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Romero: 'um homem em busca de Deus e em busca da verdade'. Entrevista com Ana María Piñeda

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08 Março 2018

O arcebispo salvadorenho Óscar Romero será canonizado ainda este ano, uma vez que o Papa Francisco aprovou um milagre atribuído a sua intercessão.

Romero, que foi morto a tiros enquanto celebrava uma missa em 1980, foi influenciado pela morte de seu amigo, o padre jesuíta Rutilio Grande, assassinado com dois leigos em 1977, após ter se manifestado contra o governo de El Salvador.

A Irmã da Misericórdia Ana María Piñeda, teóloga da Universidade de Santa Clara, concentrou seus estudos na relação entre os dois em seu livro Romero & Grande: Companions on the Journey (Romero e Grande: companheiros de jornada, tradução livre), publicado em 2016.

Piñeda falou sobre a amizade entre o padre e o arcebispo em uma entrevista em janeiro, em que também deu detalhes sobre a vida espiritual de Romero e ponderou sobre o significado da possível santidade de Romero para a Igreja Católica global.

A entrevista é de Joshua J. McElwee, publicada por National Catholic Reporter, 07-03-2018. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Eis a entrevista.

Qual sua opinião sobre o significado ou a mensagem da canonização do arcebispo Romero para a Igreja global?

Penso que sua canonização reafirma a importância da justiça social na Igreja e do que ele defendia, e da importância para nós, cristãos católicos, de estender a mão aos pobres... apesar das dificuldades, apesar dos desafios que isso pode trazer.

Para El Salvador, acho que afirma o fato de que a forma como ele viveu e o que ele fez eram na verdade o que era o Evangelho. Acho que é uma grande reafirmação do modo de vida cristão que se manifesta na vida do arcebispo Romero.

O arcebispo italiano Vincenzo Paglia, postulador da causa de Romero, considerou o arcebispo "um mártir da Igreja do Concílio Vaticano II". O que isso significa na sua opinião?

Sei que o arcebispo Romero tinha um profundo amor pela Igreja e pelo Papa. Ele se considerava um filho fiel da Igreja. Os documentos do Concílio Vaticano II foram extremamente importantes para ele. E ele realmente os entendia e vivia, e tentava seguir o que o Concílio indicava. Acredito que ele estava indicando um novo modo de ser da Igreja e uma forma de estar presente no mundo, como Igreja, como um diálogo entre a Igreja e o mundo moderno.

Não sei se ele entendia todas as implicações disso, mas ele seguiu o Concílio Vaticano II muito de perto. E para ele era esse o documento da Igreja que devia seguir. Por algum tempo, ficou confuso sobre a importância de Medellín. Levou um tempo para aceitar que Medellín também era um documento importante da Igreja.

Paglia também afirmou que é impossível conhecer Romero sem conhecer Rutilio Grande. Como suas histórias se entrelaçam?

Rutilio Grande | Foto: Octavio Duran

Neste ponto, acho que minha perspectiva e meu pensamento são diferentes [dos outros]. No imaginário e na devoção popular, a vida e a morte desses dois homens estão intimamente relacionadas. Há esta ideia muito disseminada de que a morte de Rutilio Grande gerou um momento dramático de conversão para Romero, e que a mudança drástica de Romero era por causa da morte de Grande.

Mas na minha pesquisa e observando o arquivo de Grande, noto um panorama menos dramático. Na minha perspectiva, o arcebispo Romero, desde a infância, era um homem em busca de Deus e em busca da verdade.

Não é um homem perfeito. Nenhum deles é. Mas em meio a isso, Romero está sempre buscando por Deus, sempre buscando a verdade e tentando se tornar uma pessoa melhor, um cristão melhor, um padre melhor. E depois conhece Rutilio Grande. Mas eles têm 10 anos de diferença e vêm de origens sociais diferentes. Rutilio vem de uma pequena aldeia pobre, El Paisnal, mais no centro do país. E Romero é criado em Ciudad Barrios, por uma família de trabalhadores.

Em 1967, Romero é enviado a San Salvador como Secretário da Conferência Episcopal do país e passa a morar no seminário. De acordo com o que pesquisei, é lá que se desenvolve uma amizade, mas Rutilio é como o irmão mais novo de Romero. E ele é o irmão mais novo que parece levar Romero a ter novas ideias sobre o mundo, já que era mais progressista.

Quando Rutilio é assassinado, penso que se trata de outro capítulo na jornada de conversão de Romero. É outro momento de grande percepção, porque tinha uma profunda afeição por Rutilio. E quando ele vê esse homem, que tinha uma reputação de ser bom, ele pode ter se perguntado: "se estão matando Rutilio, isso diz algo sobre o que ele fazia", que era defender os pobres. Rutilio tem grande significado e importância para ele, mas é para uma parte da jornada, não a jornada inteira.

Acho que Rutilio Grande é uma grande reafirmação do modo de vida cristão que se manifesta na vida do arcebispo Romero

Ao canonizar Romero, a Igreja está canonizando um bispo. Que modelo acha que um Santo Arcebispo Romero dá aos bispos diocesanos? O que sua vida e testemunho ensina aos bispos sobre como desempenhar essa função?

Acho que o modelo para mim foi que os bispos são seres humanos, cheios de bondade e fragilidade. Romero para mim é um modelo de como viver com essa fragilidade e o que fazer com a sua humanidade e suas limitações.

Romero tem muita consciência de suas limitações. Ele não chega à preferência pelos pobres, ou qualquer outro aspecto de como ele vive a vida cristã, do dia para a noite. É uma jornada. E se for ler o diário espiritual de Romero, ele constantemente pede a Deus para ser uma pessoa melhor. Ele pede a Deus para ajudá-lo a perdoar, para ser uma pessoa mais paciente.

Acho que por vezes ele tinha pouca paciência com os sacerdotes e por isso rezava para ser mais paciente: para ser uma pessoa melhor, para tratá-los de forma mais gentil, com mais carinho. Ele tinha um gênio forte, o que é difícil de acreditar, porque o que vemos é o Romero dos últimos três anos. Sua imagem e presença é muito calma e tranquila. Mas aparentemente seu gênio é algo com que ele lidou pela vida inteira. E acredito que ele estava disposto a pedir perdão quando percebia que tinha feito algo errado.

Ele estava disposto a ouvir e a aprender. Acho que foi isso que aconteceu com Rutilio. Eles se adoram, mas Rutilio é um jovem padre muito progressista, 10 anos mais novo. E talvez Romero consiga ver nele o que ainda não vê, e escutar e aprender com ele.

Acho que todos nós, sejamos bispos ou não, somos chamados a isso. Nem todos temos as respostas. Todos temos limitações humanas de fragilidade. Todos precisamos depender da bondade dos outros para nos tornarmos pessoas melhores no mundo e entender as necessidades do mundo e de onde somos considerados cristãos. Acho que a vida de Romero é um modelo maravilhoso para os bispos e para todos nós.

A canonização de Romero surge num momento de grande violência no mundo. O Papa Francisco falou sobre uma terceira guerra mundial fragmentada em etapas. Que mensagem a santificação de Romero dá ao mundo sobre o testemunho cristão da não violência?

Acho que nos ensina a necessidade fundamental de respeito, humanidade e dignidade humana e a necessidade de sermos criadores de um mundo onde todos sejam vistos como irmãos e irmãs em igualdade de condições. E o que precisamos fazer para que isso seja possível.

No final da vida de Romero é que talvez seja possível ver os frutos de seu trabalho, digamos, em que ele se doa incondicionalmente para proteger os mais vulneráveis e estar ao seu lado. E isso tem um preço muito alto para ele, porque ele era um homem tímido. Tinha um grande dom intelectual, mas era um homem tímido. E, no entanto, ele se empodera, se posiciona, se expressa e proclama que precisamos ser irmãos e irmãs uns aos outros, em igualdade de condições, para que as pessoas possam ter uma vida com dignidade humana.

Ele tratava os pobres, ou os que não tinham nada, com ternura e compaixão. Acho que, no final da vida, ele conheceu profundamente o sofrimento dos pobres e o que precisava fazer como seu pastor. E por vezes chegou a agradecer por ter sido chamado para ser o pastor dos que sofrem, porque é esse o chamado da Igreja.

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