40 dias pelo Rio: Navegando juntos a boa nova de Deus a caminho do Sínodo Amazônico - 14º dia

Rio negro | Foto: Jardelsliumba - Wikimedia Commons

09 Setembro 2019

 

 

Dia 14 de Navegação - 09 de Setembro
Petição permanente para o Sínodo Amazônico no início de cada dia:

“Que o Deus da vida e da beleza, o Espírito Santo que nos impulsiona para mais fraternidade, unidade e dignidade, o Cristo encarnado da Boa Nova, da inculturação e da interculturalidade nos proporcionem serenidade, discernimento e coragem para encontrar novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral neste Sínodo Amazônico. Tudo isso para o bem e a vida de seus povos e comunidades, e para caminhar mais juntos pelo Reino”.

Medite por alguns momentos neste pedido inicial, busque a calma interior para entrar neste momento para navegar pelas águas da Amazônia e a vida da Igreja a serviço de seus povos e comunidades, e para ouvir o chamado de Deus através de sua palavra viva. 

 

Leitura do dia (cada um e cada uma são convidados a aprofundar a leitura completa de acordo com suas próprias necessidades e critérios):

"Em outro dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e ensinava. Achava-se ali um homem que tinha a mão direita seca. Ora, os escribas e os fariseus observavam Jesus para ver se ele curaria no dia de sábado. Eles teriam então pretexto para acusá-lo. Mas Jesus conhecia os pensamentos deles e disse ao homem que tinha a mão seca: “Levanta-te e põe-te em pé, aqui no meio”. Ele se levantou e ficou em pé. Disse-lhes Jesus: “Pergunto-vos se no sábado é permitido fazer o bem ou o mal; salvar a vida, ou deixá-la perecer”. E, relanceando os olhos sobre todos, disse ao homem: “Estende tua mão”. Ele a estendeu, e foi-lhe restabelecida a mão. Mas eles encheram-se de furor e indagavam uns aos outros o que fariam a Jesus." Lucas 6, 6-11.

Reflexão sob a perspectiva do Sínodo Amazônico: Neste Sínodo amazônico, devemos reconhecer este gesto contundente de Jesus e, na realidade, não é o de desafiar o sábado como uma regra existente que deve estar a serviço da vida da pessoa e não o contrário, mas o maior gesto de optar pelo amor pelo outro, por sua dignidade e reconhecê-lo acima de tudo. Ele o chamou (aquele outro vulnerável) para o centro, e seu gesto é decisivo: ele não apenas se prepara para ajudá-lo, mas o coloca no centro para lhe dar seu lugar como um verdadeiro filho de Deus. O mesmo vale para nossa Amazônia e seus povos e comunidades nativas, que deixaram de ser os últimos a serem os primeiros. O tema prioritário do Sínodo, este território e suas comunidades, abre uma nova porta para trazer luzes do marginal, que se torna germinal para ajudar toda a Igreja. Mas acima de tudo, nos leva a responder com força ao clamor dos povos e ao grito da terra na Amazônia. O papa disse que a covardia no cuidado da casa comum deveria ser considerada um pecado.

 

Contemplação

Contemplemos a imagem deste dia e tomemos um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazônia para pedir luz nesta palavra de Deus em preparação para o Sínodo. Escrever meus pedidos particulares e permanecer neles durante este dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito nos provoca como preparação interior para o Sínodo AMAZÔNICO.

 

Citação para fechar a meditação

Laudato Si', 217: Falta-lhes, pois, uma conversão ecológica, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus. Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa.

 

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