Bispos venezuelanos pedem que o país se livre das “garras do comunismo e do socialismo” após votação de domingo

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01 Agosto 2017

Os bispos venezuelanos pediram a intercessão da Virgem Maria para que o país se livre das “garras do comunismo e do socialismo” enquanto o presidente Nicolás Maduro reafirmava a votação deste domingo (30 de julho) como uma “votação pela revolução”.

O conselho eleitoral nacional disse que mais de oito milhões de pessoas se apresentaram para votar nos membros da Assembleia Constituinte que terá a tarefa de reescrever a Constituição do país.

A reportagem é de Rose Gamble, publicada por The Tablet, 31-07-2017. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

A oposição imediatamente discordou dos números apresentados, dizendo que menos da metade destes haviam participado. Acrescentaram que muitos eleitores boicotaram uma votação que iria, efetivamente, transformar a Venezuela em uma ditadura.

Em oração postada no Twitter, a Conferência Episcopal Venezuelana escreveu: “Virgem Santíssima, Mãe de Coromoto, celestial Padroeira da Venezuela, livra nossa Pátria das garras do comunismo e do socialismo”.

O domingo foi um dos dias mais violentos na Venezuela desde o início dos protestos em abril contra o governo de Maduro. O líder da oposição, Henrique Capriles, disse que pelo menos 14 morreram nos protestos durante o dia de votação, enquanto a procuradoria nacional confirmou que seis faleceram por armas de fogo, incluindo um membro da guarda nacional.

No final do domingo, as autoridades eleitorais anunciaram os vencedores da votação: uma lista de membros invejáveis da esquerda que incluiu Cilia Flores, esposa do presidente Maduro.

O resultado efetivamente destitui a oposição política venezuelana e deixa o partido socialista governante com um controle quase completo sobre o país.

Maduro saudou a votação como uma vitória contra o imperialismo em discurso transmitido nacionalmente por televisão no domingo à noite.

“É quando o imperialismo nos desafia que nos provamos dignos do sangue dos libertadores que correm em nossas veias de homens, mulheres, crianças e jovens”, disse.

No entanto, a União Europeia condenou o “uso excessivo e desproporcional de força pelas forças de segurança” e afirmou que tinha sérias dúvidas sobre se a eleição poderia ser reconhecida.

“A Venezuela elegeu legítima e democraticamente instituições cujo papel é trabalhar em conjunto e encontrar uma solução negociada para a atual crise. Uma Assembleia Constituinte, eleita sob circunstâncias duvidosas e às vezes violentas, não pode ser parte da solução”, disse o serviço de política externa do bloco.

Dias antes da eleição, os bispos do país declararam que ela era “inconstitucional bem como desnecessária, inconveniente e prejudicial ao povo venezuelano”.

“Esta votação será um instrumento tendencioso e distorcido que não resolverá, mas, pelo contrário, agravará os agudos problemas do alto custo de vida e da falta de alimentos e medicamentos que o povo sofre, além do que irá piorar a crise política que atualmente sofremos”, disseram os religiosos em um comunicado.

A nova assembleia será convocada dentro de 72 horas após a votação.

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