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Encontro de Mulheres Indígenas da região do baixo rio Tapajós: pelos direitos, pela cultura e pelas tradições

Foto: Sesai Ministério da Saúde | Flickr CC

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13 Janeiro 2018

Num barco com capacidade para cerca de 70 pessoas reuniram-se mulheres Borari, Arapium, Arara Vermelha, Kumaruara, Kambeba, Juruna,Tupinambá, Tapajó, Maytapu, Munduruku e Munduruku Cara Preta que saíram de Santarém numa noite iluminada pela lua cheia e as levaram rumo à margem esquerda do rio Tapajós. A noite juntas navegando pelo rio já prenunciava o terceiro e forte encontro que iniciaria logo após o raiar do sol. Chegaram na RESEX Tapajós – Arapiuns e adentraram o território Kumaruara, povo que as recebeu com um farto e delicioso café da manhã. Iniciava assim o último dos três encontros preparatórios para a realização do Encontrão das Mulheres Indígenas do Baixo Tapajós.

A reportagem é de Camila Behrens, Giuliana Henriques e Luana Kumaruara, publicada por Racismo Ambiental, 11-01-2018.

No ano de 2017, o movimento indígena e o Conselho Indígena dos rios Tapajós e Arapiuns (CITA) planejaram um momento em que as mulheres pudessem estar juntas e falar sobre suas questões.

A responsabilidade de conciliar carreira, estudos, a luta social, o casamento, a maternidade, os afazeres dentro de casa e as práticas da tradição gera, muitas vezes, um sobrepeso nas costas das mulheres indígenas de diferentes povos, que reivindicam uma maior rede de apoio dentro e fora de suas casas.

“A gente pensou em fazer um encontrão, depois as mulheres disseram que queriam encontros na base para ter o primeiro contato, para saber a demanda das nossas mulheres que vivem nas aldeias. Então o segundo momento era saber as soluções e ações para atender essas demandas. Na Assembleia do CITA tinha um recurso para usar até fevereiro, então fizemos três encontros por região (no rio Arapiuns, aldeia São Pedro; no Planalto de Belterra, na aldeia Ipaupixuna; e Tapajós, na aldeia Solimões) para em março deste ano realizarmos o encontrão e ativar o Departamento de Mulheres do CITA”, conta Raquel Tupinambá, de 28 anos, da aldeia São Francisco de Assis.

O ritual Kumaruara convidou a todas a se juntarem embaixo das mangueiras, enquanto o cacique Leno Kumaruara e as senhoras presentes conduziam o mesmo. Assim, deu-se início às atividades do encontro que teve roda de conversa sobre a importância e desafios da organização das mulheres, com Luana Kumaruara e Márcia Kambeba; oficinas de cerâmica, com Vandria Borari e a pajé Kumaruara, dona Suzete; Contos e Cantos, com Márcia Kambemba; Medicina Tradicional, com a tuxaua da aldeia Pinhel, dona Marilza Maytapu; e Elaboração de Projetos, com Giuliana Henriques, do Grupo Vila Viva.

Além disso, houve outras rodas de conversas para trocas de experiências entre todas as mulheres onde o principal foi partilhar os medos, desafios e as propostas para o Encontrão de março, e, ainda, a palestra Saúde e Bem Estar das Mulheres Indígenas, com Livia Arrelias e Marcela Acioli, além das senhoras indígenas cuidadoras tradicionais da saúde de seus povos.

Um grupo de mulheres indígenas e não indígenas ficou responsável por cuidar e trabalhar com as crianças atividades lúdicas e de artes. Heloisa, Elismara, Ingrid, Elis e Luanna foram fundamentais para que as mães tivessem mais tranquilidade, mais tempo e espaço para participarem das atividades do encontro, pondo em prática a rede de apoio que tanto foi citada nos encontros realizados. E, na cozinha, um grupo de homens indígenas assumiu toda a responsabilidade de cozinhar, servir e cuidar da cozinha e dos alimentos, para que nenhuma mulher ficasse “presa” nesta função e, assim, não participasse do encontro.

“O Encontro é como se fosse injeção de ânimo para as mulheres poderem falar, compartilhar e se unirem mais. Aqui a gente vê a força que traz cada guerreira”, explica Iró Kumaruara, da aldeia Solimões.

Dentre os diversos descontentamentos apontados, as constantes tentativas de deslegitimação da influência política feminina, a falta de uma rede de apoio dentro de casa e o medo de que as futuras gerações não consigam sustentar a força da tradição e dos movimentos são os mais frequentes. No entanto, hoje é crescente a presença dessas mulheres dentro da universidade fazendo diferentes cursos e ocupando mais esse espaço, que outrora não tinham acesso. Além de ampliarem sua formação, são ponte de informação entre a cidade e a aldeia, levando notícias, acontecimentos, explicando os direitos das mulheres e dos povos indígenas e os resultados de suas pesquisas.

“Aqui a gente encontra mulheres indígenas em diferentes condições”, conta Raquel Tupinambá. “Muitas estudam, trabalham, têm família e estão no movimento. Compartilhamos nossos medos, nossas fragilidades e nossa força. Ver outras guerreiras desperta orgulho e vontade de se assumir guerreira também. Queremos que outras mulheres que ainda não desabrocharam sua força, venham pro encontro se fortalecer”, completa.

“A gente está se empoderando, porque ainda a mulher fala pouco, tem pouco espaço e agora tá tendo espaço para pensar nesses problemas variados. A minha parenta tem um problema e a outra tem outro e a gente se ajuda. Tô vivenciando isso, assim como a minha filha vai crescer nesse empoderamento”. Damilles, 26 anos, presidente da Associação Borari, de Alter do Chão.

Ao fim do encontro a missão foi lançada às representantes de cada povo que ali estavam presentes: que todos aqueles conhecimentos e saberes vivenciados no Encontro sejam zelados e compartilhados com as mulheres que não puderam se fazer presentes naquele momento. E que seja claro para todas: a luta e resistência é coletiva!

Vera Arapium, 37 anos, da aldeia São Pedro, uma das primeiras militantes do movimento indígena e da comissão organizadora do encontro, explica a importância e relevância do esforço do CITA em promover estes encontros:

“O CITA cresceu muito, fico muito feliz que a juventude está comprometida, apesar de serem muitos os desafios. Falta dinheiro para o ônibus, para a comida, mas movemos rios e céus para fazer um encontro desses. Na atual conjuntura é bem difícil, mas no começo eles saíam corrido, todos eram contra o movimento indígena. Hoje, quando a gente pensa nos encontros, e vê quando uma mulher expressa a dor que ela tem, já valeu a pena! Quando a gente se reúne, sabe? Eu não penso em quantidade, aquelas que vieram, são elas que precisavam estar aqui. Isso faz todo o encontro valer à pena. Quando uma fala a sua dor, valeu a pena!”

E na última manhã de encontro, à beira do Tapajós, pisando na areia, se fez o último ritual. Em roda todas se abraçaram e se fortaleceram mais uma vez. Um destaque se deu neste ritual: a neta da pajé Dona Suzete participou do ritual juntamente com sua avó. Essa pequena aprendiz é parte da transmissão tão rica e poderosa da pajelança, e ali aos olhos de todas se reafirmou o compromisso e o legado com seus ancestrais: está viva e é potente os saberes tradicionais que continuam fortes no aprender a fazer com as mais velhas. Surara!!

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