16 Junho 2020
“Juntos, nosso contínuo compromisso ecumênico precisa ser responsável tanto pelo chamado de Deus quanto pelo desejo de nosso povo pela unidade”, escreveu o secretário-geral da Federação Luterana Mundial (FLM), pastor Martin Junge, ao cardeal Kurt Koch, em mensagem de congratulações, dia 5 de junho, pelos 60 anos da criação do Secretariado para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
O Secretariado surgiu em 5 de junho de 1960, por iniciativa do papa João XXIII, com o intuito de facilitar a participação de observadores não católicos no Concílio Vaticano II, reunido em quatro sessões, de 1962 a 1965. Em 1988, o Secretariado foi renomeado como Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Mesmo antes do Vaticano II, o Secretariado, sob a liderança do cardeal Bea, “começou a trabalhar na direção do Concílio e apoiou, com vários documentos significativos, dentre elas a inovadora declaração sobre ecumenismo, Unitatis Redintegratio”, lembrou Junge. Nos últimos 60 anos o Secretariado “abriu um caminho a seguir no ecumenismo”, afirmou.
Data de 1965 a primeira Comissão Bilateral Católica Romana/Luterana, que produziu importantes posicionamentos, como o All Under One Christ, de 1980, e sobre a Doutrina da Justificação que, segundo Junge, “guia nosso trabalho ecumênico até hoje”.
O líder luterano também lembrou a histórica comemoração conjunta dos 500º aniversário da Reforma protestante, que contou com a presença do papa Francisco, na Suécia, em outubro de 2016. A FLM, prosseguiu, “alegra-se com você (cardeal Koch) e com toda a Igreja, agradecendo a Deus pelo testemunho do chamado do evangelho: ut unum sunt (para que possam ser um)”. Segundo Junge, “a tarefa ecumênica permanece no coração da Igreja Católica”.
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Luteranos lembram os 60 anos do Secretariado para a Promoção da Unidade dos Cristãos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU