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22 Abril 2019

O documento de Bento XVI sobre a pedofilia na Igreja, não é apenas uma zombaria para as vítimas, é também uma grosseria com a qual ele tenta redimir a instituição de seus pecados, escreve Juan Arias, jornalista, em artigo publicado por El País, 17-04-2019.

Eis o artigo.

O documento que leva a assinatura do papa demissionário Bento XVI, o alemão ultraconservador Joseph Ratzinger, no qual se culpa a revolução progressista dos jovens franceses de Maio de 68 pelos escândalos de pedofilia perpetrados pela Igreja não é apenas uma zombaria às vítimas. É também uma grosseria anti-histórica com a qual tenta redimir a instituição de seus pecados.

O documento de Ratzinger é grave por várias razões que vão além do seu caráter eclesiástico e obriga a recordar sua biografia e seu itinerário doutrinário. Ainda me lembro dele como um jovem e brilhante teólogo do Episcopado progressista alemão durante os anos do revolucionário Concílio Vaticano II, que foi considerado como a primavera da renovação da Igreja e sobre o qual me coube informar para o diário Pueblo, de Madri, durante a ditadura franquista.

Ratzinger, juntamente com outro jovem teólogo alemão, Hans Kung, foram dois pilares da parte mais aberta do concílio. Terminando este, Kung continuou fiel à abertura da Igreja em seus livros e conferências. Ratzinger, pelo contrário, acabou negando o Concílio. Considerou-o um “erro” da Igreja. Acabou sendo premiado. Fizeram-no bispo e depois cardeal. E já em Roma, foi Prefeito da Congregação da Fé, o antigo tribunal da Santa Inquisição. E foi ali que condenou ao silêncio os teólogos da libertação, como o brasileiro Leonardo Boff. Era ao seu dicastério que chegavam de várias partes do mundo as denúncias sobre os escândalos de pedofilia na Igreja, que ele, sistematicamente, deixava morrer no esquecimento.

Já papa, foi um dos sucessores de Pedro mais conservadores do século. Aposentado, por vontade própria, do papado, permaneceu estes anos, já muito doente, em silêncio, deixando o comando para o moderno Francisco, que em vez de usar sapatos Prada vermelhos como ele, continuou usando os velhos sapatos de camponês com os quais chegou ao Conclave do qual saiu como seu sucessor.

O documento do papa emérito, sobre o qual não há certeza de quem pode tê-lo redigido, dadas as suas condições de saúde, é grave por vários motivos. Não só porque nele se tenta culpar o Maio de 68 francês pelos pecados de pedofilia da Igreja, mas porque também quis que se soubesse que escreveu o documento “de acordo com o papa Francisco”, colocando-o assim em uma encruzilhada. Francisco destacará um documento que ofende as vítimas de pedofilia perpetradas por sacerdotes e bispos? Depois de suas inúmeras manifestações contra esse pecado da Igreja e depois de ter lhes pedido perdão em nome da Igreja, Francisco preferirá agora o silêncio para não se confrontar com Bento XIV? Não hesitaria em dizer que Francisco se encontra no meio de uma emboscada das quais já é mestra a história de tramas e máfias da Cúria, da qual não lhe será fácil sair.

O documento também é anti-histórico e pueril ao culpar o 68 francês pelo dilatar da pedofilia na Igreja, como se os abusos em matéria de sexo, e até as piores aberrações cometidas na Igreja, não tivessem existido até então. Como escreveu com humor um leitor, somente se se tratar de 68 antes de Cristo. Será que ninguém se lembra dos escândalos sexuais dos conventos masculinos e femininos da Idade Média? Será que antes de 68 padres, bispos e até papas eram santos e inocentes? Trata-se da eterna hipocrisia da hierarquia eclesiástica.

O texto papal não só encerra essa análise absurda do progressismo de 68 que teria pervertido até os religiosos arrastando-os a seus excessos sexuais e quase a justificá-los. Chega, além disso, em um momento em que crescem no mundo os movimentos ultradireitistas, com nostalgias de nazismos e fascismos. Não há melhor presente do que esse documento do papa intelectual para as tentativas de demonizar hoje os movimentos libertários em busca de novas formas de viver a sexualidade em paz e liberdade. Não há melhor presente para tentar deter a resistência contra os novos autoritarismos do que denunciar que foi um movimento revolucionário juvenil de esquerda, como o Maio francês, o que chegou a prostituir a própria Igreja Católica. Algo que deveria, de acordo com o papa, ser visto pelos jovens cristãos de hoje como demoníaco, pois foram capazes de se deixar subjugar, em matéria de sexo, por aqueles que proclamavam o inocente “faça amor, não faça guerra”.

Difícil entender que o papa Francisco possa cair nessa dupla armadilha que lhe preparou seu antecessor, Ratzinger, que conseguiu que a Igreja lave as mãos, como Pilatos, de seus escândalos e crimes contra crianças e jovens inocentes que eram deixados sob sua tutela, atribuindo a culpa ao clima de libertinagem sexual que teria criado o Maio de 68. Ao mesmo tempo condena esse movimento libertário e juvenil de esquerda como culpado por ter denegrido os costumes cristãos e até por ter contaminado (pobrezinha!) a própria Igreja de Deus.

Não há melhor presente do que esse documento sibilino do papa neste momento de retorno aos rigores conservadores dos costumes, com nostalgias de teocracias e bebedeiras ideológicas totalitárias que pareciam ter sido derrotadas. Até a Igreja do libertário profeta da Galileia parece querer se juntar a essa dança macabra dos tempos inquisitoriais? Tudo menos reconhecer suas culpas e pedir perdão ao mundo. E tudo menos dar passagem, dentro da Igreja, a uma democracia em que haja espaço para que os cristãos possam respirar sem que ninguém sufoque seus justos desejos de liberdade.

E sem esses tabus de celibatos obrigatórios e obsoletas virgindades. E sem esses machismos impermeáveis para dar passagem às mulheres para que participem da hierarquia. Todo o resto é hipocrisia.

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