As formas de violência às mulheres indígenas da América

Mais Lidos

  • Seca no Amazonas deixa cidades isoladas e com escassez de alimento

    LER MAIS
  • A Nova Maioria Global. Boletim de Conjuntura do Observatório Internacional do Século XXI

    LER MAIS
  • O acesso à “Comida de verdade” e o combate à pobreza do campo à cidade. Artigo de Denise De Sordi

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

Por: Lara Ely | 02 Novembro 2017

As formas de discriminação as quais as mulheres indígenas são submetidas dentro ou fora de suas comunidades foram mapeadas e listadas em recente relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), divulgado nesta semana. O informe estabelece princípios para guiar a ação dos países para prevenir e abordar todas as violações de direitos humanos que afetam essas mulheres no continente, desde uma perspectiva holística, de gênero e intercultural. No estudo, a entidade descreve que as mulheres indígenas enfrentam exposição à violência e têm inúmeros obstáculos do acesso à justiça e direitos econômicos, sociais e culturais.

O relatório inclui uma série de recomendações para ajudar os chefes de estados a prevenir e responder às violações de direitos humanos que afetam essa população. Por exemplo: aplicar medidas para assegurar que se respeitem os direitos humanos das mulheres indígenas; adotar um enfoque holístico para abordar as múltiplas formas de discriminação; prevenir, investigar, julgar e punir todas as formas de violência contra elas. Este enfoque deve levar em conta o sexo, o gênero e a cosmovisão das mulheres indígenas, assim como os antecedentes de racismo e discriminação que elas têm sofrido.

De acordo com o estudo, elas ainda encontram poucas oportunidades de acesso ao mercado de trabalho, dificuldades geográficas e econômicas singulares para ter acesso a serviços de saúde e/ou educação, acesso limitado a programas e serviços sociais, e escasso espaço para a participação em processos políticos.

As mulheres indígenas que querem praticar formas tradicionais de subsistência costumam enfrentar grandes obstáculos para o acesso às terras e aos recursos tradicionais. Quanto ao acesso à justiça, os principais obstáculos são de natureza geográfica, socioeconômica, cultural e linguística, e estão relacionados à falta de abordagem desta problemática por parte dos Estados. Esta marginalização política, social e econômica contribui para uma situação permanente de discriminação, que as torna particularmente suscetíveis a diversos atos de violência.

Além da violência física, outras formas como a violência psicológica e sexual, obstétrica e espiritual também são praticadas. O estudo explica que as mulheres e meninas indígenas tendem a sofrer mais atos de violência em contextos particulares: no marco de conflitos armados; durante a execução de projetos de desenvolvimento, investimento e extração; quando se militarizam seus territórios; no âmbito doméstico; quando atuam como defensoras de direitos humanos; durante processos migratórios e de deslocamento, entre outros.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

As formas de violência às mulheres indígenas da América - Instituto Humanitas Unisinos - IHU