06 Outubro 2020
O Grande Imam de Al-Azhar, um dos grandes protagonistas de Fratelli Tutti, comenta sobre a nova encíclica do papa Francisco.
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 05-10-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Com São Francisco de Assis, ele é um dos grandes protagonistas da terceira encíclica papal. O Grande Imam de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb, que assinou junto de Francisco o histórico documento sobre a Fraternidade Humana em Abu Dhabi, agradeceu a “meu irmão o Papa” em sua mensagem, que “restaura a consciência da Humanidade”.
“A mensagem do meu irmão papa Francisco, Fratelli Tutti, é uma extensão do documento sobre a fraternidade humana, e revela uma realidade global cujas posições e decisões são instáveis e são as pessoas vulneráveis e marginalizadas as que pagam o preço... é uma mensagem que se dirige às pessoas de boa-vontade e consciência viva e restaura a humanidade de sua consciência”, escreve em sua conta do twitter, o líder muçulmano, citado várias vezes no texto.
O impacto do documento de Abu Dhabi em Fratelli Tutti é tal, que a universidade de Al-Azhar esteve presente ontem na apresentação da encíclica no Vaticano. O juiz Mohamed Mahmoud Abdel Salam, secretário-geral do Alto Comitê para a Irmandade Humana, que assegurou o texto papal “é um chamado à concórdia que se faz a um mundo em discórdia, assim como uma mensagem clara em favor de uma harmonia, individual e coletiva, com as leis do universo, do mundo e da vida”. Ao mesmo tempo, “trata-se de um argumento que se baseia em razões claras, fundadas na verdade e praticáveis na vida real e no mundo concreto”, continuou.
Durante sua apresentação, o secretário-geral anunciou que, junto com seus colegas do Comitê Superior para a Fraternidade Humana, convocarão um Fórum para 100 jovens, procedentes de diferentes partes do mundo, e organizarão jornadas de estudo dedicadas à encíclica, em Roma e em Abu Dhabi, onde se anunciou o Documento sobre a Fraternidade Humana, porém também no Egito, o país de Al-Azhar, onde os participantes dedicar-se-ão à reflexão, ao estudo e ao diálogo livre e profundo. Deste modo, “a Encíclica chegará aos jovens pertencentes a outas religiões e grupos étnicos, com a esperança de que possa constituir um passo na direção correta, para uma fraternidade humana mundial”.
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“A mensagem de meu irmão Francisco restaura a consciência da humanidade”, afirma Al-Tayyeb - Instituto Humanitas Unisinos - IHU