03 Dezembro 2020
Em dois anos, presidente saiu de moda, mas ainda não se produziu uma alternativa sólida.
No meio de uma pandemia e de uma recessão o Brasil ficou com um presidente sem partido, sem projeto e sem aliados. Para quem não gosta dele, pode ser motivo de alegria, mas daqui a pouco vai se perceber como é perigosa essa situação.
O comentário é de Elio Gaspari, jornalista, em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 01-12-2020.
Segundo ele, "a crise sanitária, os números da economia e o resultado da urnas mostraram que o negacionismo de Bolsonaro foi além das derrotas. Ele saiu de moda, mas ficará no Planalto, sem rumo. Presidente desorientado é coisa perigosa. Em julho de 1961 o tresloucado Jânio Quadros cogitava alguma aventura nas Guianas, onde existiria "intenso trabalho autonomista ou de emancipação nacional, com a presença de fortes correntes de esquerda, algumas, reconhecidamente, comunistas".
"A onda de 2018 - constata o jornalista - tinha um componente de irracionalismo que foi tolerado diante da soberba do comissariado petista. Em dois anos, Bolsonaro radicalizou a onda, tirou-lhe plumagem e saiu de moda, mas ainda não se produziu uma alternativa sólida".
A íntegra do artigo pode ser lida aqui.
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Bolsonaro ficará no Planalto, sem rumo, o que é perigoso - Instituto Humanitas Unisinos - IHU