11 Dezembro 2018
Ao contrário do que ele havia feito até agora, desta vez, Steve Bannon lançou um ataque frontal ao Papa Francisco. Onde? Na edição desta semana nas bancas do Spectator norte-americano, em um artigo assinado por Nicholas Farrell, "Bannon vai para a guerra contra o Papa".
A reportagem é de Maria Antonietta Calabrò, publicada por Huffington Post, 10-12-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
Segundo o ex-estrategista da Casa Branca, Francisco está "coberto pelo desprezo" das pessoas. Bannon não é o único católico a criticar o Papa, acusado de diluir o ensinamento católico. A posição do Papa sobre a crise dos migrantes (disse que sua dignidade de migrantes deveria ser uma prioridade) também provocou a ira de muitos católicos, na Itália como nos EUA, como a recente sugestão de Francisco que o populismo semeia o ódio e conduz a Hitler. "Essas coisas - de acordo com Bannon - mostram que o Papa está do lado da elite e não dos pequenos da terra". A solução? O papa deveria ser um pilar do Ocidente e ele não é. E especialmente: "Deve ser mais de esquerda, suas tentativas de demonizar o movimento populista na Europa e nos Estados Unidos devem ser desprezadas."
Entre "os seus maiores fracassos - continuou o ex-estrategista do Presidente EUA Trump - fora do campo espiritual e teológico está a de ter se alinhado com as elites globalistas contra os cidadãos das nações do mundo". Portanto, este é o lembrete de Bannon ao Papa: "Você quer cultivar uma imagem midiática do padrão do homem que trabalha, você é grande, mas na realidade você tem que defender o pobre e não os ricos e poderosos que lideram a ONU e a UE a favor dos seus programas internacionalistas em detrimento dos pequenos". Essas palavras ecoam justamente nos dias em que foi examinado e aprovado em Marrakech, o Global Compact sobre as migrações, Itália e muitos outros países ausentes.
O artigo do Spectator destaca o papel do patrono de Bannon desempenhado pelo cardeal conservador norte-americano Raymond Burke na Fundação que sustenta a Universidade dos populistas na abadia de Trisulti, descrita como Hogwarts, a escola de bruxaria e magia de Harry Potter.
Sobre Burke e Bannon falou em uma extensa reportagem de Regensburg, na Alemanha, Jason Horowitz no New York Times no último dia 7 de dezembro, dedicado à figura da princesa (antiga presença constante do jet set) Gloria von Thurn und Taxis, amiga de Bento XVI e do Prefeito da Casa Pontifícia Georg Gänswein, cujo palácio romano, com vista para o antigo Fórum, é um dos lugares favoritos dos prelados conservadores e populistas como Bannon "que - nas palavras do NYT - esperam usar a crise da pedofilia para derrubar o papa de 81 anos”.
A princesa recordou ter tido uma conversa maravilhosa com o ex-núncio Carlo Maria Viganò (por ela definido como um whistleblower) durante o verão, em uma festa na residência romana do cardeal norte-americano James Harvey, titular da Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Ela também falou sobre a belíssima festa de aniversário em um seminário na Toscana ("foi uma grande festa", disse TNT, seu apelido) para o Cardeal Burke - tão próximo dela como "um padre de família", na qual comeu um bolo em forma de barrete cardinalício, e olhou os fogos de artifício lançados em sua homenagem. O castelo de Regensburg também poderia se tornar uma escola "para gladiadores da fé", outra Hogwarts.
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Steve Bannon ataca o Papa Francisco, ‘Tentar denegrir o populismo, deve ser desprezado’ - Instituto Humanitas Unisinos - IHU