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As “relações negativas” e o medo do contato real com o outro

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28 Julho 2020

Do que falamos quando falamos de amor? Apaixonar-se e, acima de tudo, aceitar se vincular, com sereno e sério compromisso mútuo, é algo ainda verdadeiramente possível no universo dos relacionamentos, ou se trata de uma recordação romântica, tristemente avulsa de toda dimensão atual?

O artigo é de Lisa Ginzburg, filósofa, escritora e tradutora italiana, publicado por Avvenire, 25-07-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

A socióloga e ensaísta israelense Eva Illouz, já conhecida dos leitores italianos (“Perché l’amore fa male” [Por que o amor dói], Il Mulino, 2015) deixa subentendida a pergunta em um reconhecimento dela do universo amoroso.

“The end of love. A sociology of negative relations” (2018, agora traduzido na Itália pela editora Codice, “La fine dell’amore. Sociologia delle relazioni negative” [O fim do amor. Sociologia das relações negativas], 361 páginas) é uma fotografia da atual condição dos laços íntimos. Como em outros livros de Illouz, pressupostos e conclusões não são consoladores, mas sim de extremo interesse pelo modo como a pensadora sabe dispô-los de maneira segmentada em um discurso amplo.

"O fim do amor. Sociologia das relações negativas",
em tradução livre, novo livro de Eva Illouz. (Imagem: Divulgação)

Na base, é a constatação de partida, existe o “não amor”: o sintoma e terreno no qual se cruzam os principais vetores do sistema globalizado, condicionando as nossas relações íntimas. Tecnologia e capitalismo criam sujeitos “sexo-econômicos”: afetam a vida amorosa, desinibida e aparentemente autônoma, mas, na realidade, subordinada e permeável aos valores do mercado. O discurso amoroso se fragmenta, o “eu” encontra liberdade em uma abertura sem sentido, disponível apenas a não relações, nas quais “o contrato é a ausência de envolvimento”. As relações “líquidas” já descritas por Zygmunt Bauman, o medo de se envolver em uma verdadeira relação e a pulsão neurótica ao não vínculo (“desejo anômico” citado por Durkheim no ensaio sobre o suicídio, um anseio incapaz de se fixar em um único objeto) são o indício dessa desagregação dos laços.

Posto diante de muitas possibilidades e ocasiões, o amor evita se definir de forma estável e, assim, perde peso e narratividade. O resultado é uma fragilização do “eu” e a penúria de relações duradouras, que vê muitos (e cada vez mais) homens e mulheres refratários a se realizarem tecendo a dois a tela de um vínculo.

Sem qualquer banalização moralista, Eva Illouz fotografa, constata. Hoje, a afirmação de si mesmo como sujeito-pessoa não passa mais pela construção de casais, famílias, mas sim por um individualismo frenético, um toque e uma mistura fugazes de “eus” obsessivamente autorreferidos. Daí a pobreza de relato dos sentimentos, desvalorizados e degradados por formas de relacionamento que não envolvem implicações.

Eva Illouz trabalha com diferentes materiais: percursos de reflexão teórica são acompanhados por documentos no campo, entrevistas com homens e mulheres heterossexuais ou não, divorciados ou solteiros inveterados, depressivos ou felizes.

Outras fontes são o cinema e grandes acontecimentos, reportagens dos jornais, mapeamento de sites de namoro, pornografia na rede. Tudo contribui para traçar a geografia do “não amor”, um dispositivo gerador de relações “negativas”, em que o adjetivo não pressupõe julgamentos de qualidade, mas define a lacuna entre intenção e resultado, circunscreve o profundo medo do contato real com o outro, a inaferrabilidade de tantos amores em potencial.

É assim o universo das relações ocasionais, indefinidas e superficiais, de uma superficialidade no fundo obscura, frequentações instrumentais e destinadas a rápidos ocasos, espelhos efêmeros de buscas imaturas por si mesmos. Histórias frágeis, de homens enredados no seu temor de se envolver em laços sérios e de mulheres igualmente ambivalentes que se perdem nas malhas das suas inquietações, silenciando para si mesmas as suas necessidades de autonomia tanto quanto os legítimos desejos de construir vidas a dois.

Esmagada entre intoxicações virtuais e casualidade entrópica, a revolução sexual, de reivindicação de emancipação coletiva, tornou-se um estandarte de solidões associais, e a liberdade, uma “ilusão libertária” de memória foucaultiana.

“O fim do amor” relata essa metamorfose, dizendo-nos como devemos estar vigilantes sobre a amplitude do nosso amar, desejar, estar a dois, âmbitos tão sutilmente invadidos pelas regras do capitalismo e das leis de mercado.

 

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