. Não afetou os demais seres vivos, nossos animais domésticos.

Devemos reconhecer: os visados fomos nós, humanos. A Mãe Terra, desde os anos 70 do século passado, reconhecida como um organismo vivo, Gaia, e pela ONU (no dia 22 de abril de 2009) aprovada verdadeiramente como Mãe-Terra, nos enviou um sinal e uma advertência: “parem de agredir todos os ecossistemas que me compõem; já não me concedem o tempo suficiente para repor o que me tiram durante um ano e de me regenerar”.

Como o paradigma vigente considera a Terra ainda como um mero meio de produção, num sentido utilitarista, não estão prestando atenção a suas advertências. Ela, como super-organismo vivo, nos dá sinais inequívocos, como agora, com as grandes enchentes na Europa, o excessivo frio no hemisfério sul e a gama de vírus já enviados (zika, ebóla, chikungunya e outros).

Como somos cabeças duras e vige uma clamorosa ausência de consciência ecológica, podemos ir ao encontro de um caminho sem retorno.

Curiosamente, como já foi comentado por outros, “os profetas do neoliberalismo estão se transformando em promotores da economia social porque concebem, diante da catástrofe atual, que já não será possível fazer o mesmo que antes e que será necessário voltar aos imperativos sociais”. O pior que nos poderia acontecer é voltar ao antes, cheio de contradições perversas, inimigo da vida da natureza e indiferente ao destino das grandes maiorias pobres e se armando até os dentes com armas de destruição em massa, absolutamente inúteis face aos vírus.

Temos que forçosamente mudar, superar os velhos soberanismos que tornavam os outros países até hostis ou submetidos à feroz competição. O vírus mostrou que não contam para nada os limites das nações. O que, realmente, conta é a solidariedade entre todos e o cuidado de uns com os outros e para com a natureza, para que, preservada, não nos envie vírus ainda piores. Agora é da nova era da Casa Comum dentro da qual estão as nações.

David Quamen, o grande especialista em vírus, deixou esta advertência: ou mudamos nossa relação para com a natureza sendo respeitosos, sinergéticos e cuidadosos, caso contrário ela nos enviará outros vírus, quem sabe um tão letal que nossas vacinas não poderão atacá-los e levarão grande parte da humanidade.

Ao não determos o aquecimento global e ao não mudarmos de paradigma para com a natureza, conheceremos dias piores. Se não podemos mais deter o aumento do aquecimento global, com a ciência e a técnica que possuímos, podemos pelo menos mitigar seus efeitos deletérios e salvar o máximo da imensa biodiversidade do planeta.

Como nunca antes na história, o destino comum está em nossas mãos: devemos escolher entre seguir a mesma rota que nos leva a um abismo ou mudar forçosamente e garantir um futuro para todos, mais frugal, mais solidário e mais cuidadoso para com a natureza e a Casa Comum.

Já há 30 anos repito esta lição e sinto-me um profeta no deserto. Mas cumpro o meu dever que é de todos os que despertaram um dia. Devemos falar e agora já gritar.

 

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