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A igreja arrisca tudo no celibato

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15 Janeiro 2020

"A verdade é que um padre casado é um homem normal e não um semideus que pode reivindicar um poder absoluto sobre o rebanho e isso, para Bento XVI e Sarah, é absolutamente inaceitável."

A opinião é de Marco Marzano, sociólogo italiano e professor da Universidade de Bergamo, em artigo publicado por Il Fatto Quotidiano, 14-01-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Os dois papas não são mais apenas o objeto de um filme. Desde que a notícia da publicação iminente de um livro assinado por Bento XVI (com o cardeal Sarah) foi divulgada, contra qualquer hipótese de modificação do celibato obrigatório do clero católico, a comparação entre os dois papas, aquele em exercício e o emérito, de repente se tornou real e atual. Os antecedentes são conhecidos: há alguns meses, a assembleia sinodal para a região amazônica terminou com a aprovação de um documento no qual era solicitada, para suprir a falta crônica de padres na região, a ordenação presbiteral de diáconos casados.

Cerca de um quarto dos participantes da assembleia tomou partido contra essa decisão. Como sempre acontece nesses casos, a decisão final foi colocada de volta nas mãos do pontífice. Agora, de surpresa, Bento XVI decidiu antecipar a decisão de Francisco para afirmar que a orientação da maioria dos participantes no Sínodo é radicalmente errada, que o celibato obrigatório dos padres é um elemento estrutural fundamental sobre o qual se alicerça todo o edifício eclesial. Sem o celibato, não há sacerdócio, escrevem Ratzinger e Sarah. Creio que a clamorosa intervenção de Ratzinger sugira duas considerações gerais.

A primeira é que o terreno do celibato é o terreno decisivo, o mais importante na batalha pela reforma da Igreja. Ratzinger e muitos outros hierarcas importantes provavelmente não aplaudiram a decisão de Bergoglio em 2016 de readmitir, pelo menos em algumas circunstâncias, os divorciados que se casarem novamente à Eucaristia, mas a oposição explícita àquela providência foi deixada a um grupo de idosos e politicamente irrelevantes cardeais e às vozes indignadas dos jornais e dos sites da direita católica. Sobre outras decisões de Francisco, a oposição foi ainda mais tímida, pois provavelmente se acreditava que o papa argentino não estivesse ameaçando seriamente o arranjo fundamental do catolicismo e o poder de sua classe dirigente. Mas sobre o celibato, a direita interna pensou que não poderia transigir, a ponto de solicitar à intervenção direta e frontal do idoso papa emérito. Aliás, é compreensível: o celibato do clero é realmente a espinha dorsal do sistema de autoridade eclesial que se formou na Idade Média e se fortaleceu na Contrarreforma com o nascimento dos seminários. Prevê a rígida separação entre os pastores celibatários e a massa de fiéis casados e a perfeita subordinação desses últimos aos primeiros, em nome do reconhecimento de uma maior proximidade dos sacerdotes a Cristo. O sinal mais evidente de "diversidade clerical" é precisamente a suposta castidade do padre, sua capacidade de se elevar acima dos instintos e paixões comuns a todos os seres humanos. Sarah escreve que um padre casado é um "padre de segunda classe". A verdade é que um padre casado é um homem normal e não um semideus que pode reivindicar um poder absoluto sobre o rebanho e isso, para Bento XVI e Sarah, é absolutamente inaceitável.

A segunda consideração que a publicação do livro sugere diz respeito à estratégia que a direita conservadora concebeu nesse campo de batalha decisivo. Por esse ponto de vista, o volume de Ratzinger e Sarah se assemelha a uma declaração de guerra. Os dois altos hierarcas católicos (e provavelmente toda a sua comitiva) devem estar convencidos de que não exista mais margem para mediação com o inimigo e que o único caminho possível seja o do conflito explícito e de um apelo ao povo para que se insurja contra as eventuais decisões erradas do papa argentino. Outros caminhos eram possíveis, mais ligadas a uma estratégia diplomática: por exemplo, a direita podia aceitar que Bergoglio consentisse a ordenação de diáconos casados na Amazônia, mas trabalhar nos bastidores para que a decisão fosse rigorosamente limitada àquela área do mundo.

Preferiu-se tentar o tudo por tudo, colocar Francisco no corner e intimar-lhe a rendição incondicional, ameaçando o desencadeamento de um conflito sem precedentes na história recente da Igreja. O único personagem que podia tentar essa manobra era Bento XVI, aquele que durante oito anos ocupou o trono de Pedro, o insigne teólogo, o líder ainda amado por boa parte do "povo de Deus". Os outros generais do exército conservador são figuras que não usufruem nem de uma gota de seu prestígio e de sua respeitabilidade. Agora cabe a Francisco responder. Suas formidáveis habilidades de mediação são postas à prova agora. Seria preciso um milagre para que o papa argentino fosse capaz de neutralizar o conflito. Seu antecessor o colocou de costas contra o muro: qualquer abertura, mesmo a mais prudente, à ordenação de homens casados parecerá para seus adversários internos como um gesto herético. Por outro lado, ceder e atender a Ratzinger significaria abdicar, renunciar ao exercício do poder papal. Vamos aguardar. O jogo recém começou e o final ainda está para ser escrito.

 

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