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"Cidade mais bolsonarista do Brasil" no RS também tem mais casos de covid-19

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12 Junho 2021

 

No “Pequeno Paraíso Italiano”, a direita sempre governa, a oposição tem medo e o padre quer prender Renan Calheiros. 

 

Nova Pádua, encravada da Serra Gaúcha e distante 165 quilômetros de Porto Alegre, é a cidade mais bolsonarista do Brasil.
(Foto: Divulgação)

 

A reportagem é de Ayrton Centeno, publicada por Brasil de Fato, 10-06-2021.

 

Nova Pádua, encravada da Serra Gaúcha e distante 165 quilômetros de Porto Alegre, é a cidade mais bolsonarista do Brasil. Não tem pra ninguém: 93% de seus votos no segundo turno de 2018 foram para Jair Bolsonaro. Ele é uma quase unanimidade na cidade que leva o apelido de “Pequeno Paraíso Italiano” por conta da altitude de 630 metros, do clima subtropical, da mesa farta e da qualidade da vida em comunidade. É bem menos paradisíaca, porém, quando o assunto é a covid-19.

São 12.573 contaminações por 100 mil habitantes, acima da média do Rio Grande do Sul, que alcança 9.836. Acontece que Nova Pádua, a exemplo de outras cidades onde o então candidato do PSL obteve mais votos, também registra maior presença de infecções pelo coronavírus. A equação é mais ou menos a seguinte: mais bolsonarismo é igual a mais negacionismo e isso equivale a portas abertas para o vírus fazer e acontecer.

 

“Cloroquina nos postos de saúde”

 

Dois estudos acadêmicos apontam nessa direção. O primeiro foi tocado por pesquisadores do Instituto de Ensino Superior e Pesquisas (Insper), Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) e da Universidade de Toronto, do Canadá. O segundo, de 2020, é da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com o Instituto Francês de Pesquisa e Desenvolvimento (IRD).

O primeiro indica que as cidades que deram mais de 51% dos votos para Bolsonaro sentiram um estrago traduzido em até 299% mais casos de covid-19. Compraram o pacote todo: bolsonarismo, negacionismo, menores cuidados. A pesquisa anterior vai pelo mesmo caminho, vinculando as manifestações do próprio Bolsonaro, que minimizou a doença, chamando-a de “gripezinha”, o que teria se refletido no comportamento de seus apoiadores.

Na Prefeitura de Nova Pádua, a notícia não caiu bem. “Aplicamos 30% do nosso investimento em educação e 20% em saúde”, reclama Pedro Quintanilha. Ele é o chefe do gabinete do prefeito Darnlei Pilatti (PP). Argumenta que a prefeitura recomenda álcool gel, máscaras e não libera eventos. E quanto à cloroquina? “Oferecemos o tratamento precoce nos postos de saúde desde que o paciente tenha receita médica”, esquiva-se.

Quintanilha acha que o tema “foi politizado”, os estudos são “tendenciosos” e meter o dedo no número 17 na urna eletrônica não teria tanta importância assim. A distorção correria por conta do fato de que “80% dos moradores daqui são idosos” e mais sujeitos a contrair a infecção. Tem razão quando cita a longevidade local, mas, segundo o IBGE, erra por muito na porcentagem. Na pirâmide etária do instituto, Nova Pádua aparece com 498 pessoas com mais de 60 anos, quer dizer, pouco mais de 19% da sua população.

 

Menos Bolsonaro, menos covid-19

 

Lagoão, no Vale do Rio Pardo, frequenta outro extremo. Lá, Fernando Haddad (PT) obteve a maior vitória no estado, somando 66% da votação no segundo turno de 2018. Lagoão tem duas vezes e meia a população de Nova Pádua. Ali, a Secretaria de Saúde/RS informa que a incidência da covid é de 7.517 casos x 100 mil. Em Pedras Altas, no Sul do estado, o candidato do PT conseguiu sua segunda maior votação em terras gaúchas: 65,6%. E o estrago do vírus é ainda menor: 5.297 x 100 mil. A terceira foi em Herval, na mesma região, onde ficou com 65,5% dos votos. Lá, a relação é de 5.483 x 100 mil.

 

“Fofoca da oposição esquerdopata”

 

Se Quintanilha é ponderado, o pároco José Mussoi chuta o balde. “Não é verdade. É calúnia, fofoca da oposição esquerdopata e comunista”, resume ao saber das pesquisas. Mussoi chegou em Nova Pádua neste ano, mas veio antes sua fama de largar o verbo na rádio Spaço 100,9 FM, de Farroupilha, na mesma região.

Na frente da latinha, vocifera contra políticos, professores, o isolamento social e o comunismo. Sobrou até para a reforma tributária arquitetada pelo governador Eduardo Leite (PSDB). “Se fala em aumentar impostos vai ter que ir para o inferno”.

Pandemia é palavra que não sai de sua boca. Recusa-se a pronunciá-la. “É coisa de comunista”, explica. Para ele, o coronavírus é obra humana e não de Deus. Arrisca até que significa “o começo da 3ª Guerra Mundial biológica planejada há mais de 30 anos pela Nova Ordem Econômica Mundial que é o comunismo”.

Mussoi não acredita nos quase meio milhão de mortos pela covid-19. Suspeita da “Globolixo”, como chama. “Agora só morre gente de covid. Ninguém morre de outra coisa”, desconfia. Toma cloroquina e garante que funciona. “Só não funciona pra preguiçoso que se esquece de tomar”. Diante do microfone já ousou receita mais pitoresca. “Um álcool gel por fora e um bom vinho por dentro e o bicho vai embora. Digo isso brincando, mas é sério”.

 

“Quando sobe a gasolina não culpam o Bolsonaro”

 

Mas há quem pense de outra maneira. “Cara, aqui é um mundo diferente. Aqui, com 93% Bolsonaro, eu não discuto política. Não tem o que fazer.” Quem justifica seu silêncio não dá o seu nome. Raro eleitor que negou seu voto ao candidato predileto dos locais, ele aceitou falar sobre como é viver no mundo do bolsonarismo unânime, mas sem revelar a identidade. “Quando sobe a gasolina, eles não culpam o Bolsonaro. Dizem que político é tudo igual. Só.”

Mussoi justifica a cautela do entrevistado. “Se o cara é comunista e oposição ao governo é queimado na hora”, diz o guia espiritual de Nova Pádua. Ele, aliás, invoca a Bíblia para dizer que lá consta em algum versículo a implicância com a esquerda. “Mão direita é religião, vida, trabalho, família, segurança, educação. Mão esquerda é crime, corrupção, atrapalhação”, presume.

 

“Renan e Aziz tem que ir pra cadeia”

 

“O padre, publicamente, incentiva as pessoas a tomar o kit preventivo. Para eles, o vírus foi inventado em laboratório e a China mandou pro mundo”, relata nosso entrevistado desconhecido. Quanto aos cuidados, avalia que Nova Pádua “foi o último pedaço do Brasil onde as pessoas, depois que viram os outros morrerem, começaram a usar máscara. Agora, dentro da cidade, respeitam sim. No Interior, não”.

E as aglomerações? “Só fizemos dois eventos. Foi um menarostro, que é um prato com galeto, porco, codorna e polenta. Mas de pegar a comida e levar pra casa”, avisa o padre.

Mussoi acha Bolsonaro ótimo e chama de “gente fina” o general Eduardo Pazuello. Rachadinhas na família? “Ah, isso tem que provar”. E a CPI da Covid? Seu parecer é sintético. “Omar Aziz, o presidente, e Renan Calheiros, o relator, devem ir para a cadeia.”

 

“A maioria iria querer a ditadura”

 

A palavra final fica com o entrevistado incógnito. “Aqui é sempre direita. Fizeram até passeata no tempo da ditadura. É difícil mudar. Gurizada de 12, 13, 14 anos tem o Bolsonaro na foto de perfil (nas redes sociais). Imagina isso?” E conclui: “Tá tudo na mesma estrada, no mesmo sentido. Se fizesse uma pesquisa, a maioria ia querer a volta da ditadura militar”.

 

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