04 Dezembro 2019
Com a morte de Johann Baptis Metz a igreja católica perde uma de suas maiores figuras que contribuíram para "fazer” a sua dimensão pública no século XX. Haverá tempo, e será obrigatório, retornar com maior precisão sobre seu caminho teológico que acabou quase sendo obscurecido pela forma sintética que ele mesmo tentou lhe conferir, ou seja, aquela da teologia política.
O artigo é do teólogo e padre italiano Marcello Neri, professor da Universidade de Flensburg, na Alemanha, publicado por Settimana News, 03-12-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
Na memória guardo a lembrança de um único encontro que tivemos quando, durante um semestre, tive a honra e o ônus de ensinar no Instituto de teologia fundamental de Münster (naquele que, sob muitos aspectos, permanece a "sua" cátedra). Lembro a emoção do teólogo relativamente jovem que encontrava um protagonista maior da disciplina; não acontece muitas vezes na vida de poder sentar e conversar com uma parte da história da teologia do século XX.
Johann Baptist Metz (Foto: KNA)
A Igreja lhe deve muito, e muito também a comunidade teológica - por aqueles aspectos de seu opus que mais caíram sob o fogo da crítica. E a Igreja como instituição deveria aprender a sentir e expressar gratidão por aquelas figuras que mais a incentivaram a uma maior proximidade com o Evangelho bem antes de morrerem. Justamente como alma crítica, profundamente ligada à Igreja e apaixonada por uma teologia que não se esgota entre as paredes da academia, aquelas como a de Metz são histórias de vida da fé que fazem bem à instituição eclesial.
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JB Metz 1928-2019 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU