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O primeiro inimigo de Putin

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29 Julho 2019

"Mais do que qualquer outra coisa, o chefe do Kremlin odeia o hábito do princípio humanista de colocar a compaixão entre os valores humanos mais importantes". 

O comentário é de Adam Gopnik, escritor e crítico cultural norte-americano, publicado por La Repubblica, 26-07-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Somos gratos a Putin, muito. Antes de suas declarações ao Financial Times, a esquerda antiliberal e a direita populista podiam ridicularizar juntas a irrelevância dos princípios liberais e o imaginário liberal. Eles podiam zombar da ideia de que o liberalismo fosse o verdadeiro objetivo da mentalidade absolutista do século XXI. O liberalismo era um beco sem saída, insignificante, falido, não mais importante, chegando ao fim da linha, expulso dos jogos.

Putin afirmou claramente que esse não é o caso. O liberalismo é o seu inimigo número um. É o seu alvo. Como tal, é a ideia número um a defender. Ou, se vocês realmente insistirem em dizer que o liberalismo é obsoleto, devem pelo menos reconhecer de que lado estão quando expressam um juízo.

Não entendam mal. Putin não tem motivos para entrar em conflito com o socialismo e, certamente, nem mesmo com o marxismo - pela forma soviética do qual sente uma tristeza nostálgica - nem com o nacionalismo autocrático, que admira. Nem a socialdemocracia também o preocupa, porque certamente pode sobreviver na forma de acordo econômico e instrumento de seu poder. Seu profundo ódio é pelo "liberalismo ocidental". Esse é o alvo que os autocratas de nossos tempos estão mirando, e aqueles que o defendem estão, portanto, na linha de frente do espírito humanista.

O que Putin entende por liberalismo? Não a prática do capitalismo, obviamente, nem o livre mercado, que está pronto a usar e explorar cinicamente em suas formas oligárquicas e cleptocráticas. Seu poder depende desse tipo de capitalismo. Não, com a definição de "capitalismo ocidental" Putin entende as instituições liberais da democracia liberal, suas garantias "puramente formais" de liberdade, liberdade de imprensa, liberdade de pesquisa nas universidades, liberdade dos aparatos da polícia e da magistratura de não estarem sujeitas a abertas pressões políticas, o direito de apelo, a proteção do dissenso, a possibilidade de os cidadãos se reunirem sem nenhuma supervisão em aulas ou em cafés para expressar suas opiniões, a prevalência de procedimentos corretos - em síntese, tudo o que nós aludimos dizendo "legalidade" e direitos do indivíduo.

Esse é o seu inimigo. Como os inimigos do liberalismo à esquerda, ele compartilha a ideia de que exista apenas o poder e nada além de poder, e que o laborioso trabalho dos parlamentos e os vários procedimentos sejam apenas mistificações, porque o poder é o único árbitro absoluto da política. Como os inimigos do liberalismo à direita, aceita que o ideal cosmopolita seja uma encenação em declínio, e que os clãs e as raças do país sejam os únicos depositários da identidade nacional.

Mais do que qualquer outra coisa, Putin odeia e teme o hábito do princípio humanista - com o sucesso intermitente, mas ainda assim articulado - de colocar a compaixão entre os valores humanos mais importantes. É essencial entender que, de todos os males do liberalismo que ele considera obsoleto, é exatamente este o que ele mais odeia. A compaixão pelos refugiados, como as boas-vindas da Alemanha aos imigrantes sírios, a compaixão pelos perseguidos, a compaixão pelos prisioneiros e até a compaixão pelos nossos inimigos. Não é por acaso que ele afirmou seu direito de assassinar os dissidentes russos mesmo quando eles haviam encontrado refúgio em um país estrangeiro.

Na mente do autocrata existem duas categorias de pessoas: os cidadãos leais intimidados e os cidadãos "traidores" dissidentes, pelos quais não se deve mostrar misericórdia. O que teme e odeia não é a compaixão cristã, ligada a um programa de salvação eterna. Não, o que ele teme e odeia é o imaginário liberal, ligado apenas a aliviar o sofrimento de hoje pelo bem em si e para proteger as pessoas das perseguições atuais.

O liberalismo é seu inimigo porque coloca em questão a primazia do poder. Em todos esses seus caminhos, seu atordoado pupilo Trump o segue instintivamente, sem compreendê-lo em um nível racional. Em um dos momentos mais baixos da história norte-americana, Trump se prostrou diante de Putin, antes de esclarecer que achava que a definição de "liberalismo ocidental" se referisse aos governos municipais californianos! A idiotice e o servilismo foram horríveis, e todo norte-americano que se preze sentiu lágrimas nos olhos observando seu presidente rastejar de modo mesquinho e reverenciar seu boss.

O que o liberalismo e os liberais podem rebater? É impossível ler no futuro, mas deveriam ter em mente que o liberalismo pareceu fraco e obsoleto em todos os períodos dos nossos tempos modernos. Na década de 1930, quando o fascismo e o comunismo estavam ambos em ascensão, os intelectuais chegaram perto de um consenso sobre o fato que o sistema liberal estava acabado e obsoleto. Como a história da Europa Ocidental demonstrou, isso não era verdade.

Depois, durante a Guerra Fria, tornou-se lugar comum repetir que a democracia liberal não podia competir com as certezas rigidamente controladas do comunismo. E isso estava errado. Mesmo após o 11 de setembro nos foi dito que o imaginário liberal, com seu irônico "relativismo" decadente, não poderia suportar os ataques dos fanáticos religiosos militantes. E estava errado. O liberalismo parecia obsoleto em todos os períodos da história moderna, e em todos os períodos seus valores provaram ser imprescindíveis. Poderia não acontecer mais. Cabe a nós a tarefa humanística de garantir que aconteça.

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