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Deus providente: o significado de uma fórmula de fé. Artigo de Carlo Molari

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13 Junho 2018

Nenhuma criatura pode impedir que a Força da Vida envolva e alcance a pessoa para levá-la à plenitude da vida, expressando amor. “Nenhuma criatura nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 8, 39). Este é o sentido da Providência divina que guia o caminho da história humana.

A opinião é do teólogo italiano Carlo Molari, sacerdote e ex-professor das universidades Urbaniana e Gregoriana de Roma, em artigo publicado na revista Rocca n. 12, 15-06-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

Na reformulação da doutrina de fé cristã exigida pelas atuais mudanças culturais, muitos teólogos se interrogam sobre o significado da Providência divina. Com esse termo, na tradição cristã, indica-se a convicção de que Deus guia os eventos da história e cuida dos fiéis.

Mas, de fato, que valor pode ter o termo “providente” para designar a ação divina relativa ao desenvolvimento das pessoas e dos eventos da história, quando até mesmo os fiéis programam a própria existência de acordo com os critérios do interesse e do sucesso mundano?

A revista dos jesuítas franceses Recherches de Science religieuse recentemente dedicou um número inteiro ao tema da Providência divina com este título: “Seja feita a vossa vontade. Falar hoje da Providência" (n. 106/abr.-jun. 2018, pp. 177-274).

O diretor, Christoph Theobald, conclui a apresentação do número com uma observação iluminadora: “A lentidão dos corações e das inteligências humanas (cf. Lc 24, 25) revela, à sua maneira, uma dimensão decisiva e muitas vezes esquecida da Providência divina, isto é, a sua paciência” (Editorial, ibid., p. 180).

Ele havia iniciado o editorial escrevendo: “No atual processo de ‘reinterpretação’ do mistério cristão, a questão da Providência divina desempenha um papel-chave”. Depois, havia se perguntado: “O que os cristãos dizem quando, dirigindo-se a Deus, pedem-lhe que ele faça a sua vontade? Atribuem-lhe uma vontade, um desejo, um desígnio?” (ibid., p. 177).

Um olhar nas Escrituras e no Catecismo

O termo grego προνοια (pronoia), com o significado comum de providência da tradição cristã, nunca é encontrado no Novo Testamento. A única vez que o termo é encontrado é nos Atos (24, 2-3) e se refere à ação iluminada do governador romano Félix por parte de Tertulo, o acusador de Paulo, e tem o caráter de um elogio interessado.

Quanto ao Antigo Testamento, o termo atribuído a Deus é encontrado apenas no livro da Sabedoria em duas referências de versículos. No primeiro, sobre o barco humano, diz-se: “Foi criado pela ânsia de lucro, e foi a perícia técnica que o construiu. Mas é a tua providência, ó Pai, que o pilota, pois também no mar abriste um caminho, uma rota segura entre as ondas. Isso fizeste para mostrar que tu podes salvar de tudo” (Sb 14, 3-4; trad. Bíblia Pastoral).

No segundo, sobre os injustos, observa-se que, “imaginando que podiam oprimir uma nação santa, ficaram presos pelas trevas, prisioneiros de uma longa noite, fechados em suas casas e excluídos da providência eterna” (Sb 17, 2; trad. Bíblia Pastoral).

Sem fazer uso do termo teológico específico, porém, o Antigo Testamento conhece a confiança na orientação que Deus concede ao Seu povo. Ou, melhor, até mesmo os outros povos podem ser usados para o cumprimento dos seus propósitos (cf., por exemplo, Amós 9, 7; Isaías 10, 5-16; 45, 1; Jeremias 25, 9). Os salmistas muitas vezes louvam o Senhor que dá aos fiéis do seu povo o alimento, a proteção e todos os bens materiais e espirituais.

Mas esse modo de pensar é condicionado pelos modelos culturais do tempo.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC, LEV 1992), no n. V do par. 4, relativo ao Pai criador, intitulado: “Deus realiza o seu desígnio: a divina Providência” (nn. 302-314), serve-se do modelo evolutivo para explicar a incompletude das criaturas e o escândalo do mal.

Nesse marco, insere a reflexão sobre a providência: “A criação tem a sua bondade e a sua perfeição próprias, mas não saiu totalmente acabada das mãos do Criador. Foi criada ‘em estado de caminho’ (‘in statu viae’) para uma perfeição última ainda a atingir e a que Deus a destinou. Chamamos divina Providência às disposições pelas quais Deus conduz a sua criação em ordem a essa perfeição”.

Para justificar a afirmação, ele acrescenta este trecho retirado do Concílio Vaticano I: “Deus guarda e governa, pela sua Providência, tudo quanto criou, ‘atingindo com força de um extremo ao outro e dispondo tudo suavemente’ (Sb 8, 1). Porque ‘tudo está nu e patente a seus olhos’ (Heb 4, 13), mesmo aquilo que depende da futura ação livre das criaturas” (Denz-Schönm. in CIC n. 302).

No número posterior, o Catecismo examina de modo sumário e aproximativo alguns dados da Escritura cujo testemunho é declarado como “unânime”: “A solicitude da divina Providência é concreta e imediata (...). Os livros santos afirmam, com veemência, a soberania absoluta de Deus no decurso dos acontecimentos: ‘Tudo quanto Lhe aprouve, o nosso Deus o fez, no céu e na terra’ (Sl 115, 3); e de Cristo se diz: ‘que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre’ (Ap 3, 7); ‘há muitos projetos no coração do homem, mas é a vontade do Senhor que prevalece’ (Pr 19, 21)” (CIC n. 303).

Com maior exatidão, biblista Giovanni Natale Aletti, do Instituto Bíblico, examina o aspecto bíblico (La question de la providence divine dans les Ecritures, in RSR, pp. 231-244). Desde o início, ele especifica: “Quando falam da providência divina, os escritos bíblicos têm posições que dificilmente podem ser remetidos à unidade. Muitas passagens tecem seu elogio, reconhecendo que Deus cuida de todas as suas criaturas, sem exceção”. 

Como confirmação, ele cita o Eclesiastes, que declara: “Existe ainda outra desilusão: justos que são tratados conforme a conduta dos injustos, e injustos que são tratados conforme a conduta dos justos. Penso que também isso é coisa fugaz” (Ecl 8, 14; citado em RSR, p.231).

G. N. Alletti, a propósito de Jó, nota que “o horizonte ainda não é o da retribuição após a morte”. “Dado que ele não encontra em si mesmo a razão de seu mal-estar, Jó está convencido de que deve buscá-la em Deus” (RSR, p. 237).

Ficando nessa perspectiva, sempre há a possibilidade de invocar com um salmista: “Não entres em julgamento contra o teu servo, pois, diante de ti, nenhum vivente é justo!” (Sl 143, 2) e, portanto, de argumentar: “Por isso, pensa-se que as enfermidades, a doença, a esterilidade, a miséria etc. daqueles que se dizem justos e amigos de Deus se deviam ao pecado, porque Deus, que vê os corações, deve punir as culpas que fogem do olhar e do julgamento dos homens. Essa convicção atravessa os séculos; reencontramo-la até no Novo Testamento nas convicções dos discípulos de Jesus (cf. Jo 9, 2)” (G. N. Aletti, in RSR, pp. 234-235, refere-se à pergunta dos discípulos: “Mestre, quem foi que pecou, para que ele nascesse cego? Foi ele ou seus pais?”).

Na vida cotidiana cristã, a referência à providência é um corolário da doutrina sobre a eleição e sobre a prática da confiança no Pai celeste.

É preciso distinguir entre o resultado salvífico e a modalidade como que ele é alcançado. O resultado salvífico é a identidade dos filhos de Deus a ser perseguida na história através da confiança em Deus e da acolhida da sua ação. A modalidade com que se realiza o processo não depende de uma ação divina adicional, mas sim da atitude com que o fiel se confia a Deus ao viver a situação histórica.

O evento, como tal, também pode ser contrário à vontade de Deus (como a Cruz foi para Cristo), mas a presença divina e a correspondente confiança do fiel podem permitir que se viva o evento negativo de modo salvífico. Há uma verdade de fundo na interpretação tradicional, mas há também um erro. A verdade de fundo diz respeito ao resultado (tornar-se filhos), o erro diz respeito ao modo de alcançá-lo (oferecendo a Deus o sofrimento ou merecê-lo).

Os caminhos pelos quais cada pessoa pode alcançar a meta são múltiplos, caóticos e casuais, porque as ofertas fluem de todas as partes. Mas a força criadora que alimenta o processo, conduz e atrai à meta é tamanha que, em qualquer condição que a pessoa venha a se encontrar, pode ser conduzida ao cumprimento.

De fato, nenhuma criatura pode impedir que a Força da Vida envolva e alcance a pessoa para levá-la à plenitude da vida, expressando amor. “Nenhuma criatura nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 8, 39).

Este é o sentido da Providência divina que guia o caminho da história humana.

Na multiplicidade das ofertas que a casualidade permite, a ação criadora tem a possibilidade de fazer florescer na criatura qualidades inéditas que, caso contrário, a ordem dos processos não permitiria. De desenvolver perfeições que, de outra forma, não seriam possíveis. A condição para que isso ocorra é que a pessoa viva em sintonia com a ação de Deus, escute a sua Palavra e acolha o seu Espírito.

A ação providente de Deus permite levar serenamente a experiência cotidiana. Recorrer a Deus com a oração na necessidade não significa pedir a sua intervenção, mas se tornar capazes de carregar as dificuldades, alimentar as energias necessárias para atravessar os eventos com serenidade.

Cada evento pode ser vivido de modo salvífico, porque mesmo do mal Deus sabe tirar o bem.

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