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24 Janeiro 2020

Um trecho da última entrevista de Severino publicada em Avvenire, em 25 de maio de 2019, assinada por Monica Mundo da Tv2000.

Emanuele Severino, um gigante do pensamento. Imparável, inefável, inesgotável. 90 anos e um monumento, como a suma, o sistema que nasceu de forma fulgurante, aos 23 anos. E que nunca abandonou, e nem desintegrou o tempo, a dúvida ou as fissuras existenciais.

A entrevista é editada por Monica Mondo, publicada por Avvenire, 22-01-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis a entrevista.

Você é reconhecido como um dos maiores filósofos vivos, isso lhe causa algum embaraço?

Não, porque eu não acredito nisso. Em suma, às vezes dizem frases desse tipo. Deixo a responsabilidade para quem as profere.

Falei isso propositalmente como provocação, mas é verdade que existem dezenas de suas obras, traduzidas em muitas línguas, a mais recente Testemunhando o Destino, publicada pela Adelphi. O destino não é Deus, eu poderia dizer resumindo e banalizando o percurso que o levou de um jovem de fé católica a outra estrutura totalmente diferente de pensamento. Qual é o destino?

Talvez seja melhor dizer o que é o destino. Vamos ficar na etimologia da palavra. O que está. Entendo aquele não como um movimento de lugar, mas como um sinal intensificador. O latim usa deamare, que não significa amar vindo de, mas amar muito. Outra palavra, devincere, significa vencer de forma definitiva e radical. Uso a palavra destino para indicar esse "estar" que não se deixa abalar por nenhuma outra força.

Em tempos em que a filosofia se divide em muitas outras ciências, sociologia, psicologia, ciência política, você é um dos poucos pensadores raros que não é assistemático, mostrou e demonstrou um sistema perfeito.

Se tivesse sido eu, não valeria nada. É o próprio sistema que se mostrou. Nós somos o aparecer do destino. Gosto de citar esta frase: "somos reis que acreditam ser mendigos". Aqui está, a realeza do homem consiste em "ser o aparecer da verdade absoluta".

Se Deus não existe, a Verdade e, portanto, a vida do homem e do mundo, estão condenadas ao relativismo.

Pois bem, nesta sentença, contesto a premissa "se Deus não existe", porque implica que de minha parte se afirme que Deus não existe. Mas não é isso.

Muitos subentendem isso, refletindo sobre as suas obras.

Os amigos de Deus e os inimigos de Deus têm uma alma em comum. Essa alma comum é a convicção de que as coisas surgem do nada e retornam ao nada. O destino questiona essa alma comum dos amigos e dos inimigos de Deus. O destino não tem nada a ver, repito, com a amizade, com o divino nem com inimizade, precisamente porque são dois protagonistas que lutam no mesmo ringue. O destino olha para o ringue e o condena e condena os contendores que estão nele.

O que você mais gosta no homem? Essa capacidade de razão, o pensamento, a errância de Leopardi que você tanto aprecia?

Sempre está presente a questão do rei e do mendigo. Também gosto de usar a frase de Goethe, que em Fausto diz: “Duas almas habitam em meu peito. Uma é o aparecer do destino, a outra é o mendigo”. Ela também é o aparecer do destino como qualquer outro. Então, quando me pergunta o que eu mais gosto no homem, eu já lhe respondi antes que o homem é aquela realeza, o aparecer da verdade, o eterno aparecer da verdade do todo, não de uma parte da realidade.

Lembro-me de que você foi exonerado do ensino na Universidade Católica, mas nunca se sentiu ou se proclamou vítima do poder eclesiástico. Por quê?

Porque eu sou o primeiro a reconhecer que em uma universidade católica os professores devem se submeter a uma perspectiva pela qual a universidade é católica e, quando comecei a amadurecer minha maneira de pensar, imediatamente entendi que teria que deixar aquela universidade.

Você nunca sente saudade de ter sido escolhido, amado, de ser criatura, da formação católica que recebeu?

Se você usar a palavra saudade, a resposta é não. Como posso ter saudade do erro? Sem o erro, porém, não haveria a verdade; portanto, o erro não é algo para jogar no lixo, esquecendo-o. Também do ponto de vista cristão: Cristo, que está sentado à direita do Pai, pode esquecer seu próprio sacrifício? Eu penso, se você for católico, que sua resposta seja não. Em que consistia o sacrifício? Segundo Paulo, em assumir sobre si mesmo, ele que era inocente, os pecados dos homens. Mas os pecados dos homens não são um saco que você coloca sobre seus ombros. Então isso significa que fez experiência deles. Ele se tornou o maior pecador, experimentou a totalidade das dores e dos prazeres. Se esquecermos o erro, não temos a verdade.

É possível que seu pensamento seja um erro?

Não. Vamos tirar esse “seu”. É possível que o conteúdo ao qual meus escritos se refiram seja um erro? Não! É possível que meus escritos não consigam expressar aquele conteúdo adequadamente? Sim!

A que estamos destinados? Em que direção estamos indo?

É um tempo muito interessante.

Não é um tempo pobre, confuso?

Não, porque os fenômenos, também de imbecilização das massas, têm uma motivação. Estamos abandonando os valores da tradição. Mas ainda não estamos usufruindo das possibilidades que nos são oferecidas pelo futuro inevitável no qual a técnica dominará. Estamos nesse tempo intermédio, uso a metáfora daqueles trapezistas que, sendo inicialmente presos ao trapézio, o deixam para agarrar o outro, quer exista ou não uma rede embaixo, mas, no meio tempo, estão suspensos. Estamos nesse momento de suspensão que é carregado de significado.

O trapezista suspenso tem essa riqueza de tradição atrás dele, na qual o cristianismo tem grande papel e tem diante de si o que a técnica pode fazer; a técnica é a maneira mais rigorosa pela qual a negação do destino pode se manifestar: no entanto, é necessário passar por essa negação antes que os povos falem a língua do destino.

 

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