Separados de seus filhos na fronteira estadunidense, 545 migrantes deportados ainda não foram localizados

Fonte: Pixabay

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23 Outubro 2020

Corria o ano de 2018 e as imagens de crianças separadas de seus pais e mães na fronteira dos Estados Unidos geravam indignação global. Donald Trump exercia seu segundo ano de mandato, colocado no poder sobre um forte discurso antimigratório que se materializava na fronteira sul. Dois anos depois, 545 dessas crianças não encontram seus pais.

A reportagem é publicada por El Salto, 21-10-2020. A tradução é do Cepat.

Trata-se de quase um terço dos 2.000 pais e mães que foram deportados do país, antes que um juiz federal ordenasse sua localização, conforme denunciam os advogados designados a localizar as famílias separadas, segundo informam meios de comunicação estadunidenses. A situação foi denunciada pela American Civil Liberties Union (ACLU).

Embora as imagens de famílias separadas e crianças presas em centros de detenção específicos começaram a se tornar públicas em 2018, foi um ano antes, em 2017, que teve início o programa piloto que funcionou como marco para uma política que levaria à deportação de mais de 1.000 pessoas para a América Central, após a separação das filhas e filhos com quem haviam empreendido a rota migratória.

Por sua parte, as 2.800 famílias que sofreram esta política, já em 2018, permaneceram em sua maioria em território estadunidense sob a custódia policial até a sua revogação. A ACLU pede a responsabilização pela separação das famílias, divididas durante o primeiro ano desta política, e exige maiores esforços para localizar mães e pais em seus países de origem. Enquanto os esforços de busca continuam, quase 600 crianças que passaram pela experiência da separação forçada de seus pais e pela estadia em centros de detenção residem com famílias de acolhida ou com parentes distantes.

Das 2.000 famílias que foram separadas em 2017 – segundo dados do Departamento de Segurança Nacional –, a ACLU e outras organizações integrantes do comitê designado a localizar as pessoas deportadas conseguiram encontrar os progenitores de mais de 550 meninos e meninas. Somente 25 deles teriam opção de se beneficiar do reagrupamento familiar e retornar a solo estadunidense.

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