ONU conclui desmantelamento de esconderijos de armas das Farc

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Por: Lara Ely | 20 Setembro 2017

 

A Missão da Organização das Nações Unidas na Colômbia concluiu o desmantelamento de 750 dos 998 esconderijos das Farc espalhados pelo país, dos quais foram apreendidos 26.489 quilos de explosivos e 1.238 armas. Também foram encontradas 488.489 munições de diferentes calibres de armas leves, 4.277 granadas, 2.647 minas, e 1.767 munições de morteiro.

As armas foram identificadas e levadas ao Depósito Geral de Armamento. Todas as operações foram planejadas e executadas por integrantes das em colaboração com os observadores internacionais da ONU, e com a segurança e o apoio logístico proporcionado pela polícia colombiana praticamente sem incidentes.

As Farc já concluíram o seu desarmamento e se transformaram no partido político Força Alternativa Revolucionária do Comum, com a qual conservam a mesma sigla que tinham como guerrilha.

A iniciativa do governo da Colômbia e do Exército de Libertação Nacional (ELN) de cessar-fogo bilateral temporário de 1 de outubro de 2017 a 12 de janeiro de 2018 foi elogiado pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Segundo ele, as Nações Unidas acreditam que o principal objetivo do acordo é melhorar a situação humanitária da população.  

Esta negociação se insere no contexto do acordo de paz mais amplo que encerrou cinco décadas de guerra entre o governo e o então maior grupo armado da Colômbia, as FARC-EP ou Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Em comunicado, a ONU elogia o fato de o governo fortalecer o sistema de alerta precoce para prevenir ataques e assassinatos de líderes sociais. “Todas essas medidas ajudarão a criar um clima favorável para o processo de consulta com os cidadãos, estabelecido na agenda de negociações”, afirmou.

Apesar da diplomacia do governo com o novo partido, existem guerrilheiros desertores que não concordam com o processo de paz. É o caso de Édgar Salgado, conhecido como Rodrigo Cadete, que foi ajudado por dois homens a desarmar duas escoltas que o acompanhava em uma viagem pelo departamento da selva de Caquetá.

Salgado, que estava em um dos acampamentos onde mais de 6.800 membros das Farc estão em desmobilização, foi autorizado a sair da cena por razões desconhecidas e as autoridades lhe designaram uma escolta de dois homens. As escoltas da Unidade Nacional de Proteção (UNP) relataram que vários homens armados os privaram de suas armas com a cumplicidade de Salgado.