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Doutrina e pastoral, tradição e novidade. Artigo de Carlo Molari

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23 Novembro 2015

O erro cometido pelos teólogos que descrevem o desenvolvimento homogêneo do dogma é o de partir da conclusão dos últimos séculos e, remontando o passado, traçar os diversos desenvolvimentos, forçando os significados das fórmulas anteriores. A ilusão de que permaneciam significados idênticos derivava do fato de que permaneciam as mesmas fórmulas.

A análise é do teólogo italiano Carlo Molari, padre e ex-professor das universidades Urbaniana e Gregoriana de Roma, em artigo publicado na revista Rocca, n. 22, 15-11-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Neste meses, dentro da Igreja Católica, no vivo debate sobre os temas da família, que, através do Sínodo dos bispos, envolveu todos os âmbitos da estrutura eclesial, foi evocado várias vezes um princípio que tanto os tradicionalistas quanto os inovadores parecem ter dado por evidente.

Isto é, que a doutrina é imutável, enquanto a pastoral pode se adaptar às tortuosidades da vida concreta, ou, em outras palavras, que os princípios são absolutos e rígidos, enquanto a prática deve levar em conta as circunstâncias concretas com misericórdia e espírito de adaptação.

O cardeal Christoph Schönborn, em uma entrevista ao jornal Avvenire com Stefania Falasca, publicada no dia 17 de outubro passado (Nuova pastorale, ce la faremo), disse esperar da reflexão dos bispos "uma inovação da pastoral", já que "o Sínodo não é um órgão do magistério. Não é magistral, porque a doutrina já está definida, é clara. O objetivo de um Sínodo, assim como foi concebido na mens de Paulo VI, é de pôr em prática as reformas do Vaticano II (…) Portanto, é muito mais orientado para a práxis, para a pastoral".

Ele continuou esclarecendo que, entre doutrina e pastoral, há "complementaridade. A doutrina é a bússola. A doutrina é, acima de tudo, a doutrina de Jesus. Portanto, não pode haver essencialmente um contraste. N'Ele, justiça e misericórdia são uma coisa só. No cristianismo, a doutrina é uma Pessoa, Cristo, e a práxis é seguir essa Pessoa". Se a doutrina é uma pessoa, ela está definitivamente entregue à história e, como tal, é imutável.

Em uma perspectiva diferente, mas convergente, sobre esse ponto, o prior de Bose, Enzo Bianchi, escreveu recentemente (La Stampa, 18-10-2015, publicado no IHU): "Em inúmeros âmbitos, a Igreja Católica faz a difícil, mas rica, experiência já vivida há cerca de 20 anos pela Comunhão Anglicana: encontrar e percorrer caminhos pastorais diferentes em regiões do mundo diferentes na única confissão de fé. Trata-se de aprender a viver uma nova sinfonia eclesial, não só entre centro (a Santa Sé) e periferias nos confins do mundo, mas entre as próprias Igrejas".

Mesmo a frase "na única confissão de fé" parece sugerir a convicção de conteúdos doutrinais que permanecem idênticos na variedade de escolhas rituais e estruturais múltiplas. Essa convicção tem raízes remotas.

Referências tradicionais

Justamente na sexta-feira, 9 de outubro, em plena discussão sinodal, o Ofício das Leituras do Breviário do rito romano relatava o capítulo 23 da Primeira Exortação de São Vicente de Lérins (escrito em 334, Patrologia Latina (Migne) 50, p. 667-668), muitas vezes citado como exemplar da doutrina tradicional sobre o desenvolvimento homogêneo do Dogma.

Ele defende que a doutrina na Igreja segue o mesmo dinamismo de um ser vivente (por exemplo, o corpo humano) que já tem todos os membros desde o início e muda apenas pelo seu crescimento ao longo do tempo. O homem não acrescenta membros ao longo do seu processo vital, mas desenvolve todos e só aqueles que tinha no nascimento. Assim, na Igreja "devem permanecer sempre iguais o gênero da doutrina, a própria doutrina, o seu significado e o seu conteúdo. (…) Essa é a verdadeira e autêntica lei do progresso orgânico. (…) Assim também o dogma da religião cristã deve seguir essas leis de crescimento, para que os anos o consolidem, se dilate com o tempo, eleve-se com as gerações. Porém, é necessário que permaneça sempre intacto e inalterado. Os nossos antepassados semearam outrora neste campo da Igreja as sementes do trigo da fé. (…) É justo e coerente que, sem discrepância entre os inícios e o término, ceifemos das desenvolvidas plantações de trigo a messe também de trigo do dogma. E se algo daquelas sementes originais se desenvolver com o andar dos tempos, seja isto agora motivo de alegria e de cultivo" (Breviário Romano, sexta-feira da 27ª semana do Tempo Comum).

É interessante notar que o Concílio Vaticano I, no mesmo momento em que, de fato, o transgredia, introduzindo a novidade da infalibilidade pontifícia como um exercício particular da infalibilidade da Igreja, sentia a necessidade de evocar o mesmo princípio de Vicente: "Cresçam, pois, e multipliquem-se abundantemente, tanto em cada um como em todos, tanto no homem individual como em toda a Igreja, segundo o progresso das idades e dos séculos, a inteligência, a ciência e a sabedoria, mas somente no seu gênero, isto é, na mesma doutrina, no mesmo sentido e no mesmo pensamento" (Constituição dogmática Dei Filius, capítulo 4. A fé e a razão, DS-Hünermann 3.020).

Naquela ocasião, ao contrário, foram os vetero-católicos que permaneceram fiéis ao princípio do desenvolvimento homogêneo, provocando o cisma que ainda continua.

A reflexão de São Vicente de Lérins se desenvolve no horizonte cultural estático, razão pela qual ele colocava a perfeição já no início do processo. A semente já está toda semeada. A única novidade possível diz respeito ao desenvolvimento dos dados já presentes na história. Por isso, no segundo capítulo da mesma obra, Vicente de Lérins podia estabelecer como critério para resolver as divergências de interpretação da Escritura o conhecido princípio: "Na Igreja Católica, devemos com todo o cuidado nos ater àquilo que foi acreditado em todos os lugares, sempre e por todos" (Commonitorio 2,5: "Curandum est, ut id teneamus quod semper, quod ubique, quod ab omnibus creditum est").

Na realidade, esse princípio é inviável e, de fato, não leva em conta a ação atual do Espírito, que "guiará vocês a toda a verdade" (Jo 16, 13). A analogia da semente e do corpo humano não reflete fielmente o desenvolvimento da doutrina da Igreja ao longo dos séculos. Ele se desenvolveu nem sempre e apenas com processos harmônicos, mas também teve rupturas e viveu mudanças profundas. Foram introduzidos novos modelos interpretativos que modificaram significativamente as interpretações dos eventos salvíficos. As mudanças não se referiram exclusivamente à práxis e às escolhas pastorais, mas também à doutrina, tanto em nível pessoal quanto comunitário.

Apenas alguns exemplos

Examinando a história das doutrinas aparecem com clareza as contínuas mudanças que se sucederam ao longo dos séculos. Não há capítulo da doutrina que não tenha sofrido modificações profundas.

Pense-se na imagem bíblica de Deus corrente nos tempos das primeiras comunidades cristãs. Deus que reside acima das nuvens, de onde Ele observa tudo o que acontece na Terra. Deus que "amou Jacó e odiou Esaú" (Malaquias 1, 4), que pune os pecados dos homens, que manda as calamidades e as tempestades, que espalha a peste e as doenças sobre a Terra, que faz os inimigos vencerem para punir o povo infiel.

O conceito de "criação contínua" assumido explicitamente também pelo Papa Francisco na encíclica Laudato si' (n. 80) modifica a interpretação da condição humana. O mal, em perspectiva evolutiva, está acompanhando o desenvolvimento da criação desde o início, sendo a criatura incapaz de acolher em um só instante todas as informações e desaparecerá "quando Deus será tudo em todos" (1Cor 15, 28).

A doutrina cristológica também sofreu um desenvolvimento real com significativas mudanças de paradigmas não apenas nos sete primeiros séculos, por ocasião das diversas heresias, mas também no século passado, com o desenvolvimento da pesquisa sobre o Jesus da história. A descida do céu de um ser divino foi muitas vezes entendido em sentido literal, e não metafórico.

A interpretação da redenção ao longo dos séculos exagerou os aspectos jurídicos de algumas fórmulas bíblicas como expiação, preço pago, sacrifício e, posteriormente, introduziu categorias novas como satisfação que modificaram profundamente a interpretação das dinâmicas salvíficas.

O desenvolvimento de espiritualidades correspondentes considerou o sofrimento como instrumento redentor, a despeito do amor. A escatologia é um capítulo ainda a ser reconstruído. A ressurreição da carne era entendida como a assunção da mesma forma corporal em algum espaço celestial.

O erro cometido pelos teólogos que descreviam o desenvolvimento homogêneo do dogma foi o de partir da conclusão dos últimos séculos e, remontando o passado, traçar os diversos desenvolvimentos, forçando os significados das fórmulas anteriores. A ilusão de que permaneciam significados idênticos derivava do fato de que permaneciam as mesmas fórmulas.

Na realidade, nenhuma fórmula do Credo dos Apóstolos ou do Credo Niceno-Constantinopolitano que rezamos na liturgia dominical manteve o mesmo significado que tinha quando foi pensada.

Por isso, muitas comunidades atuais sentiram a urgência de formular com uma linguagem mais cotidiana e poética a história da salvação. Por isso, criaram novos Credos para expressar a mesma experiência de fé, não a mesma doutrina. Essa é a razão da "nova evangelização", cujo programa permaneceu na estaca zero.


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