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10 Fevereiro 2017

"Pois esta hospitalidade está sendo negada a milhares de refugiados na Europa, escapando das guerras apoiadas pelos ocidentais. Esta mesma hospitalidade é explicita e conscientemente recusada por parte de Donald Trump a milhares e até milhões de estrangerios e trabalhadores ilegais", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor, 08-02-2017.

Eis o artigo.

Os USA sempre se distinguiram por ser um país extremamente hospitaleiro, pois, a exceção dos povos originários, os indígenas, praticamente toda a população é composta por imigrantes. Bem como o Brasil para onde vieram representantes de 60 povos diferentes.

O espírito democrático e o respeito às diferenças religiosas estão consignados na constituição. Agora surge um presidente, Donald Trump que rompe uma longa tradição norte-americana: o respeito às diferenças religiosas, rejeitando a população muçulmana especialmente vinda da Síria e a tradicional hospitalidade a todo o tipo de gente que acorria e acorre àquele país.

O filósofo Immanuel Kant (+1804) em seu ultimo escrito “A paz perpétua” propunha a república mundial (Weltrepublik) baseada fundamentalmente em dois princípios: a hospitalidade e o respeito aos direitos humanos.

Para ele a hospitalidade (usa a expressão latina “die Hospitalität") é a primeira virtude desta república mundial, porque, “todos os humanos estão sobre a Terra e todos, sem exceção, têm o direito de estar nela e visitar seus lugares e povos; a Terra pertence comunitariamente a todos”. A hospitalidade é um direito e um dever de todos.

O segundo princípio é constituído pelos direitos humanos que Kant considera “a menina-dos-olhos de Deus” ou “o mais sagrado que Deus colocou na Terra”. O respeito deles faz nascer uma comunidade de paz e de segurança que põe um fim definitivo “à infame beligerância”.

Pois esta hospitalidade está sendo negada a milhares de refugiados na Europa, escapando das guerras apoiadas pelos ocidentais. Esta mesma hospitalidade é explicita e conscientemente recusada por parte de Donald Trump a milhares e até milhões de estrangeiros e trabalhadores ilegais.

É neste contexto que vale lembrar um dos mais belos mitos da cultura grega, a hospitalidade oferecida por um casal de velhinhos – Filêmon e Báucis – a duas divindades: Júpiter, o deus supremo e seu acompanhante o deus Hermes.

Conta o mito que Júpiter e Hermes se travestiram de andarilhos miseráveis para testar quanta hospitalidade ainda restava sobre a Terra. Foram repelidos por todos por onde quer que passassem.

Mas, eis que num entardecer, mortos de fome e de cansaço, foram calorosamente acolhidos pelos bons velhinhos que lhes lavaram os pés, ofereceram-lhes comida e a própria cama para dormir. Tal gesto de hospitalidade comoveram os dois deuses.

Quando estavam se preparando para repousar, despindo seus trapos, resolveram revelar sua verdadeira natureza divina. Num abrir e fechar de olhos transformaram a mísera choupana num esplêndido templo. Espantados os bons velhinhos se prostraram até o solo em reverência.

As divindades pediram que ambos fizessem um pedido e que seria prontamente atendido. Como se tivessem combinado previamente, Filêmon e Báucis, disseram que queriam continuar no templo recebendo os peregrinos e que no final da vida, os dois, depois de tão longo amor, pudessem morrer juntos.

E foram atendidos. Um dia, quando estavam sentados no átrio, esperando os peregrinos, de repente Filêmon viu que o corpo de Báucis se revestia de folhagens floridas e que o corpo de Filêmon também se cobria de folhas verdes.

Mal puderam dizer adeus um ao outro. Filêmon foi transformado num enorme carvalho e Báucis numa frondosa tília. As copas e os galhos se entrelaçaram no alto. E assim abraçados ficaram unidos para sempre. Os velhos daquela região, hoje no norte da Turquia, sempre repetem a lição: quem hospeda forasteiros, hospeda a Deus.

A hospitalidade é um teste para ver quanto de humanismo, de compaixão e de solidariedade existe numa sociedade. Atrás de cada refugiado para a Europa e de cada imigrante para os USA há um oceano de sofrimento e de angústia e também de esperança de dias melhores. A rejeição é particularmente humilhante, pois lhes dá a impressão de que não valem nada, de que sequer são considerados humanos.

Os refugiados vão à Europa porque antes os europeus estiveram por dos séculos lá em seus países, assumindo o poder, impondo-lhes costumes diferentes e explorando suas riquezas. Agora que são tão necessitados, são simplesmente rejeitados.

Vale resgatar o valor e a urgência da hospitalidade, presente como algo sagrado em todas as culturas humanas. Temos que nos reinventar como seres hospitaleiros para estarmos à altura dos milhões de refugiados e imigrantes no mundo inteiro.

Leia mais

  • Hospitalidade. Desafio e Paradoxo. Por uma cidadania ativa e universal. Revista IHU On-Line n. 499
  • Família de refugiados de paróquia jesuíta é impedida por ordem executiva de Trump
  • 550 participam de missa no lado de fora da Casa Branca em solidariedade a refugiados
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