24 Setembro 2020
Subsídio "migrantes internos, os condenados da terra", traz trajetória histórica do deslocamento no Brasil.
Por ocasião do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado - 27 de setembro 2020, as Irmãs Scalabrinianas realizam a Campanha “Em fuga” para sensibilizar a sociedade sobre as pessoas em situação de deslocamento interno. Segundo o Relatório de Tendências Globais da ONU, de junho de 2020, os deslocados internos em todo o mundo somam 45,7 milhões.
“Para a Pastoral Migratória e para os próprios migrantes, fica o gigantesco desafio de transformar toda fuga em uma nova busca. E cada busca representa uma etapa que nos aproxima da pátria definitiva, ao mesmo tempo pré-anúncio e antecipação do Reino de Deus”, afirma o subsídio da Campanha, de autoria do missionário scalabriniano padre Alfredo Gonçalves que atuou por 25 anos no Brasil em meio aos deslocados internos.
O Documento escrito a pedido da Coordenação da Campanha, dá ênfase aos deslocamentos internos no Brasil e chama a atenção para as causas e consequências históricas deste fenômeno. No Brasil, “historicamente, e até os dias atuais, sempre e quando os moradores da Senzala tentaram transformar os ‘favores provisórios’ em ‘direitos adquiridos’, tiveram de enfrentar as forças da ordem: capatazes, jagunços, policiais, soldados. ”
Padre Alfredinho conclui o texto recordando que “os migrantes internos na trajetória brasileira, ao lado de uma multidão de outros rostos empobrecidos e vulnerabilizados, representam, sim, ‘os condenados da terra’. Condenados ao deslocamento compulsório, mas também à Senzala, à moradia pobre e precária. Enquanto aos habitantes da Casa Grande estão reservados os privilégios e os benesses intocáveis, aos moradores da Senzala cabem as migalhas, os favores”.
Leia a íntegra do subsídio em PDF aqui.
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“Em fuga” apresenta subsídio sobre deslocamento no Brasil - Instituto Humanitas Unisinos - IHU