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Um diário de viagem pelo coração da Amazônia ferida: “Não devemos e não podemos nos render”

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25 Setembro 2019

Do livro “Frontiera Amazzonia. Viaggio nel cuore della terra ferita” [Fronteira Amazônia. Viagem ao coração da terra ferida, em tradução livre] (Verona: Emi, 2019, 172 páginas), de Lucia Capuzzi e Stefania Falasca, publicamos a parte final do prefácio escrito pelo cardeal presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e relator geral do próximo Sínodo dos Bispos, Claudio Hummes.

Reprodução da capa do livro

O artigo foi publicado em L’Osservatore Romano, 24-09-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Um primeiro sinal de alerta foi lançado em 2007 em Aparecida, quando o então arcebispo Bergoglio disse que havia ficado impressionado com o modo como os bispos brasileiros da região amazônica falavam dos desafios da Igreja naquele grave contexto, fazendo-o compreender a importância da Amazônia.

Depois, em 2013, quando ele foi ao Rio de Janeiro, no discurso aos bispos brasileiros, ele disse que ela era um teste decisivo para a Igreja. Isso significa que não podemos perder a Amazônia, não podemos errar aqui como Igreja. É um banco de provas. É necessário que ela forme um clero autóctone e seja corajosa ao encontrar novas condições para ter um rosto amazônico. Em suma, que assuma decisivamente o compromisso de iniciar um processo de conversão missionária e pastoral, encarnada e inculturada nas culturas da região, portanto, intercultural, dado que, no território, convivem muitas culturas diferentes.

O Papa Francisco denunciou toda forma de neocolonialismo e exortou a Igreja a não viver o seu espírito e prática na sua missão evangelizadora. O chamado do papa é a não fazer da Igreja na Amazônia uma colonizadora, a não se propor a colonizar os povos indígenas no que diz respeito à sua fé, à sua espiritualidade e à sua experiência de Deus. A Igreja em todas as regiões da terra deve se inculturar nas culturas locais.

Como disse o papa: “Cristo também se encarnou em uma cultura, o judaísmo, e, a partir dele, Ele ofereceu a si mesmo como novidade para todos os povos”. Na história da Igreja, o cristianismo não dispõe de um único modelo cultural. Os valores e as formas positivas que cada cultura propõe enriquecem a maneira pela qual o Evangelho é anunciado, compreendido e vivido. Uma cultura só não é capaz de nos mostrar toda a riqueza de Cristo e da sua mensagem.

Depois de 400 anos de evangelização, não conseguimos fazer nascer aqui uma Igreja inculturada. Até agora, a Igreja defendeu os direitos humanos dos indígenas, mas nós devemos dar um passo à frente, devemos ir rumo a uma Igreja indígena: ou seja, ajudar o nascimento de uma Igreja que expresse plenamente a fé na sua cultura, na sua própria identidade.

Em Puerto Maldonado, o Papa Francisco afirmou: “Provavelmente, os povos originários amazônicos nunca estiveram tão ameaçados em seus territórios quanto agora”. E, dirigindo-se diretamente aos indígenas presentes, como representantes dos seus diversos povos originários, ele disse: “Obrigado pela presença de vocês e por nos ajudar a ver mais de perto, em seus rostos, o reflexo desta terra. Um rosto plural, de uma variedade infinita e de uma enorme riqueza biológica, cultural, espiritual.

Aqueles de nós que não habitamos nestas terras precisamos da sabedoria e conhecimento de vocês, para podermos adentrar, sem destruir, o tesouro que esta terra encerra”. E, inspirando-se no Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis, exclamou: “Louvado sejas, Senhor, por esta obra maravilhosa dos teus povos amazônicos e por toda a biodiversidade que estas terras envolvem!”.

Os povos indígenas são e devem ser interlocutores indispensáveis. Eles conhecem a Amazônia melhor do que ninguém. Viveram na região por milênios. Sua visão de mundo e sua concepção religiosa foram formadas a partir da sua própria existência na floresta amazônica, caracterizada pela imensidão de águas, pelos rios incrivelmente grandes, pelos milhares de lagos, riachos e igarapés, pequenos cursos d’água.

Desde sempre, eles vivem imersos em uma biodiversidade incalculável e fascinante. São os sábios guardiões e protetores deste imenso ecossistema privilegiado. Sua sabedoria não pode se perder, nem a sua cultura, nem as suas muitas línguas, a sua espiritualidade, a sua história, a sua identidade. Esses povos foram perseguidos, caçados (tanto no sentido de serem expulsos, quanto no atroz sentido de serem considerados como presa a ser caçadas e capturada), reduzidos à escravidão ou dizimadas desde os primeiros anos da chegada dos colonos europeus a estas terras de Deus.

Inúmeras etnias foram totalmente exterminadas. Uma porcentagem muito pequena sobreviveu e continua lutando para conseguir existir. Eles ainda são agredidos, maltratados, expulsos das suas terras, desprezados, humilhados, explorados, e muitos, mortos. Por causa da perseguição sofrida e que continuam sofrendo há cinco séculos, alguns grupos de indígenas se isolaram voluntariamente, escondendo-se nas florestas.

Disse o papa em Puerto Maldonado, como recordam as autoras: “Estou pensando nos povos que são chamados de ‘Povos Indígenas em Isolamento Voluntário’. Sabemos que são os mais vulneráveis entre os vulneráveis. A memória de épocas passadas os obrigou a se isolar até mesmo das suas próprias etnias, empreenderam uma história de cativeiro nos lugares mais inacessíveis da floresta, para poderem viver em liberdade. Continuem defendendo esses irmãos mais vulneráveis. Sua presença nos recorda que não podemos dispor dos bens comuns no ritmo da avidez e do consumo. É necessário que existam limites que nos ajudem a nos preservar de toda tentativa de destruição massiva do habitat que nos constitui”.

De fundamental importância para a sobrevivência dos povos indígenas é a terra, o solo concreto em que os seus antepassados viveram, suporte absolutamente necessário da sua cultura e da sua possibilidade de subsistência. A posse da terra constitui um direito essencial dos povos indígenas. Assim como a autodeterminação. Com essa afirmação, ninguém pensa em reivindicar para eles a independência política sob a forma de um verdadeiro Estado.

Mas, sem dúvida, eles têm o direito de gozar de uma adequada autonomia dentro dos Estados individuais, para que possam decidir e construir o futuro como sujeitos da sua própria história, e não como objetos de projetos alheios, quer se trate de Estados ou de iniciativas privadas empresariais, que quase sempre são marcadamente neocolonialistas. Dentro dos limites das terras que lhes foram devolvidas, os indígenas devem ser respeitados e considerados donos, como, aliás, afirmam as várias legislações. Qualquer iniciativa empreendedora concebida fora das suas fronteiras, tanto estatal quanto privada, deve se submeter à sua aprovação prévia.

A história da colonização mostra claramente quantas violências inéditas foram cometidas contra os povos indígenas, quantas injustiças, quantos extermínios. Todas essas trágicas realidades representam uma imensa dívida contraída pela sociedade moderna em relação aos povos originários, submissos e colonizados. E, enquanto não lhes forem devolvidas as condições reais para serem sujeitos da sua própria história, essa dívida não estará extinta.

Quando se considera a Amazônia, logo vem à mente que a região como um todo também constitui uma imensa periferia, composta por centenas de milhares de pobres amontoados nas periferias das suas cidades, habitantes dispersos ao longo dos cursos d’água, membros da comunidade de ex-escravos que fugiram para a floresta, pequenos agricultores, pescadores, trabalhadores explorados a serviço de garimpeiros (muitas vezes, se trata de empresas ilegais: somente na Amazônia brasileira, estima-se que se encontrem cerca de 450 locais de escavação ilegal), a grande maioria provenientes dos povos indígenas e de outros descartes humanos, miseráveis, doentes e esquecidos.

As reportagens de Lucia Capuzzi e Stefania Falasca nos fazem entrar com coragem nos projetos de colonização da Amazônia animados pelo espírito de dominação e de rapina: vir explorar para depois ir embora de malas cheias, deixando para trás a degradação e a pobreza das pessoas do lugar, que se encontram novamente na miséria e com o próprio território devastado e contaminado.

Hoje, a indústria, a agricultura e muitas outras formas de produção dizem cada vez que a sua atividade é “sustentável”. Mas o que realmente significa “ser sustentável”? Significa que tudo o que extraímos do solo ou restituímos ao solo como resíduo não deve impedir que a terra se regenere e permaneça fértil. Se os interesses econômicos e o paradigma tecnocrático se opõem a qualquer tentativa de mudança e estão prontos para se impor à força, violando os direitos fundamentais das populações no território e as normas de sustentabilidade e a proteção da Amazônia, devemos saber de que lado estar.

O Sínodo para a Amazônia quer se tornar um farol e quer abrir novos caminhos para toda a Igreja na região, tanto nas cidades, na floresta, quanto para a população urbana, para os povos indígenas, os ribeirinhos, os camponeses, os seringueiros e outros que vivem no interior da região, dispersos e fora das aglomerações urbanas, com um objetivo principal, definido: a defesa e a evangelização encarnada na cultura dos povos indígenas em uma perspectiva de ecologia integral.

Porque não devemos e não podemos nos render.

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