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Reflexões brasileiras sobre a vitória de López Obrador no México

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04 Dezembro 2018

"Indo além de dúvidas e questionamentos, tudo indica que com AMLO começa uma nova fase na política mexicana, no contraponto da involução brasileira, que aparece aqui como uma imagem invertida da situação mexicana", escreve Luiz Alberto Gomez de Souza, sociólogo. 

Eis o artigo. 

No momento em que no Brasil, dia 2 de janeiro de 2019, vai chegar ao governo um político de extrema direita, no México, assumiu em 1° de dezembro de 2018 Andrés Manuel López Obrador (AMLO, como é conhecido). Venceu com um programa de esquerda, na contramão de uma tendência à direita na região. Vale ver de perto essa situação.

AMLO perdera duas eleições em 2006 e 2012, a primeira claramente por fraude (como Allende e Lula, derrotados em eleições anteriores). Mas, em 2014, criou um novo partido, o Movimiento de Regeneración Nacional (MORENA). Com 66% de popularidade, venceu em 1° de julho com 53% dos votos, muito acima dos candidatos do PAN (22%) e do PRI (16%).

Na vitória, teve um papel importante a internet, com as redes sociais e meios digitais, quando até então eram determinantes a televisão e os jornais. Como nos Estados Unidos e em diversos países, num desenho preparado a nível internacional entre outros por Steve Bannon, ex-estrategista de Trump, o processo foi invadido por fake news contra AMLO; mas neste caso não impediram sua vitória. Foi diferente no Brasil, onde elas criaram o ódio ao petismo e fortaleceram a campanha de Bolsonaro.

AMLO se propôs abrir um novo capítulo na política mexicana, no que chamou de ”quarta transformação”, depois da Independência (1810-1821), da Reforma de Benito Juarez (1859) e da Revolução de 1910. Suas bandeiras: luta contra a corrupção, pela segurança e contra o neoliberalismo. O governo de Peña Nieto, do PRI, afundara na corrupção; a campanha eleitoral foi das mais violentas nas últimas décadas, com 774 agressões contra políticos, dos quais 145 assassinados. AMLO se propôs um governo “austero, sem lucros ou privilégios”. Sua alocução no Congresso, quando recebeu a faixa presidencial, foi direta e dura (pude assistir em direto graças ao youtube).

Uniu neoliberalismo e corrupção: “A marca do neoliberalismo é a corrupção; a privatização tem sido sinônimo de corrupção”. Para ele, a crise no México não só indicou “o fracasso do modelo neoliberal, aplicado por 36 anos, mas o predomínio da mais imunda corrupção, pública e privada”. E proclamou solenemente o que chamou a revolução das consciências. ”Juntos haremos historia. Vamos a transformar México”. E afirmou direto: “Não roubarei”. Pregou uma prática de austeridade republicana, eliminando a costumeira fraude eleitoral.

Além disso, enviou uma clara mensagem aos setores populares: “No les voy a faltar, quiero ser un buen presidente”. Deu especial prioridade à justiça social. Se o que caracteriza uma posição de esquerda, segundo Norberto Bobbio, é a centralidade da luta pela igualdade, a política de AMLO é claramente de esquerda.

Mas numa atitude pragmática, indicou que se propunha governar com todos os segmentos da sociedade, pobres e ricos, à margem das ideologias ou das orientações sexuais. Na campanha acenara com a legalização de certas drogas. E diante do pânico dos setores econômicos dominantes, indicou que os investimentos seriam mantidos, respeitando a independência do Banco Central (isso lembra, de certa maneira, a Carta ao povo brasileiro de Lula, que facilitou sua vitória em 2002).

AMLO y la tierra prometida (Grijalbo, 2018) é uma excelente análise, a muitas mãos, do processo eleitoral de 2018. Foi coordenada pelo notável estudioso Bernardo Barranco, meu companheiro de militância latino-americana e amigo de tantos anos. Faltou, no Brasil, um estudo abrangente como este sobre nossas últimas eleições.

No México, entre outros temas, podemos ver, em 2018, a irrupção do religioso nas posições dos vários candidatos, num país que, desde os tempos da Reforma, vinha de antiga tradição laicista. AMLO foi, aliás, o candidato com maiores alusões e metáforas religiosas. Paradoxalmente fez alianças, inclusive com um partido de direita, pentecostal e fundamentalista, o Partido Encuentro Social (PES), o que foi criticado por alguns setores do MORENA. Proclamando-se cristão, realizou, em 1° de dezembro, uma cerimônia indígena de purificação e consagração, um “ritual de limpieza”, com xamãs de 68 etnias trazendo flores e fumaça de copal. Isso mostra o caráter pluralista de AMLO.

MORENA conquistou ampla maioria no parlamento. Enquanto PRI-PAN-PRD elegeram 149 deputados, ele obteve 189 postos e, em coligação, chega a 306. No senado, 55 legisladores, em coligação 156. Fica a dúvida, se a força maior é de AMLO candidato, ou de MORENA, o partido que criou. E, além disso se, assumindo o controle do legislativo, este último se transformará ou não num “partido-governo”, na velha tradição do PRI, onde partido e governo se confundiam, ou inaugurará uma nova maneira de articular sociedade-partido-governo. O novo presidente indicou no discurso: “hoje não só começa um novo governo, mas uma mudança de regime político”.

Fica uma pergunta: se, no curto tempo de um sexênio (ou de dois, se re-eleito) poderá solidificar a ambiciosa quarta transformação. Um autor no livro acima citado, alerta para um excesso de entusiasmo. Porém a verdade é que AMLO começa num ambiente de esperança e de grande ambição.

Há um clima, no México, que me faz lembrar 1970 no Chile e 2002 no Brasil. Mas o que lá desmoronou mais adiante – golpe militar no primeiro, golpes pelo impeachment de Dilma e prisão de Lula no segundo, – esperamos fervorosamente que, no México, seja um momento de profunda renovação irreversível.

Indo além de dúvidas e questionamentos, tudo indica que com AMLO começa uma nova fase na política mexicana, no contraponto da involução brasileira, que aparece aqui como uma imagem invertida da situação mexicana. Por isso queremos, num texto seguinte, cotejar a vitória de AMLO ali, com a de Bolsonaro aqui.

Fica uma última observação, como ideia-ponte. É intrigante que, em ambos os casos, duas bandeiras foram contra a corrupção e a necessidade de segurança. Ao empunhá-las, ganharam ambos os candidatos. No tocante à política econômica, entretanto, são totalmente opostos: contra e a favor do neoliberalismo.

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