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Por: André | 08 Outubro 2014

“Sua Santidade o Dalai Lama sugeriu que poderia renunciar a renascer como tal e, portanto, a suceder-se a si mesmo em sua próxima reencarnação. Já não haveria mais Dalai Lama e ficaria derrogada sua instituição que regeu o budismo tibetano durante 450 anos”, informa José Arregi em artigo publicado no seu blog, em 07-10-2014. A tradução é de André Langer.

 
Fonte: http://bit.ly/1xoxc3H  

E em seguida pergunta: “Mas o que acontece se o Dalai Lama decide em vida que não vai se reencarnar com esse papel? Significaria que prefere instalar-se para sempre em sua feliz condição de buda celeste, renunciando à compaixão? De jeito nenhum. Seria antes uma prova a mais de sua sabedoria espiritual, que sabe distinguir em sua tradição budista o que é essencial (...) daquilo que são crenças ou práticas de governo antiquadas, próprias de culturas do passado. E, certamente, seria uma boa lição para o Vaticano e seu arcaico papado medieval, com seu poder absoluto e infalível, já insustentável, e, além disso, com o evangelho na mão”.

Eis o artigo.

Sua Santidade o Dalai Lama sugeriu que poderia renunciar a renascer como tal e, portanto, a suceder-se a si mesmo em sua próxima reencarnação. Já não haveria mais Dalai Lama e ficaria derrogada sua instituição que regeu o budismo tibetano durante 450 anos. É como se o papa não apenas renunciasse, mas que, além disso, derrogasse o papado. Seria grave para os católicos ficar sem papa nem papado? Seria grave para os budistas tibetanos ficar sem Dalai Lama? Não, não seria grave. E algum dia será.

Permitam-me um breve rodeio para recordar a crença budista do renascimento, por mais conhecida que seja: quando morremos renascemos em um corpo diferente, mas sempre sofredor, e assim uma e outra vez, até que cheguemos a dissolver todo o apego ao nosso ego. Renascer é sofrer. Despertar ou ser Buda e dissolver-se no Puro Ser ou no Nirvana ou na plenitude do Vazio é a aspiração máxima de um budista. Bem, mas na corrente majoritária do budismo (mahayana) e também no budismo tibetano, há seres humanos que, tendo chegado a ser Buda e podendo, portanto, libertar-se do renascimento, optam por renascer em um corpo sofredor, e isso por pura compaixão, para continuar ajudando todos os seres vivos, sofredores, a se libertarem. E assim cada vez que morrem até que todos os seres deixem de sofrer ou deixem de renascer e cheguem a SER. Estes Budas que renascem por compaixão são chamados de bodhisattvas.

Pois bem, o Dalai Lama, nome que significa “oceano de sabedoria”, é um deles. O atual seria a 14ª reencarnação do Grande Lama tibetano Gedun Drup que morreu em 1474, venerado por sua vez como encarnação de Chenrezig, o Buda divinizado da compaixão, o grande Bodhisattva. Quando morre, seus melhores discípulos, através de visões e de complexas verificações, deveriam identificar a criança na qual se reencarnou e designá-la como novo Dalai Lama.

Mas o que acontece se o Dalai Lama decide em vida que não vai se reencarnar com esse papel? Significaria que prefere instalar-se para sempre em sua feliz condição de buda celeste, renunciando à compaixão? De jeito nenhum. Seria antes uma prova a mais de sua sabedoria espiritual, que sabe distinguir em sua tradição budista o que é essencial – o desapego radical do ego e a compaixão universal para com todos os seres – daquilo que são crenças ou práticas de governo antiquadas, próprias de culturas do passado. E, certamente, seria uma boa lição para o Vaticano e seu arcaico papado medieval, com seu poder absoluto e infalível, já insustentável, e, além disso, com o evangelho na mão.

Seria também um ato de resistência não violenta frente ao regime chinês ocupante do Tibet. Já em 2011 o Dalai Lama renunciou ao seu poder político e designou ao povo tibetano a responsabilidade sobre o seu destino, coisa que incomodou sobremaneira a China; agora parece que se dispõe a devolver à comunidade budista o poder religioso, para que seja ela quem eleja os seus representantes espirituais, e também isto não será do gosto da China, que aspira a controlar também o poder religioso do Tibet.

Se o Dalai Lama derrogasse essa velha instituição, os budistas sairiam ganhando. Quanto aos que não somos budistas, não nos importa que se “reencarne” ou não, ou em que corpo o faça. Importa-nos o que nos ensina hoje: o caminho da transformação da mente, o caminho da paz, o caminho da libertação profunda; ensina-nos que podemos ser pessoas melhores e mais felizes, e que para isso devemos pensar de outra maneira e desenvolver um novo mundo interior; ensina-nos que a força e a violência não são o caminho da autêntica vitória, que só o diálogo e a tolerância, o cuidado, a responsabilidade e o perdão nos permitirão ser felizes, salvar a humanidade, salvar o planeta; ensina-nos que a verdadeira religião é aquela que nos leva a sermos melhores, mas que, para sermos melhores, não necessitamos de nenhuma religião, mas fé na bondade. E o que ensina vive-o e encarna-o hoje, e hoje é sempre. Obrigado, Santidade!

Oxalá, nasçam muitos que vivam e ensinem como ele, sejam ou não reencarnações suas e se chamem ou não como ele! Ao fim e ao cabo, por acaso não somos Um todos os seres?


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