Situação preocupante e inédita: nenhuma publicação latino-americana com o papa na África

Papa Francisco | Foto: Vatican News

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

05 Setembro 2019

As viagens internacionais dos papas na era contemporânea, começando pela de Paulo VI em 1964 à Terra Santa, já são 168, incluindo esta última iniciada nessa quarta-feira, 4, pelo Santo Padre, que o leva pela quarta vez à África.

A nota é de Il Sismografo, 04-09-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Até hoje, nunca havia se registrado que, no avião com o pontífice, para contar a viagem, o ministério e o magistério do Bispo de Roma, faltasse uma publicação latino-americana, muito menos desde que o papa é latino-americano.

Essa “primeira vez”, negativa e preocupante, infelizmente, ocorre nesta peregrinação do papa para Moçambique, Madagascar e Ilhas Maurício, de 4 a 10 de setembro.

A razão?

Uma única, simples e pouco encorajadora para o futuro – e que se esperava há alguns anos: a total e absoluta incapacidade financeira das publicações latino-americanas de poder arcar com os custos dessas viagens, muito altos e quase sempre crescentes.

Entre outras coisas – e esta também é uma má notícia –, nesta viagem, não está presente Valentina Alasraki, jornalista mexicana, correspondente da Televisa e decana dos vaticanistas, que cobriu até agora, desde a primeira viagem de João Paulo II, 153 peregrinações papais ao redor do mundo.

Essa triste “ausência”, determinada por fatores econômicos, foi mencionada pelo Papa Francisco na sua saudação aos operadores de comunicação que o acompanham à África.

Mesmo em situações particulares e totalmente especiais, como as viagens internacionais do papa, o dinheiro acaba estabelecendo fatores discriminantes entre “incluídos” e “descartados”. No passado, essas preocupações foram mais de uma vez transmitidas às autoridades vaticanas, pedindo que se encontrassem soluções oportunas e adequadas.

Neste ponto, pode-se pensar que a questão não era de nenhum interesse para as pessoas interpeladas ou que as preocupações expressadas eram apenas palavras circunstanciais. Uma pena.

Leia mais