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Com Roseana, família Sarney tenta retomar controle do feudo político no Maranhão

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27 Setembro 2018

História do clã no estado está ligada à grilagem; ex-governadora disputa o Palácio dos Leões com Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição que governa com apoio de ruralistas

A reportagem é de Alceu Luís Castilho, publicada por De Olho nos Ruralistas, 26-09-18.

As políticas de José Sarney inspiraram um clássico da literatura brasileira sobre questão agrária: “Grilagem – corrupção e violência em terras do Carajás“, de Victor Asselin. No fim dos anos 60, aquele jovem político disparou a distribuir terras públicas, onde viviam camponeses. Entre os beneficiários, grileiros de todo o Brasil, numa escola que vinha do Paraná e passava por Goiás. Iniciava-se um domínio político no Estado que só foi interrompido – salvo uma gestão relâmpago de Jackson Lago – pelo atual governo de Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição.

Cinquenta anos depois, a família do ex-presidente vê na ex-governadora Roseana Sarney (MDB) a chance de retomada do feudo. Em 1966, o cineasta Glauber Rocha gravou um documentário sobre a posse de José Sarney, a pedido do amigo governador. As promessas de combate à miséria foram sendo substituídas por um domínio coronelista no estado, onde ficam hoje 70 dos 100 municípios mais pobres do Brasil.

A palavra “comunista” na sigla PcdoB não significa que a gestão Dino esteja descolada dos interesses ruralistas. Alguns membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), como os deputados federais André Fufuca (PP) e Cleber Verde (PRB), têm influência direta no governo estadual, inclusive no Instituto de Terras do Maranhão (Iterma) – um velho conhecido da família Sarney.

Lei Sarney de terras gerou êxodo rural

No dia 15 de junho de 1969, saiu do forno o que viria ser conhecida como Lei Sarney de Terras. “Com a nova lei, facultava-se a venda das terras devolutas, sem licitação, a grupos organizados em sociedade anônimas, sem número limitado de sócios, podendo requerer cada um até três mil hectares”, conta Victor Asselin em seu livro. Estava em curso uma das maiores grilagens de terras da história do Brasil, numa área de 1,5 milhão de hectares conhecida como Fazenda Pindaré.

Esses territórios eram ocupados por posseiros. No ano passado, no XXIX Simpósio de História Nacional, o historiador Roberval Amaral Neto, do Instituto Federal do Maranhão, observou que a lei significou a “institucionalização da grilagem nas terras maranhenses”. Entre elas, 9 milhões de hectares de terras devolutas na Amazônia Legal. Esse território, explica o pesquisador, era visto pela elite do estado “como a solução para modernizar o setor agrário maranhense”.

A consequência dessa ofensiva foi a migração em massa. “A gigantesca concentração fundiária maranhense, orquestrada pelo governador José Sarney na década de 1960, foi determinante para o processo migratório de milhares de maranhenses nas décadas seguintes, empurrando-os rumo à marginalização social”, escreveu Amaral. “O trabalhador rural maranhense foi obrigado a trabalhar como peão nos empreendimentos agropecuários”. Ou: “Uma imensa mão de obra ficou disponível para ser explorada de todas as formas”.

Enquanto isso, a própria família Sarney adquiria propriedades rurais. Em seu livro sobre o ex-presidente, o jornalista Palmério Dória chegou a chamar o patriarca de “dono do mar”, por causa da posse de 38% da Ilha de Curupu, em Raposa. Ele disse que as 15 praias do município eram do clã. Essa propriedade, a rigor, costumava aparecer nas declarações de bens de Roseana Sarney.

Em 2018, um ano após ter os bens bloqueados, em meio às denúncias de corrupção, a ex-governadora – e ex-senadora – declarou possuir R$ 11,4 milhões, pouco mais do que o dobro do que ela tinha em 2002. Mas sem esmiuçar os itens. Não fica claro se ela ainda tem esse imóvel, declarado em 2010. Ou se mantém a sociedade na Fazenda Pericumã, em Luziânia (GO), região do Distrito Federal, onde o pai costumava passar fins de semana. Uma propriedade sem reconhecimento legal.

Sarney espraiou-se. Foi eleito duas vezes senador pelo estado do Amapá. Lá, em 2015, a deputada estadual Janete Capiberibe (PSB) denunciou grilagem em terras quilombolas, por empresários do sul do país, com a participação de políticos “ligados ao ex-presidente Sarney”. Ela apontava como um dos principais responsáveis o coordenador do Programa Terra Legal no Amapá, Luiz Henrique Costa, indicado pelo maranhense.

Conheça os deputados ruralistas do estado

Diante do domínio do estado pelos grandes latifundiários, até surpreende a quantidade baixa de parlamentares maranhenses assumidamente ruralistas. Entre os 17 deputados federais do Maranhão, apenas 5 pertencem à Frente Parlamentar da Agropecuária. São eles:

–  André Fufuca (PP).
–  Cleber Verde (PRB).
–  Hildo Rocha (MDB).
–  Juscelino Filho (DEM).
–  Weverton Rocha (PDT).

Desses, somente Weverton Rocha não é candidato à reeleição na Câmara. Ele disputa uma vaga no Senado, onde, aliado dos Sarney, Edison Lobão (MDB) concorre à reeleição.

O evangélico Cleber Verde não declarou nenhum bem rural. Mas teve sua trajetória política catapultada pela defesa dos pescadores. Para isso, a indicação para a gerência regional do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) era um capital político e tanto. Já que é esse órgão que autoriza o Seguro Defeso.

Esse poder obtido junto ao governo Temer foi perdido para Roseana Sarney. Motivo: o PRB passou a apoiar o governo de Flávio Dino, em troca do comando do Instituto de Terras do Maranhão (Iterma).

Opositor do governo Dino, Hildo Rocha – que não declarou nenhum bem rural em 2018 – foi colega de Sarney na Arena e no PDS, durante a ditadura. É um aliado fiel da família. Na Câmara, fez parte da tropa de choque do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB). Como tal, foi um dos articuladores do impeachment de Dilma Rousseff. Depois, com Cunha preso, Rocha excluiu o colega do grupo de WhatsApp do MDB.

Deputado do DEM (antigo partido de José Sarney), o médico Juscelino Filho ainda não informou quantos bois possui em 2018. Em 2014, sim: eram 1.100. O sítio e as oito fazendas foram mantidos na declaração entregue à Justiça Eleitoral. Seu patrimônio aumentou de R$ 3,2 milhões para R$ 3,9 milhões durante o atual mandato. Ele é membro de uma família que domina a política no município de Vitorino Freire. O tio Stenio Rezende (DEM) é um dos 42 deputados da Assembleia. O pai, Juscelino Rezende, também foi deputado estadual.

Candidato ao Senado na chapa de Flávio Dino, o administrador Weverton Rocha tentou uma vaga na Câmara pelo PDT, em 2010. Conseguiu a suplência e logo assumiu o cargo. Na época ele tinha apenas R$ 352 mil em bens – inclusive uma fazenda de 500 hectares no município de Coroatá. Quatro anos depois, empate técnico: R$ 325 mil. Em 2018, prosperidade: ele passou a ter R$ 2,47 milhões. Quase oito vezes mais.

Pai de Fufuca foi flagrado com trabalho escravo 

Em agosto do ano passado, André Fufuca (PP-MA) esteve na linha sucessória direta da Presidência da República ao ocupar, por alguns dias, a Presidência da Câmara. Aos 29 anos, eleito deputado estadual em 2010, ele entrou na política pelas mãos do pai, Francisco Dantas Ribeiro Filho (MDB), o verdadeiro Fufuca. André é o Fufuquinha. Ambos são donos de fazendas: “Pai do deputado Fufuca já esteve na Lista Suja do Trabalho Escravo“.

Prefeito de Alto Alegre do Pindaré, secretário de Minas e Energia durante o governo de Roseana Sarney, Ribeiro entrou na lista do trabalho escravo por causa da libertação de 12 trabalhadores da Fazenda Piçarreira, em 2006. Naquele ano ele tinha investido R$ 79,8 mil na própria campanha para a Assembleia.

Fufuca possui 1.500 hectares no município. Valor total das propriedades? R$ 85 mil.

Fufuquinha galgou cargos na Câmara ao se aproximar do ex-presidente Eduardo Cunha. “Minha relação com ele era de amizade”, chegou a declarar ao G1. “Política era praticamente zero”. Uma das fazendas do pai – a Piçarreira, aquela do trabalho escravo – é conhecida por ser sede de reuniões políticas. Em um desses convescotes, em 2016, houve tiroteio entre aliados do PP.

André Fufuca adota um estilo equilibrista. Embora a família seja uma aliada histórica do clã Sarney, ele fecha com Flávio Dino. Chegou a indicar o Secretário de Governo. Mas apoia Sarney Filho (PV), ex-ministro do Meio Ambiente do governo Temer, na eleição para o Senado.

Família Lobão multiplica seus bens 

Aliado fiel há décadas da família Sarney, o senador Edison Lobão (MDB) não é membro da Frente Parlamentar da Agropecuária, embora seja ruralista – nem todo fazendeiro ou representante do agronegócio compõe essa frente. O senador declarou este ano um patrimônio de R$ 8,6 milhões – mais de cinco vezes o que ele tinha em 2002, R$ 1,6 milhão. Em 2010 ele já tinha atingido o patamar de R$ 5 milhões. Valores tímidos, perto do que já obteve seu herdeiro político.

Lobão se livrou em maio, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de um inquérito que investigava repasses ilegais do grupo J&F, conforme delação do executivo Ricardo Saud. No ano anterior, a Procuradoria-Geral da República começou a investigar um esquema internacional – supostamente para fraudar fundos de pensão – que envolvia empresa atribuída ao senador na declaração de fazendas fantasmas.

Candidato à suplência do pai, Edison Lobão Filho acaba de declarar R$ 19,8 milhões, doze vezes mais que o patrimônio informado em 2002, R$ 1,6 milhão. Ou oito vezes mais o que possuía em 2010, R$ 2,5 milhões. Em 2014, candidato derrotado ao governo (perdeu para Flávio Dino), Lobãozinho já tinha saltado sua fortuna para R$ 9,9 milhões. Com direito a mineradora e reflorestadora em nome do filho Lucas, na época menor de 18 anos, que no ano passado cogitou disputar uma vaga na Assembleia.

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