17 Setembro 2020
O padre Roberto Malgesini, de 51 anos, conhecido por seu trabalho a favor do acolhimento de migrantes, foi assassinado nesta terça-feira (15/09/2020) na cidade italiana de Como (norte) por um tunisiano residente na Itália há 30 anos e que, segundo alguns meios de comunicação, teria problemas psíquicos.
A reportagem é publicada por DW, 15-09-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Malgesini foi esfaqueado por volta das 7 horas locais, fora da paróquia de San Rocco, onde vivia, por um tunisiano de 53 anos, que foi à polícia coberto de sangue para denunciar o homicídio.
O padre cuidava dos necessitados e todos os dias distribuía café da manhã aos desabrigados da cidade.
O assassino confesso, com um pequeno e antigo registro criminal e com vários decretos de expulsão, dormia nos leitos postos à disposição dos sem-teto.
Em frente à paróquia, muitos sem-teto, a maioria de origem estrangeira, reuniram-se para expressar a sua dor pela morte do sacerdote, a quem muito apreciavam.
“Para mim ele era como um pai, quando eu cheguei da Romênia, sozinho, sem casa e sem trabalho, ele foi o primeiro a me ajudar, então eu encontrei um emprego, mas eu sempre mantive contato com ele, se eu precisasse de remédio, para me acompanhar em uma visita, eu ligava para ele. Ele não merecia morrer assim, espero que haja Justiça", explicou um jovem romeno à mídia italiana”.
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Padre que trabalhava com migrantes na Itália foi assassinado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU