A liderança do Papa Francisco na conquista da região menos católica da América Latina

Foto: Dan Lundberg | Flickr CC

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24 Janeiro 2019

A liderança e o carisma do papa Francisco não foram suficientes para frear a acelerada queda do número de católicos na América Latina. E este fenômeno é mais evidente na América Central, região que recebe nesta quara-feira o pontífice, como parte da celebração da Jornada Mundial da Juventude no Panamá.

A reportagem é publicada por El Heraldo, 22-01-2019. A tradução é de Graziela Wolfart.

Quatro dos cinco países menos católicos na América Latina pertencem ao istmo centro-americano, segundo uma pesquisa do Latinobarómetro, com dados atualizados em 2017, intitulada “O papa Francisco e a religião no Chile e na América Latina”, e que inclui entrevistas realizadas em 18 países.

Honduras ocupa o primeiro lugar de país com menos percentual de católicos na área latino-americana. Em segundo lugar aparece o Uruguai, enquanto que El Salvador, Nicarágua e Guatemala completam a lista, nessa ordem.

Diferente do Uruguai, a queda de fiéis católicos aconteceu em proporção inversa ao aumento de evangélicos, fato pelo qual se conclui que ocorreu uma transferência de fiéis entre ambas correntes do cristianismo. No que diz respeito à nação sul-americana, é maioria a categoria de ateus, agnósticos ou de nenhuma religião.

Panamá, sede do encontro religioso, não está imune ao giro da fé. O país, com 55% de pessoas que professam o catolicismo, está na nona posição na América Latina, mas em 1995 era praticamente católico, com 89% de adeptos a esta religião (uma queda de 34 pontos percentuais).

O mesmo aconteceu no restante da América Central. Honduras, de novo na primeira posição, é a nação na América Latina com a maior queda de católicos. Antes (em 1995) quase 8 em cada dez hondurenhos eram católicos. Em 2017 esse número passou para quatro em cada dez.

Os analistas avaliam a imagem positiva de Francisco em nível global (e entre comunidades de outras religiões), mas os números revelam que sua gestão não foi capaz de aplacar a fuga de crentes que começou no início deste século.

Desde a escolha de Jorge Bergoglio como Papa em 2013, os números também entraram em declive, com exceção do México, único país que apresenta um aumento na proporção de fiéis.

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