• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Eleições 2018 e a Amazônia: entre a sobrevivência e a devastação

Mais Lidos

  • “O Brasil é uma sociedade onde sentimos muito amor ao Cristo. Mas como continuar juntos, em uma sociedade com muitos contrastes? Como fazer com que seja possível viver algo de modo mais igual?”, questiona o prior de Taizé em primeira visita ao Brasil

    “O profetismo não é denunciar as coisas, mas viver e abrir caminhos de esperança”. Entrevista especial com irmão Matthew, prior de Taizé

    LER MAIS
  • Eichmann em gaza. Artigo de Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz

    LER MAIS
  • “Um acordo com Israel? Eu o assinaria na hora. O mundo deve nos reconhecer”. Entrevista com Hussein Al-Sheikh

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

Por: Ricardo Machado | 20 Outubro 2018

Em fevereiro deste ano os pesquisadores Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, e Thomas Lovejoy, professor da George Mason University, nos Estados Unidos, publicaram na revista Science um artigo explicando que se o desmatamento da Amazônia alcançar 20% (atualmente a taxa é de 18%) as consequências serão irreversíveis. O local que abriga a maior biodiversidade do planeta e fonte de riquezas incalculáveis depende, justamente, da preservação. Ao contrário da complexidade que o tema exige, a pauta “Amazônia” tem aparecido no debate eleitoral de forma caricata, reducionista e, por que não, estúpida.

Sônia Guajajara e Felício Pontes (Fotos: Ricardo Machado/IHU)

Durante aproximadamente duas horas o tema foi debatido por Felício Pontes Jr, procurador da república junto ao Ministério Público do Distrito Federal, e pela líder indígena Sônia Guajajara, representante nacional do Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – Apib, na quinta-feira à noite, 18-10-2018, na Unisinos, em São Leopoldo/RS. O evento, intitulado Palestra Megaprojetos e Amazônia sob a perspectiva social, jurídica, cultura e ambiental, encerrou a programação da 3ª Semana de Estudos Amazônicos – Semea.

Paradigmas conflitantes

A fala foi aberta por Felício Pontes Jr, que começou apresentando os paradigmas conflitantes no campo do direito que estabeleceram a relação do Estado nacional com os povos indígenas. “Ao longo de quatro séculos o Brasil manteve uma postura assimilacionista em relação aos povos indígenas, em que a lei 6001 de 1973 previa que eles fossem integrados progressivamente à cultura branca. Depois de 1988, com o artigo 273 da Constituição Federal, essa noção foi transformada e passou a vigorar a doutrina da autodeterminação, em que reconhece o direito dos indígenas à auto-organização social, costumes e tradições. De modo que o Estado assume o compromisso em protege-los”, explica.

Para o procurador, é importante que todos se empenhem para que a doutrina atual seja implantada, o que nunca ocorreu de modo consistente, mesmo tendo passado 30 anos da promulgação da Constituição. “A Constituição mandava marcar os territórios indígenas em cinco anos e até hoje não demarcaram. Sem demarcação não tem educação, segurança alimentar e moradia para esses povos. Como já disse a Sônia, que está aqui do meu lado, 'Terra é mãe. Mãe não se vende, não se troca, não se negocia''”, assevera Pontes.

Modelo predatório

A Amazônia e toda sua biodiversidade tem sido alvo de um modelo predatório baseado, principalmente, em cinco atividades: madeira, pecuária, mineração, monocultura e energia. Pontes lembrou que dos projetos de financiamento para exploração econômica da Amazônia que ele investigou, subsidiados pelos bancos Sudam, Banco da Amazônia (ambos extintos) e o Banco do Brasil, todos continham irregularidades. “A extração de madeira ilegal continua a plenos pulmões. Nos locais de mineração, quando acaba o processo de extração as populações locais ficam mais pobres que antes. A pecuária tem baixa produtividade. Além disso, estamos destruindo a maior biodiversidade do planeta por monoculturas. Por fim, não há impacto maior na biodiversidade que a construção de hidrelétricas”, descreve.

Modelo socioambiental

Na contramão do modelo predominante, o extrativista, a perspectiva socioambiental aparece não somente como a mais rentável, mas também, como a mais responsável. “Estamos deixando de produzir aquilo que somente nós da Amazônia podemos, os óleos vegetais e os bens da floresta que ninguém mais tem e que têm um imenso valor de mercado”, sugere o procurador. “Apenas mantendo a Amazônia em pé, 17 atividades ligadas ao ecossistema amazônico, do abastecimento de água à regulação climática, rendem 692 bilhões de dólares por ano”, sinaliza Pontes.

“O mercado fitoterápico produz anualmente 50 bilhões de dólares e o Brasil movimenta somente 500 milhões por ano. Quando inundaram a região da floresta amazônica onde foi construída Belo Monte, duas espécies endêmicas foram dizimadas. Poderia estar ali a cura para doenças que hoje não têm cura”, lamenta.

 

Um dos dados mais estarrecedores em relação a Amazônia é que apenas 1% de sua biodiversidade foi estudada. “Somente na Universidade de São Paulo – USP há mais doutores que em toda a região amazônica. Eu não tenho nada contra os pesquisadores da USP é ótimo que haja tantos lá, o problema é ter tão poucos na Amazônia. Lá são necessários de doutores do Direito à Teologia”, acrescenta.

Povos fronteiriços

Sônia Guajajara abriu sua fala ressaltando a importância de os indígenas da Amazônia terem saído de suas regiões e vindo para o sul do Brasil debater questões centrais sobre seus povos e territórios. “Vir aqui para o sul é importante para a nossa luta. Todas as regiões estão impactadas”, frisa.

“Quando se fala de entregar a Amazônia para o estrangeiro, não demarcar um centímetro de terra, acabar com a Fundação Nacional do Índio - FUNAI, acabar com o ativismo, claramente se está falando contra os povos indígenas. É por isso que nós precisamos fazer incidência no processo eleitoral, porque é o nosso destino que será decidido, mas não somente o nosso. O futuro da Amazônia, do Cerrado, do Pampa e da Caatinga depende do futuro da floresta”, ressalta Sônia.

Sônia chamou atenção para uma de nossas importantes contradições, em que o crescimento do Produto Interno Bruto – PIB não representa a diminuição da pobreza e da desigualdade. “Agronegócio, mineração e indústria formam o tripé de nossa economia. O agronegócio e a mineração é onde estão as bancadas mais fortes do Congresso e um dos lugares mais visados pelo agronegócio são as terras indígenas, porque eles olham para esses territórios, que são áreas protegidas, como áreas improdutivas”, pontua Sônia.

Lutar, resistir, sobreviver

O Brasil é um dos signatários do Acordo de Paris, que sediou a COP-21, em que o país se comprometeu em zerar o desmatamento ilegal até 2020 e o desmatamento completo até 2030. “No Congresso tem mais de 30 projetos tentando flexibilizar a legislação de proteção ambiental. A convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho - OIT exige a consulta com os povos nativos para qualquer atividade na região, mas ela nunca é cumprida. Alguns povos criaram protocolos para se perguntarem se querem os empreendimentos ou não, mas é uma iniciativa comunitária não reconhecida legalmente”, denuncia e explica Sônia.

 

Ao encerrar sua fala, Sônia destacou que a neutralidade, no atual momento, representa a escolha de um lado. “O lado que nós indígenas escolhemos é aquele de termos o direito de continuar existindo. Não adianta dizer que ‘ama’ os índios e ficar em cima do muro. Estamos em um momento muito delicado de nossa história e devemos defender, ao menos, o direito de continuarmos lutando. Se não lutarmos hoje, estaremos sendo omissos e coniventes com o caos político, social, cultural, jurídico e ambiental de amanhã. Precisamos lutar!”, finalizou Sônia, sob longos aplausos da plateia de mais de cem pessoas que participaram o encerramento do 3º Semea.

Leia mais

  • Mulheres da floresta, mulheres da cidade, mulheres guerreiras
  • Mulheres indígenas dizem basta à violência e à invisibilidade
  • Intolerancia/tolerancia religiosa, armonía/desarmonía desde una perspectiva histórico-teológica en las religiones indígenas de América Latina
  • Roraima, Amazonas e Mato Grosso do Sul são os estados com mais assassinatos de indígenas, diz relatório
  • ONU Brasil lança documentário ‘Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça’
  • Encontro de Mulheres Indígenas da região do baixo rio Tapajós: pelos direitos, pela cultura e pelas tradições
  • Bancada da Bala, Boi e Bíblia impõe ano de retrocesso para mulheres e indígenas
  • Mulheres Munduruku reafirmam protagonismo na luta contra violações dos direitos indígenas
  • As formas de violência às mulheres indígenas da América
  • A força e a voz das mulheres indígenas Sikuani, etnia da Colômbia e Venezuela 
  • “O Sínodo da Amazônia é uma forma de escutar como atuamos aqui”. Entrevista com Elsie Vinhote
  • “O Sínodo da Amazônia não foi convocado para repetir o que a Igreja já disse, mas para avançar”, afirma dom Cláudio Hummes
  • Sinodo da Amazônia. “Para falar de ministérios teríamos que nos despir dos modelos que nós temos, fechados nos sacramentos”. Entrevista com Guaracema Tupinambá
  • Documento preparatório versão popular "Sínodo Amazônia" Novos caminhos para a igreja e para uma ecologia integral
  • Um Sínodo para a Amazônia: povos indígenas, populações tradicionais, populações urbanas; novos caminhos para Igreja e por uma ecologia integral
  • Quatro brasileiros participam do conselho de preparação do Sínodo da Amazônia
  • "Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral". Tema central do Sínodo para a Amazônia
  • "Já sabemos que o Sínodo da Amazônia vai provocar reações duras", prevê Lorenzo Baldisseri
  • Presidente da Repam informa sobre a reunião preparatória ao Sínodo da Amazônia em 2019
  • Um Sínodo muito importante para a Igreja na Amazônia. Entrevista com Cláudio Hummes

Notícias relacionadas

  • O escândalo econômico do dom

    LER MAIS
  • João Goulart e um projeto de nação interrompido. Entrevista especial com Oswaldo Munteal

    LER MAIS
  • A ciência é ''um dos melhores princípios para conhecer Deus'', diz astrônomo

    Fé e ciência não estão em oposição, defende o irmão jesuíta Guy Consolmagno (foto).A reportagem é de Hillary Senour, publ[...]

    LER MAIS
  • ''A fé não é um produto como todos os outros''. Entrevista com Éric Jaffrain

    Éric Jaffrain, consultor de marketing de organizações sem fins lucrativos, tendo criado o conceito de gift economy, a economi[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados