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“Antigamente contra epidemias se rezava, hoje se fecham as igrejas”. Entrevista com Franco Cardini, historiador

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06 Março 2020

"Tudo o que é humano deve ser relativizado", destaca o historiador católico Franco Cardini que, diante da emergência do Coronavírus, lembra a importância da "dimensão pública da fé".

A entrevista é de Giacomo Galeazzi, jornalista e escritor italiano, publicado por La Stampa, 05-03-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Professor, qual é hoje a reação do crente à epidemia?

Na Itália e no Ocidente, se observa uma reação infantil. Os números atuais da emergência deveriam nos levar a uma atitude responsável. Ou seja, como crentes, deveríamos pensar que todos os dias no mundo milhares de crianças morrem por fome ou falta de tratamento. Se essa distinção não for feita, todo raciocínio acaba sofrendo uma distorção.

Como os cristãos se comportaram no passado em situações de emergência?

Antigamente havia fé. Até a revolução industrial, pouco se sabia sobre a transmissão de vírus. A medicina da época achava que a infecção ocorria devido à corrupção do ar. A teoria aristotélica dos quatro elementos (terra, ar, fogo e água) valia para a composição do mundo e do corpo humano. Se um dos quatro elementos se alterava, se um humor se corrompia, a doença se manifestaria. A tarefa da ciência era tentar de equilibrar os humores do organismo.

A fé prevalecia sobre a ciência?

É preciso nos entender sobre os termos. Ter cuidado para definir aquelas pré-iluministas como crenças pseudo-científicas. Eram as respostas que o saber da época poderia dar para enfrentar a epidemia. Daqui a poucas décadas, se dirão as mesmas coisas sobre as soluções atuais propostas pela medicina contra o Coronavírus. A diferença, no máximo, é outra.

Qual?

As causas da epidemia eram buscadas na corrupção do ar ou nos influxos das estrelas, mas no passado prevalecia a inabalável crença de que tudo era dominado pela vontade divina. A partir do Iluminismo, no entanto, o Ocidente começou a raciocinar como indivíduo e não mais como coletividade. E este é um erro grave, pois, como o Papa Francisco nos lembra, não se devem confundir os indivíduos com as pessoas.

Onde está a diferença?

Você é uma pessoa quando entra em relação com os outros, relativizando a si mesmo em relação à sociedade. O rompimento do cordão com o sagrado levou à absolutização do indivíduo, e isso explica por que nos comportamos como crianças tolas diante do coronavírus. Nós ocidentais descobrimos uma quantidade de coisas, progredimos no conhecimento humano, mas perdemos o sentido do sagrado.

Que tipo de fé prevalece?

Uma fé frágil e individualista. Nossa fé em Deus claudica. Hoje nunca faríamos uma novena para que Deus nos liberte da epidemia. Os próprios médicos católicos nos aconselhariam a rezar em casa. A epidemiologia moderna é um incentivo para a nossa falta de fé. Estamos em um curto-circuito do qual não conseguimos sair. Hoje, as pessoas se preocupam com os perigos naturais e somente em um segundo momento pensam que Deus nos ajudará. A crença errônea de que rezar em particular e rezar juntos sejam a mesma coisa está se espalhando.

Não é assim?

Não, absolutamente não. Cito um episódio emblemático. Santo Agostinho viu Santo Ambrósio meditar em silêncio sobre a palavra de Deus e ficou chocado porque estava acostumado a orar em voz alta e coletivamente, como na tradição latina. Hoje não entendemos o espanto de Santo Agostinho porque pensamos que não é importante se a oração é individual ou comunitária.

Não se reza sozinhos?

Existe obviamente a oração mística que é feita em silêncio e sozinhos, mas, como diriam os judeus, não é a oração que Deus prefere. A oração privilegiada é aquela em que o povo de Deus faz, ordenadamente, todos juntos. Uma vez durante as epidemias se organizavam novenas e procissões para invocar a proteção divina, hoje se fecham as igrejas. Não vamos à missa e, portanto, nos resignamos ao isolamento. A prudência é sacrossanta e a ciência é preciosa, mas falta uma reflexão mais ampla.

É uma crise de sentido?

Sim. Cortamos as raízes que nos mantinham em contato com a dimensão transcendente. A verdadeira grande epidemia atual é o nosso medo selvagem e desesperado. Durante a peste de 1630, se sabia que a morte não é o fim de tudo. Hoje, ao contrário, se usam tons pastel nos funerais, porque preto e roxo causam terror. Estive há pouco tempo na Índia e alguns médicos locais confirmaram que Madre Teresa estava certa: a diferença entre um oriental e um ocidental é a atitude em relação à morte. Nós, ocidentais, somos terrorizados pela morte, não sabemos mais morrer.

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