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O passo para trás de Marx: entre símbolo e eficácia. Artigo de Marcello Neri

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07 Junho 2021

 

"A franqueza e a sinceridade de que Marx foi capaz: além de todos os limites, sua decisão – clamorosa, dizem os observadores de longa data dos assuntos eclesiásticos – embaralha as cartas do jogo. A partir desta tarde, as coisas não serão mais como antes – nesse divisor de águas se medirão as tantas vozes que hoje lotam um debate eclesial que terá de aprender estar à altura da cesura que o atravessa de lado a lado. Graças a Marx, justamente", escreve o teólogo e padre italiano Marcello Neri, professor da Universidade de Flensburg, na Alemanha, em artigo publicado por Settimana News, 04-06-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Em carta pessoal ao papa, datada de 21 de maio, o card. Marx, arcebispo de Munique e ex-presidente da Conferência Episcopal alemã (DBK), apresentou sua renúncia pedindo a Francisco "que a aceite sinceramente".

Hoje esta carta foi tornada pública, conforme acertado entre Marx e Francisco, causando agitação na comunicação midiática sobre os assuntos da Igreja.

Uma escolha pessoal que gostaria de destacar as implicações institucionais e estruturais dentro da Igreja - não apenas a alemã. O sistema da Igreja que falhou na gestão e denúncia sobre os abusos, até a ducha fria da investigação encomendada pela própria Conferência Episcopal alemã (publicada no outono de 2018), foi também o sistema Marx à frente dos bispos.

Uma personalidade forte, tendencialmente centralizadora, quase imponente (e por vezes impaciente) para poder gerir os processos de elaboração partilhada de questões tão delicadas de tratar como aquela dos abusos.

Entre consciência e solidão, Marx optou por renunciar em 2020 a mais uma candidatura para liderar a DBK, abrindo caminho para o atual presidente G. Bätzing. Pouco mais de um ano depois, o passo seguinte de sua renúncia da liderança da diocese de Munique foi entregue ao papa.

O tom aberto ao futuro com que se encerra a sua carta a Francisco esconde também as razões do seu passo para trás: “Sou padre há 42 anos, bispo há quase 25 - destes, 20 como ordinários de grandes dioceses (…) . Continuo com prazer a ser padre e bispo desta Igreja e continuarei a empenhar-me no âmbito pastoral, da forma que considere significativa e adequada”.

Neste momento, ter responsabilidades de direção de uma Igreja local significa, de uma forma ou de outra, ter sido também corresponsável pelos erros, negligências ou dolos, que acompanharam o aparecimento e a gestão dos abusos cometidos na Igreja.

Com a sua escolha, Marx dá nome e rosto ao "nós" implicado nessas corresponsabilidades e nos passos falsos cometidos. A força simbólica contida nessa decisão pode revelar-se significativa para impulsionar a eficácia do eventualmente lento, mas irreversível, caminho penitencial de uma Igreja que quer ser outra do que foi no passado.

Sim, poderia - porque não é dado como certo que o simbolismo desencadeie dinâmicas virtuosas. Entre o imobilismo do "nós" que envolve a todos, mas não chama em causa ninguém e a satisfação pelas cabeças que finalmente caem, a Igreja corre o risco de se atolar em formas mundanas de gestão de poder. A tabula rasa, o ingresso do laicato nas câmaras do poder, uma maior aproximação ao Estado de direito e às formas democráticas, não garantem por si só a renovação institucional da Igreja Católica.

Eles não o fazem porque todo e qualquer ponto de apoio é certamente sacrossanto, mas também porque já estão profundamente em crise em nossas sociedades ocidentais. Não o fazem porque uma reforma puramente funcional da Igreja como sistema religioso de poder, não creio toque o cerne da distorção perversa de seu exercício exposta pelos escândalos dos abusos sexuais e de outro tipo.

"A crise produzida por nosso fracasso" levou a Igreja alemã a "um beco sem saída" - esta é a frase de efeito com a qual Marx abre sua carta ao papa. Há muita verdade nisso, mas também há muita falta de generosidade ao mesmo tempo - uma espécie de estranhamento biográfico que obscurece a força simbólica da decisão tomada por Marx.

Mas talvez seja o caso de todas as decisões que procuram transladar o lado institucional da pertença eclesial ao testemunhal. Já elaborar esta décalage adequadamente não será fácil - nem para a Igreja alemã, nem para a Igreja global. Será ainda mais difícil encontrar uma maneira de tornar eficaz a dinâmica simbólica do testemunho dentro das formas institucionais da Igreja. Para isso, é necessária uma espiritualidade profunda, uma boa teologia e aquela liberdade que só o Evangelho pode dar - acima de tudo, é preciso uma Igreja que não seja mais obsessivamente preocupada consigo mesma.

Um redemoinho para o qual o próprio Marx se deixou atrair na configuração inicial do Caminho Sinodal da Igreja alemã – mandando de volta ao remetente a sugestão de abrir um fórum que se apoiasse na vida social e civil do país. Se tivesse aproveitado a oportunidade, diante do inesperado da pandemia que abalou todos os programas religiosos e mundanos, a Igreja alemã estaria um passo à frente de todas as outras instituições nacionais - como deveria estar sempre a Igreja, que vai à frente no tempo em favor de toda a humanidade (mesmo ao custo de errar de caminho e confessá-lo sem medo). Isso sem tirar nada das questões de casa que precisavam urgentemente ser colocadas na mesa para um confronto franco e sincero.

A franqueza e a sinceridade de que Marx foi capaz: além de todos os limites, sua decisão – clamorosa, dizem os observadores de longa data dos assuntos eclesiásticos – embaralha as cartas do jogo. A partir desta tarde, as coisas não serão mais como antes – nesse divisor de águas se medirão as tantas vozes que hoje lotam um debate eclesial que terá de aprender estar à altura da cesura que o atravessa de lado a lado. Graças a Marx, justamente.

 

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