04 Outubro 2017
Eu sempre confiei pouco nos chamados pro-life, particularmente nos estadunidenses, porque nunca entendi as razões pelas quais essas pessoas, muitas vezes apelando a Deus e à doutrina, acreditam que a vida só diz respeito ao aborto. Na minha simplicidade doutrinária, sem grandes e encorpados apoios teológicos, seguindo as palavras do Evangelho, sempre pensei que a vida deve ser defendida sempre, em todo o lugar e de todos os modos. Por isso, agora não entendo o silêncio, além da hipocrisia, daqueles que, diante da matança de Las Vegas, se cala e não reza como fazia até algumas horas atrás na frente das clínicas de aborto.
O comentário é de Luis Badilla, publicado no sítio Il Sismografo, 03-10-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Hoje, Dom Paglia declarou ao SIR: “O papa nos pede que entremos em medias res sobre as novas fronteiras de debate que dizem respeito à defesa da dignidade da vida, que se manifesta em todos os lugares, em qualquer pessoa e a qualquer momento”. Palavras não apenas justas, mas também muito oportunas.
Para mim, a vida deve ser defendida sempre, como no caso do aborto, a das crianças que morrem de fome, a dos jovens que são enviados a combater guerras sujas e injustas, a dos adolescentes consumidos pela droga e pelo desespero, a dos pobres que não têm sequer o mínimo de dignidade, a das vítimas das máfias, das políticas e dos políticos corruptos, em suma, a vida que Deus deu a todos e que, muitas vezes, está posta em perigo não só pelo aborto.
O verdadeiro e sincero pro-life defende a vida sempre e não apenas quando condicionado por preconceitos ideológicos. A vida, por vontade de Deus, é sagrada sempre, e não quando convém aos interesses mesquinhos de políticos sem escrúpulos.
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Depois do horrível massacre de Las Vegas, onde estão os ''pro-life''? - Instituto Humanitas Unisinos - IHU