“Machonaria” promete a cura do machismo

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15 Outubro 2020

Machismo tem cura. É o que sustenta o pastor Anderson Silva, líder da Igreja Vivo Por Ti, um dos idealizadores do evento “Machonaria”, que, diante do pagamento de inscrição que varia de R$ 1.850,00 a RS2.950,00, qualquer machão está apto a participar do evento, de 14 a 17 de novembro, no Hotel Vila Velluti, localizado na BR-060, entre Goiânia e Brasília, a 24 Km da capital federal.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

“Não teríamos tantas feministas decepcionadas andando por aí se os homens fossem melhores maridos e pais, porque a reação natural das mulheres de Deus é confiar e respeitar os verdadeiros homens de Deus”, escreveu Silva em postagem no Instagram.

O machismo, disse o pastor em entrevista para a repórter Ana Carolina Mendonça, do jornal Estado de Minas, “não é uma estrutura social, é uma maldição espiritual”. A segunda edição do Machonaria promete a promoção do homem em diversas áreas, fazendo-o se perceber “como rei, profeta e sacerdote”, além de transformá-lo “num homem bíblico”.

Os pastores Rafael Barbalho, Jackson Aquino, Sebastião Donizeti, Paulo Oliveira, Anderson Silva, além do coaching Rafael Serradura são os palestrantes anunciados para o evento, que tratará também da “masculinidade de Deus”. O curso responderá a pergunta “por que Deus e Jesus se revelaram à humanidade como homens e não como uma mulher?”

Além de apresentar etiquetas de comportamento masculino digno de tal na vida e na sociedade, o Machonaria também abordará assuntos ligados a finanças, com temas tipo “como investir na bolsa?” e “como empreender”. Simultaneamente, ocorrerá, na mesma data, a primeira edição do “Femmenaria”, que tem por meta promover a feminilidade, a espiritualidade, a família e o empreendedorismo das mulheres.

Com tatuagens espalhadas pelo corpo, Anderson Silva, 34 anos, recorre, em homilias no templo brasiliense, a citações de artistas pop que se intercalam com passagens da Bíblia. A Vivo Por Ti tem um programa de inserção de LGBTs na igreja. Nas redes sociais, o pastor destaca que “homossexualismo não é doença”, portanto, não carece de cura, mas de arrependimento.

“O grande equívoco da religiosidade é impor a morte do desejo homoafetivo para quem viveu esse pecado. O desejo não morre, ele é controlado pelo poder de nossa nova natureza em Jesus. O Espírito Santo é o novo condutor de nossa vida, o santo freio dos nossos impulsos”, apregoa.

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