12 Janeiro 2018
A Floresta Amazônica da Bolívia sofreu desde 2000, "níveis alarmantes de desmatamento". A denúncia vem de um estudo elaborado por um grupo de cientistas de diferentes países. O documento, publicado em 8 de janeiro, na revista "Current Biology" e conduzido por pesquisadores da Universidade de Helsinque e da Universidade de San Andrés, na Bolívia, concentra-se no Território indígena e no Parque Nacional Isiboro Sécure (a reserva Tipnis). Esta área da Amazônia boliviana perdeu mais de 46.000 hectares de floresta entre 2000 e 2014.
A reportagem é publicada por L'Osservatore Romano, 11-12-01-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
Além disso, os cientistas concluíram em seu relatório que uma lei controversa aprovada pelo parlamento boliviano em agosto de 2017 provavelmente vai aumentar o desmatamento na região. O texto de fato anula a condição de "intocável" que impedia danificar o parque nacional Tipnis. A nova lei também permitirá as obras para a construção de uma estrada de mais de 300 km nesta área natural.
Para a botânica e bióloga Mónica Moraes, pesquisadora da Universidad Mayor de San Andrés, em La Paz, foi uma surpresa descobrir que um dos mais famosos parques nacionais da Bolívia apresentasse níveis tão alarmantes de desmatamento. Entrevistada pela Efe, a cientista lembra que "esta situação é simplesmente incrível porque o parque não é apenas uma das principais áreas verdes da Bolívia, mas também uma das regiões de maior biodiversidade no mundo". Na verdade, Tipnis, que é também o lugar onde vivem quatro etnias indígenas há séculos, abriga espécies de plantas que não existem em nenhum outro lugar no mundo, bem como animais típicos da floresta amazônica, como o jaguar ou cervo dos pântanos.
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Na Bolívia perderam-se mais de 46 mil hectares entre 2000 e 2014. A floresta amazônica em perigo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU