23 Outubro 2012
Para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antonio Geraldo da Silva, a decisão do prefeito do Rio de abrir vagas para o tratamento compulsório de usuários de crack é "louvável", mas a internação só deve ser feita com a indicação de um psiquiatra, sob risco de virar "eugenia".
A entrevista é publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 23-10-2012.
Eis a entrevista.
A decisão é adequada?
É louvável que um grande município resolva fazer alguma coisa, porque por enquanto estamos cometendo omissão de socorro e suicídio assistido. O prefeito está certo em querer ajudar. O que não pode haver é internação compulsória sem indicação médica. Não podemos banalizar, senão vira eugenia social.
É uma medida efetiva?
Sim, tem bastante efetividade, quase no mesmo nível da internação voluntária. Mas para isso tem que ser em um serviço que tenha qualidade e respeite as necessidades específicas de cada paciente. Não se pode confundir internação com isolamento social ou prisão.
Quais características que o local de internação deve ter?
Deve contar com equipe multidisciplinar, psiquiatras e outros profissionais. Tem que ser um local especializado, sob pena de se fazer de forma incorreta.
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Tratamento compulsório. "Louvável', mas exige cuidados, diz psiquiatra - Instituto Humanitas Unisinos - IHU