Morte deve ser investigada e governo precisa estancar invasões na Terra Indígena Araribóia

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03 Novembro 2019

O Instituto Socioambiental (ISA) manifesta seu apoio à luta dos guardiões da floresta da Terra Indígena Araribóia e seu pesar em relação à morte brutal de Paulo Paulino Guajajara na sexta-feira 1/10.

A reportagem é publicada por Instituto Socioambiental - ISA, 02-11-2019.

Paulino foi morto a tiros por madeireiros em uma emboscada na região da Lagoa Comprida. Como guardião da floresta, ele lutava para proteger a floresta de seu território não só para a sobrevivência dos guajajara, mas também dos grupos de Awá Guajá isolados, indígenas sem nenhum contato com os brancos e que dependem intrinsecamente da floresta para sobreviver.

O guardião da floresta Laércio Guajajara também estava na emboscada, mas conseguiu escapar. Com ferimentos graves, ele passou por atendimento e está se recuperando. Um madeireiro morreu no confronto, e outro ficou ferido.

Paulino, Laércio e outros guardiões vinham recebendo ameaças dos madeireiros há tempos. Em julho de 2019, a situação foi denunciada por cineastas guajajara no filme "Ka'a zar Ukize Wà: Os donos da floresta em perigo". Uma tragédia como essa demonstra o resultado de um governo negligente em relação aos direitos dos povos indígenas e à proteção do meio ambiente. Na Araribóia, a ausência do estado obrigou os indígenas a protegerem seu território com a própria vida.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) também manifestou se pesar e repúdio em relação ao episódio.

Os guajajara afirmam que Laércio e outros guardiões da floresta que moram na terra indígena continuam sob ameaça. Segundo informações locais, familiares do madeireiro ferido prometem um novo ataque dentro da Terra Indígena.

É imprescindível que o crime seja investigado, e que os órgãos responsáveis atuem para acabar com as invasões dentro da Araribóia, interrompendo o ciclo de violência ao qual esses indígenas estão submetidos.

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