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18 Julho 2019

As cadeiras de plástico vermelhas vão se lotando aos poucos. Os mais velhos chegam primeiro. Os homens com o cabelo amarrado em rabo de cabalo e camisas brancas. Mulheres com saias longas e estreitas e blusas amplas de seda. Todos na cabeça usam o típico chapéu-coco. São Saraguros, um dos muitos povos de quíchua dos Andes. Na cordilheira amazônica do Condor chegaram na década de 1940-50, a época da colonização agrícola. Agora, no entanto, se consideram autóctones, como os nativos Shuar. Estes últimos também estão presentes, embora em menor número, em jeans e camiseta.

A reportagem é de Lúcia Capuzzi, publicada por Avvenire, 17-07-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Aos poucos as pessoas se aglomeram sob a tenda azul para se protegerem do sol implacável do Equador. Como flechas de fogo, os raios do começo da tarde atingem cegamente os transeuntes, humanos e animais. Ao grande touro que pasta na entrada do Convento, a fazenda central de El Carmelo, não parece importar muito. A espera é longa e abafada. Os camponeses mais jovens da aldeia de Guadalupe, a uma hora de carro de Tundayeme, não podem perder o dia de trabalho. Então eles chegam quando terminam as tarefas mais urgentes, vindos direto dos campos, ainda calçados com as botas de borracha. No final, cada banco, apoio ou pedra da fazenda está ocupada. E o elegante Santiago Cabrera, encarregado pelo Ministério da Mineração de explicar as vantagens do setor, pode começar a reunião.

 (Fonte: Google Maps)

O engenheiro se lança em uma exposição brilhante: descreve os artigos da Constituição, as leis e as exceções relativas. Suas palavras são apoiadas pelos slides que um assistente exibe pelo PC. Por um momento, o povo de El Carmelo - 72 moradores permanentes, além de algumas centenas que têm fazendas aqui, mas residem na vizinha Piumtsa – fica pasmo. Depois, pouco a pouco, do público chegam as primeiras respostas. Intervenções curtas, recheadas de exemplos simples e ditos populares, tipo "Melhor um copo de água limpa do que um lingote de ouro". O sumo é sempre o mesmo: "É que nós, engenheiro, não queremos as minas". Alguns metros os dividem, mas a distância entre o orador e os espectadores é intransponível. Seus discursos pertencem a diferentes universos culturais e sociais. De um lado, há a linguagem asséptica e burocrática do engenheiro. Do outro, a fala apaixonada, às vezes confusa, muitas vezes entrecortada dos moradores de El Carmelo. Que, um após o outro, se levantam, superando a timidez crônica, para afirmar: "Não para a mina".

Repetem em coro, até que ao engenheiro não resta que desistir e desligar o computador. A decisão foi tomada. El Carmelo apresentará uma requisição para ser reconhecida como área de reserva hídrica. Um desafio nada pequeno. É necessária uma resolução governamental. Se conseguisse, no entanto, a área estaria a salvo das escavadoras iminentes.

"Tudo começou no verão de 2018. Primeiro, houve sobrevoos aéreos. Depois, chegaram homens bem vestidos e se apresentaram como funcionários da empresa. Eu respondi: "Mas qual empresa?" Eles disseram: ‘Nós somos do Fortescue Metal Group e recebemos em concessão esta terra do governo’", com estas palavras, Hernán Lozano ficou empalideceu. "Ninguém sabia de nada. Então eles voltaram mais duas vezes. Na última organizaram uma reunião oficial. Eles explicaram que, se as amostragens se fossem reveladas positivas, construiriam uma mina a céu aberto para extração de cobre. O que será da nossa água?”, explica o idoso agricultor.

"Eles prometem, prometem e depois nos ficamos sem árvores, rios, boa terra para a agricultura. Então, o que vamos fazer com os trocados que eles dão às comunidades para mantê-las calmas?", continua Jorge Nontip, ex-presidente da Federação Shuar da província de Zamora. "Eles disseram que vão criar empregos, investimentos, estruturas. Mas eles não me convenceram. Não quero trocar o presente pelo futuro”.

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