Chile. Jesuítas rechaçam “violência e arbitrariedade” do Estado e Carabineros no desalojamento de municipalidades na Araucanía e denunciam prisão de padre em Tirúa

Foto: Wikimedia Commons CC/Marcellablue

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07 Agosto 2020

O dia de hoje e mediante a um comunicado, a Companhia de Jesus, no Chile, manifestou que rechaçava “a violência e a arbitrariedade” na atuação do Estado do Chile e dos Carabineros “durante o desalojamento das municipalidades na região da Araucanía”, e hoje, em particular, destacam a municipalidade de Tirúa, “que se encontrava ocupada pacificamente”.

A reportagem é publicada por La Tercera, 06-08-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

“Nós jesuítas estamos há mais de 20 anos na zona de Tirúa junto com o povo Mapuche, deixando-nos aprender com sua cultura e compartilhando com eles a fé libertadora do Cristo crucificado”, defendem.

No dia de hoje em Tirúa, o padre jesuíta Carlos Bresciani e dois moradores da comunidade foram presos por um grupo de Carabineros, “sem provocação prévia”.

“Nosso companheiro deslocou-se nesta manhã até a municipalidade porque os moradores pediram sua presença diante do iminente desalojo de forças policiais e o uso desproporcional da força. O padre Carlos foi preso injustamente, como foram centenas de mapuches ao longo da história”, indicam.

“A violência do Estado é o sinal mais claro da ausência da vontade política para resolver os problemas de fundo deste Povo, como são seus direitos à autodeterminação, o reconhecimento de sua cultura e tradições, a sua língua, territórios e outros. O padre Carlos é mais um, e a Companhia de Jesus solidariza-se com ele, com os demais jesuítas de Tirúa, porém, sobretudo, com o povo Mapuche e suas legítimas demandas”, defendem no comunicado.

“Fazemos um chamado a parar imediatamente a violação de direitos por parte do Estado do Chile com o povo Mapuche. Também, às mais altas autoridades, que entrem urgentemente em um diálogo político que permita uma compreensão profunda da problemática que se vive na região da Araucanía, e que busque saídas autênticas e genuínas para aqueles que sofreram marginalização, usurpação de suas terras e falta de reconhecimento legal. A violência apenas conduz à mais violência; o diálogo, à justiça e à paz”, acrescentam os jesuítas.

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