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Abusos. Uma reunião paralela desafia o Vaticano

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20 Fevereiro 2019

A imprensa já a batizou de “contra-cúpula”. Ou reunião paralela. Organizações de defesa das vítimas de pedofilia mobilizaram-se em grupo a Roma para fazer chegar sua mensagem à reunião de bispos de todo o mundo sobre os abusos sexuais, convocada pelo Papa e que vai acontecer esta semana. Elas são coordenadas pelo projeto de justiça global “Ending Clergy Abuse” (ECA, fim dos abusos clericais) e já alcançaram seu primeiro objetivo: serão recebidos pelos organizadores da reunião no Vaticano.

A reportagem é de Andrés Beltramo Álvarez, publicada por Vatican Insider, 19-02-2019. A tradução é de André Langer.

Será nesta quarta-feira, 20 de fevereiro, às 11h30, quando um grupo de cerca de dez pessoas será recebido pelos colaboradores mais próximos de Francisco em matéria de luta contra os abusos. O encontro acontecerá em um escritório da Santa Sé, até agora mantido em segredo para “garantir a serenidade” dos participantes.

Miguel Ángel Hurtado, vítima espanhola e coordenador da organização Infância Roubada, fará parte da delegação; ele é famoso por sua participação na série documental Examen de Conciencia, lançada recentemente na plataforma Netflix. Também integrará a delegação o promotor da conversa, Juan Carlos Cruz, uma das vítimas mais famosas do padre chileno Fernando Karadima. Ele mantém comunicação com Charles Scicluna, arcebispo maltês e enviado do Papa para investigar os abusos na Igreja chilena.

Tanto Scicluna como o cardeal arcebispo de Chicago, Blase Cupich, ouvirão as reivindicações e receberão as demandas. Além deles, se ocupará da iniciativa o ex-diretor da Sala de Imprensa do Vaticano e sacerdote jesuíta Federico Lombardi. Seu papel é fundamental, uma vez que ele foi escolhido pelo Pontífice como moderador da reunião dos bispos. Com sua proverbial paciência e espírito fleumático, mostrou-se disponível para receber mensagens (principalmente por escrito) de todos aqueles que quisessem expressar suas divergências.

“Houve progressos no desejo de se reunir antes da reunião com um grupo limitado de representantes de vítimas de diferentes países, de diferentes continentes e associações, acho que será uma dúzia de pessoas, para que possam expressar livremente suas opiniões, suas expectativas e seus desejos em vista desse importante momento da Igreja e poder levá-lo em conta, seja no contexto da reunião, seja no contexto do acompanhamento, o que se seguirá”, explicou o também presidente da Fundação Ratzinger-Bento XVI.

Em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, 18 de fevereiro, não quis antecipar maiores detalhes sobre o encontro desta quarta-feira. Embora tenha antecipado que os participantes estão livres para falar sobre isso sempre que quiserem. E esclareceu que não está prevista uma saudação deles ao Papa Francisco, à margem da conversa.

Este exercício busca distender uma atmosfera romana por demais quente, nestes dias de reunião antipederastia. É que as organizações que passaram anos denunciando abusos em várias latitudes viram no Encontro para a Proteção dos Menores, que começará nesta quinta-feira, 21 de fevereiro, uma oportunidade de ouro para atrair a atenção da mídia e fazer ouvir a sua mensagem.

É por isso que eles montaram um intenso calendário de atividades, que incluem conferências públicas espalhadas pela capital italiana e alguns protestos públicos, inclusive nas imediações da Praça São Pedro.

Já nesta segunda-feira, foi possível observar o interesse que as vítimas despertam na opinião pública internacional, justamente do lado de fora da Sala de Imprensa vaticana. Aí mesmo, na rua, ativistas do ECA estavam presentes após a conferência oficial de apresentação da reunião dos bispos e imediatamente os jornalistas se aglomeraram em torno deles.

“Estamos esperando que a palavra tolerância zero cobre corpo, se torne prática, que não seja uma frase vazia, que não seja pura demagogia, que não seja uma frase lançada ao vento e não passe disso. Até hoje tem sido assim, exceto no caso do Chile, onde o Papa Francisco, depois de ter trocado as mãos pelos pés, descobriu, de volta a Roma, que as vítimas existem, que estão exigindo uma reivindicação tanto por parte da Igreja como por parte da sociedade civil”, advertiu aí Pedro Salinas, jornalista peruano, que trouxe à tona os detalhes dos abusos ocorridos na sociedade de vida apostólica Sodalício da Vida Cristã, perpetrados por seu fundador Luis Fernando Figari e alguns de seus colaboradores mais próximos, entre eles Germán Doig.

E continuou: “Eu gostaria de crer que algumas coisas vão mudar, mas para isso devem tomar medidas concretas, talvez a criação de uma comissão da verdade que funcione em todos os países onde a Igreja católica tem uma presença significativa, hegemônica, e que não seja integrada apenas por membros do clero, mas também por pessoas da sociedade civil autônoma, independente e com uma visão crítica das coisas. Se isso não acontecer, infelizmente continuaremos o jogo da palavrinha tolerância zero sem que isso se concretize em nada específico”.

Justamente neste aspecto da “tolerância zero” insistiram praticamente todos os ativistas entrevistados, incluindo, por exemplo, o já mencionado Miguel Ángel Hurtado e Alberto Athié, ex-padre mexicano famoso por sua cruzada para denunciar os abusos do fundador dos Legionários de Cristo, Marcial Maciel Degollado.

“Seria muito importante que o Vaticano esclarecesse o que se entende por ‘tolerância zero’, porque é um conceito que o Papa Francisco repete com frequência. Nos países mais avançados, significa que se um sacerdote abusou uma vez de uma criança vai para a rua, é expulso do sacerdócio, mas essa definição está sendo aplicada, a duras penas, na Irlanda e nos Estados Unidos. Na Espanha, há sacerdotes condenados pela justiça depois de admitirem os crimes e que continuam a fazer parte da Igreja. Nessa tolerância zero dos bispos espanhóis ninguém acredita”, disparou Hurtado.

Embora permanecesse altamente cético sobre os resultados da reunião convocada pelo Papa, também a considerou “positiva”, porque, graças a ela, “os olhos do mundo se voltam para o Vaticano”.

“O principal problema da Igreja não são os abusos, que são sérios, mas a impunidade. Acredita-se que o clero está acima da lei, que se uma pessoa civil comete um crime vai para a cadeia, mas que se um sacerdote abusar de uma criança, com quatro Ave-Marias e três Pai-Nossos o problema está resolvido. Deve ficar claro: os abusos de menores são crimes e devem ser julgados por juízes, não por bispos”, prosseguiu.

“A tolerância zero pode ser entendida de uma forma ou de outra, porque no final das contas você assume as coisas como melhor lhe convier”, disse, por sua vez, Athié, que antecipou que a expectativa dos grupos de vítimas sobre a reunião dos bispos é que, finalmente, se tome a decisão de não permitir mais qualquer acobertamento de abusadores nem de bispos que lidam com discrição com as denúncias. Além disso, mostrou-se cético em relação à real vontade do próprio Papa Francisco de ir a fundo na questão.

“Em termos de linguagem, ele é um grande mensageiro e sabe usar a comunicação estrategicamente muito bem, mas isso não significa tomar decisões e executá-las. A esse respeito, foi o Papa que mais condenou, que mais negativamente qualificou os atos, que até mudou sua política de não proteger os acobertadores”, afirmou.

E apontou: “(Devemos dar um) basta ao mecanismo que permitiu o acobertamento e, a partir de agora, todo clérigo que cometeu um abuso deve ser julgado de acordo com a autoridade civil correspondente. O Papa tem em suas mãos essa mudança de ordem para que cada um assuma sua responsabilidade, segundo lhe tocar. Eu sei que isso tem um custo muito alto, mas é preciso saber pagar custos na vida”.

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