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A raça é apenas um engano, mas muitos ainda acreditam nela

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24 Junho 2018

As raças humanas não existem. Não há base científica séria para a divisão do gênero humano em diferentes tipos raciais, a partir dos aspectos externos como a cor da pele, a estrutura do corpo, a língua. Na verdade, a ideia racial é um constructo, uma ideologia que surgiu na época do Iluminismo e que por dois séculos serviu para justificar escravidão, subjugação e pilhagem, usando livremente os instrumentos da ciência. Mas, além de ser uma ideologia do passado, rejeitada e desprezada na narrativa majoritária das sociedades modernas, o racismo é também uma prática cotidiana, que vê milhões de pessoas discriminadas ou vítimas de violências.

O artigo é de Paolo Valentino, publicado por Corriere della Sera, 10-06-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

É dessa premissa que parte, suscitando discussões, polêmicas e até mesmo reações descontroladas, a exposição Racismo, a invenção das raças humanas, aberta até o próximo 6 de janeiro no Deutsches Hygiene-Museum, em Dresden. Com curadoria de Susanne Wernsing, munida com mais de 400 itens, entre instrumentos, moldes de gesso, filmes, fotografias, desenhos e documentos pseudo-científicos tais como as tabelas de Cesare Lombroso, a exposição não é apenas um relato pontual de métodos, protagonistas e passagens históricas através das quais a grande mentira racista adquiriu vida própria, exercendo um poder funesto e generalizado. Mas também uma dolorosa reflexão sobre a atualidade, que levanta questões ainda sem resposta: o que nos separa?

O que nos une? Como queremos viver juntos?

A exposição de Dresden é uma exposição difícil. Tanto pela cidade onde é realizada como pelo edifício que a hospeda, em primeiro lugar. A capital da Saxônia é justamente o lugar de nascimento do Pegida o movimento anti-islâmico e anti-imigração que todas as segundas-feiras reúne grandes multidões na Theaterplatz e tornou-se uma referência cultural e pré-política obrigatória para todos aqueles que na Alemanha rejeitam a sociedade aberta. Além disso, o Land é o reconhecido baluarte de AfD (Alternative für Deutschland), o partido de extrema direita xenófoba que nas últimas eleições federais ali amealhou mais de 27 por cento dos votos, segunda força política após a CDU da chanceler Angela Merkel . Mas terreno escorregadio para a exposição também é representado pelo próprio Deutsches Hygiene-Museum, inaugurado em 1912, na época imperial, para educar as pessoas sobre questões de saúde, e de fato, desde o início, dedicado à busca da higiene racial.

A tal ponto que, quando os nazistas subiram ao poder em 1933, tornou-se imediatamente e sem grandes traumas instrumento privilegiado do ensino racista e antissemita do regime de Hitler, teatro de mostras como Sangue e raça ou O povo eterno. Nesse sentido, aquela sobre o racismo é também uma reflexão crítica sobre o próprio passado.

O quanto a atmosfera venha a ser pesada, ficou claro desde o início. Quando em dezembro passado, o diretor do museu, Klaus Vogel, apareceu na televisão apresentando o projeto com a frase "as raças humanas não existem", foi alvo de uma saraivada de insultos e ameaças nas redes sociais. No entanto, insiste Vogel, a exposição não é um desafio para aqueles que protestam na praça com a Pegida ou àqueles que votam na AfD, mas "a tentativa de deixar claro aos visitantes que o racismo é algo profundo ainda hoje em nossa sociedade e provocá-los a uma reflexão sobre as razões de sua própria recusa aos outros".

Dividida em quatro partes, a exposição começa desde os primórdios da pesquisa sobre as raças no século XVIII. Estão expostas as tabelas sobre as "variedades humanas" de Johann Friedrich Blumenbach, que inventou a divisão entre caucasianos, mongóis, etíopes e assim por diante. No topo da escala obviamente os europeus brancos, o tipo caucasiano, uma definição ainda usada hoje em dia nos departamentos de imigração norte-americanos. Mesmo a tríade liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa tinha valor apenas para uma porção limitada do gênero humano, a branca do Norte: assim o retrato a óleo do único negro que participou da Convenção de 1793, o ex-escravo do Senegal Jean-Baptiste Belley, o retrata em trajes elegantes de deputado, apoiado ao busto de um escritor, mas com a mão direita sobre a braguilha, onde se percebe um grande volume, sinal inequívoco de sua incivilidade.

Dedicado ao Museu e à sua história nada gloriosa, o segundo espaço é uma autocrítica impiedosa sobre o papel desempenhado na divulgação do mito da superioridade racial. Foi a partir de Dresden, que em 1933 partiu a primeira exposição itinerante sobre a “arte degenerada”, da qual aqui é possível admirar o magnífico retrato a óleo de Oskar Schlemmer, pintado em 1914 por Ernst Ludwig Kirchner. E foi nessas salas que em 1939 foi organizada a Deutsche Kolonial-Ausstellung, impressionante síntese das ambições colonialistas e suprematistas da Alemanha. Precisamente a época colonial é o foco da terceira parte da exposição. Não só aquela alemã, é claro, visto que na segunda metade do século XIX, a ideologia racista adquiriu dimensão geopolítica, tornando-se um dos traços fundamentais da ordem mundial. Está ali a inteira parafernália das teorias pseudo-científicas, das representações, das classificações etnológicas e das pesquisas que acompanharam e justificaram o domínio do mundo por parte do Ocidente branco, em nome de sua superioridade.

Até os mapas geográficos eram elaborados a serviço do imperialismo, com a Europa desenhada maior que as suas dimensões reais e as terras próximas ao equador quase miniaturizadas.

Finalmente, a atualidade ou, se assim o preferir, a banalidade do racismo cotidiano, onde vídeos e filmes contam experiências de vivências reais. Como a entrevista de John e Joshua Kantara com Theodor Wonja Michael, 93 anos, afro-alemão, que acompanha um século de racismo na Alemanha em sua original perspectiva. Ou como a vídeo-instalação de Barbara Lubich, artista italiana de Dresden, que coloca os visitantes em confronto com seus próprios clichês. Lubich mostra as fotos (em três poses diferentes) de cinco pessoas de diferentes origens e separadamente oferece três hipóteses de biografias para cada uma delas. Apenas uma é exata. Qual biografia pertence a qual pessoa, é a questão. O mistério é solucionado no final. Quase todo mundo erra. “Quero que as pessoas se confrontem com suas próprias expectativas e preconceitos”.

A ambição da exposição é naturalmente contrastar o racismo, não expô-lo. Mas nunca é fácil mostrar os estereótipos (e as salas do Deutsches Hygiene-Museum estão lotadas deles) de maneira crítica, evitando reproduzi-los. Em Dresden, o risco estava presente, especialmente porque ninguém do grupo inicial dos organizadores tinha experiências pessoais de discriminação ou era originário de países africanos. Assim, na fase final da preparação foi criado um comitê científico composta de ativistas, pesquisadores e artistas fora da CE, que criticamente revisaram a exposição, decidindo modificações e comentários que foram adicionadas de várias formas a muitos dos objetos expostos ou até mesmo retirando alguns deles, como os restos de ossos humanos. Mas, acima de tudo, sugerindo toda a parte dedicada à atualidade. Inclusive o título foi alterado: o original era Racismo. Um fantasma. Racismo é só, eles sugeriram. "Para eles - relata Susanne Wernsing - não é um fantasma, quando pela manhã tomam o ônibus e ouvem os comentários ou os insultos às suas costas".

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