Por: Jonas | 16 Setembro 2014
Nos anos 1970, Francisco Báez, ex-trabalhador da empresa Uralita, iniciou a luta contra esta indústria da morte, por meio da Confederação Sindical de Comissões Operárias (CCOO). Dedicou mais de 40 anos à investigação sobre o amianto.
A entrevista é de Salvador López Arnal, publicada por Rebelión, 12-09-2014. A tradução é do Cepat.
Eis a entrevista.
Estávamos na seção 1.5, estimado amigo. Antes de entrar nela, deixe-me perguntar por três informações que você também me facilitou. Em primeiro lugar, entro no assunto da empresa Uralita. “Apesar de ser o fabricante de materiais de construção líder na Espanha e de ter uma forte presença no estrangeiro (78% de suas vendas, em 2013, ocorreram fora de nossas fronteiras), a Uralita, velha conhecida do mercado, ficou relegada ao esquecimento. Especialmente, caso se leve em conta que é uma das empresas espanholas com maior presença na Rússia”. Isso corresponde? Que atividades a Uralita realiza na Rússia?
As relacionadas com a fabricação de materiais para a construção, que nada tem a ver com o amianto.
Sigo lendo: “no que levamos do ano, 23% de suas vendas provêm da região do Leste europeu e Rússia... Apesar disso, fontes da companhia afirmam que ‘não se produziu nenhum efeito nos dias de hoje. Nossa atividade continua como sempre’”. Em que países do Leste europeu? Nesses países, não há proibições a respeito da produção e uso do amianto?
Há de tudo: com e sem proibição, mas, de qualquer modo, isso é irrelevante, uma vez que, atualmente, a Uralita abandonou toda a relação com o amianto no continente europeu, e imagino que nos demais continentes possivelmente também, pelo menos diretamente, sem filiais interpostas.
No entanto, continuo com a informação, o grupo, famoso por seu gesso laminado... O gesso laminado representa algum perigo para cidadãos e trabalhadores?
Não.
A empresa Uralita acumula uma queda de 23%, durante 2014? Por que essa queda na bolsa, durante este ano? Um corte que equivale a 80%, desde que começou a crise do tijolo, na Espanha, em 2009. Ou seja, significa que se as ações valiam 10, agora valem 2. É isso? Então, está a ponto de entrar em colapso?
Não desejo me pronunciar. Seria irresponsável de minha parte entrar em meras conjecturas sobre questão tão delicada. Os dados mencionados são os que figuram na fonte jornalística recente, que submeti à sua consideração, e a mim, como para qualquer um, essa informação produz certa perplexidade.
Reproduzo uma passagem da informação: “Seguida somente por duas instituições de análise, CaixaBank e BPI, ostenta uma recomendação de venda, uma desqualificação que não se livra, desde agosto de 2008, da entidade catalã e, desde janeiro de 2013, da portuguesa. Esta última, mostra-se mais otimista e lhe atribui um preço objetivo de 1,2 euros, o que lhe dá um potencial de alta de 25,8%”. Pode nos explicar essa passagem?
Voltemos ao mesmo: eu fui o primeiro a ficar surpreso, quando tive conhecimento dessas informações. Não estou em condições de opinar com suficientes elementos de avaliação, fidedignos, precisos e concretos. A sabedoria popular acunhou a expressão: “quando o rio soa, água leva”, mas, isso não é nenhuma garantia de fiabilidade.
A família Serratosa, continuo lendo e continuo lhe incomodando, que possui 79% das ações, assinou um acordo, em abril de 2013, com o fundo de capital de risco KKR, “pelo qual obteve uma injeção de 320 milhões de euros, por sete anos, para enfrentar a dívida financeira que acumulava”. Você sabe sobre as condições dessa injeção milionária? Por que um fundo abutre dessas características assume esses riscos?
Respondo a sua primeira pergunta: não, não sei, e a segunda respondo com uma metáfora: os abutres se alimentam de carniça; aproximam-se, por instinto, de acordo com o estado pré-agônico de sua inerme presa. Antecipando-se a um previsto festim.
Você também me falou de um vídeo da doutora María Neira, da Organização Mundial de Saúde. Ver em: https://www.youtube.com/watch?v=-sNy0kYh54k. Que interesse este vídeo possui?
Trata-se de uma conversa com um importante membro da OMS, que obteve o prêmio “Príncipe de Astúrias”. Em todo o curso da mesma, expressa o categórico posicionamento desse organismo internacional em favor de uma proibição mundial e absoluta de todas as variedades de amianto, incluindo o crisotila, crisótilo ou amianto branco, e plenamente contra um pretenso “uso seguro e controlado” do mesmo, que na realidade não é mais do que uma completa falácia, a serviço dos interesses econômicos da mineração e das indústrias vinculadas a sua exploração, e defendidas por seus porta-vozes, aliançadas com a sua remunerada defesa reacionária, e a despeito de todas as evidências científicas solventes.
O terceiro assunto. “A guerra do amianto e sua proibição” é um artigo de John Bridle. Quem é John Bridle?
Basta que você saiba que se trata de alguém que não hesita em falsificar descaradamente suas imaginarias credenciais científicas, e, a partir daí, é possível imaginar o restante. Seus patrocinadores, na sombra, são os que ficam em pior posição, quando precisam recorrer a semelhante “especialista”.
Pergunto-lhe por algumas afirmações defendidas por John Bridle, no artigo citado. “O debate aberto na Europa sobre a proibição de produtos que contém amianto vem incentivado por interesses econômicos”. A que interesses se refere?
Atualmente está em plena gestação uma única e contundente resposta mundial a essa série de falsidade, que será subscrita pela totalidade ou maioria dos especialistas, com uma credenciada solvência no tema, e por destacados ativistas da questão ambiental ou do sindicalismo contra as nefastas consequências do uso do amianto. Trata-se de uma iniciativa que se dá a partir de meu aviso sobre a publicação desse infecto e tendencioso texto. É preciso prepará-la e acordá-la, traduzi-la para o espanhol, para ser dirigida à revista “online” que aceitou a sua publicação – e que também receberá sua parcela de contundente crítica -, razão pela qual tudo isso levará, inevitavelmente, certo tempo. Permita-me, portanto, que reserve minha opinião, nesse momento, para respeitar essa unanimidade de resposta única e coletiva.
De acordo, de acordo.
Estas coisas não acontecem por acaso. Obedecem a um desígnio prévio. Há vários meses, precisei levantar voz de alarma, porque parecia observar indícios de que, em um clima generalizado de desregulações, havia a intenção de se retroceder na legislação comunitária da União Europeia a respeito da proibição do uso de crisotila. Alguns me disseram que isso era uma bobagem, que eu estava louco. Depois, coloquei em evidência como o atual governo espanhol jogava com duplos padrões, com o amianto proibido (de momento), da fronteira para dentro, e promovendo seu emprego da fronteira para fora. E agora acontece isto. Precisamente aqui, e publicado em espanhol, como, por outro lado, é lógico... coincidência casual?
Não parece. Além disso, prossegue o artigo em questão, “não se tem em conta as diferenças que há entre os distintos minerais que existem: o crisotila e o anfibólio. A partir de Asbestos Watchdog, do Reino Unido, apostamos pelo uso do primeiro, mais conhecido como amianto branco. E se faz isso porque o mesmo é considerado um material de construção econômico, que não apresenta os problemas de saúde do anfibólio”. É esse o caso? O anfibólio é inócuo?
Todos os amiantos compartilham estas características: todos são cancerígenos, todos são fibrosantes dos tecidos biológicos, todos são fibrosos, todos se desagregam com facilidade em microfibrilas que constituem a fração respirável e invisível, e em sua origem geológica, o habitual em todos eles, é que aflorem mesclados: que, por exemplo, onde haja crisotila, haja também tremolite, etc., etc. Portanto, que todos sejam chamados de asbesto ou amianto, coletivamente, não é nenhuma arbitrariedade caprichosa ou tendenciosa: isso responde a uma realidade objetiva. Não há nenhuma variedade de amianto que seja inócua. Contudo, volto a repetir: para tudo terá uma adequada resposta, quando a mesma estiver preparada. Eu sugiro, em seu adequado momento, que possamos fazer uma destas entrevistas, em toda sua integridade, ainda que, nessa ocasião, não seja preciso abordar nenhuma outra questão.
Deixe-me insistir, como se eu fosse algo que não sou: um bom jornalista. A política da União Europeia, afirma, “se baseia em uma opinião exagerada, que ignora a ciência e que apenas se baseia nos interesses econômicos dos construtores, os fabricantes de fibras alternativas e as desonestas ações por exposição ao amianto feita pelos advogados”. Ignora a ciência e se baseia em desonestas ações?
Tire suas próprias conclusões, tendo presente o que lhe acabo de dizer.
O amianto, prossegue o senhor John Bridle, é um dos assuntos “mais comovedores e pior entendidos. Além da ignorância dos riscos relacionados à saúde, há uma grande fraude patrocinada por interesses criados, algo que faz com que os autênticos atingidos por enfermidades relacionadas ao amianto estejam perdendo suas indenizações”. Do que John Bridle está falando?
Sejamos pacientes: aguardemos um pouco mais. Todas estas vomitivas “pérolas”, em seu momento, muito logo, terão a sua adequada resposta. Não vamos estragar; vamos esperar que esteja no ponto essa única e mundial resposta. Vamos permitir que esteja à altura do desafio que está colocado, na realidade, para toda a Humanidade, ou pelo menos, em todo caso, aos cidadãos de todas as nações que, bem ou mal, já estão sob o escudo protetor e sob o guarda-chuva da proibição do amianto crisotila, e de todas as demais variedades de asbesto.
De acordo, mas deixe-me fazer mais uma tentativa. John Bridle insiste: “É necessário dizer que não existe um material chamado amianto. Trata-se de um termo comercial para uma grande variedade de minerais fibrosos. [Imagine: o chumbo e o mercúrio são metais tóxicos, mas ninguém acreditaria que o aço também seja só por se chamar metal]. O debate atual, como dizíamos, está em torno do ‘amianto branco’, que representa mais de 90% dos materiais deste tipo, que estão na construção. E agora, pelo que se pode comprovar, existem sólidas indicações de que os riscos deste tipo de material foram exagerados, com uma finalidade comercial, para favorecer a um lobby que não busca o benefício da saúde dos trabalhadores. Algo que se pode comprovar porque o crisotila é um mineral totalmente diferente das demais fibras de amianto perigosas”. Com um pouco mais de calma: Não existe um material chamado amianto? Trata-se de um termo comercial para uma grande variedade de minerais fibrosos?
Uma grande variedade, não: crocidolita, amosita, tremolite, antofilita, actinolita e crisotila, e pare você de contar. A denominação comercial comum obedece, como já argumentei em uma resposta anterior, e responde a uma realidade objetiva: não foi nenhum comerciante esforçado que reuniu todas as variedades, alternativamente, em quase todas as combinações imagináveis, nas respectivas reservas geológicas, mas, sim, foi a mãe Natureza que os reuniu e misturou intimamente entre si, algumas variedades como mineral principal, em cada caso, e a outras como traços mais ou menos vestigiais, de acordo com a oportunidade.
O ‘amianto branco’ representa mais de 90% dos materiais deste tipo, que estão na construção?
Sim. Além disso, atualmente é a única variedade que é explorada comercialmente, caso excluamos, talvez, alguma mina clandestina, oficialmente “fechada”, dessas que tanto se liberalizam na Índia, com algumas condições de exploração absolutamente desumanas.
É possível comprovar que existem sólidas indicações de que foram exagerados os riscos deste tipo de material, com uma finalidade comercial de favorecer um lobby que não busca o benefício da saúde dos trabalhadores? É esse o caso? A que lobby se está referindo?
Imagine o que para mim pode representar essa “exageração”, que em meus escritos, que estão para ser publicados, tenho dedicado especificamente um capítulo completo, intitulado “Nexo causal entre crisotila e mesotelioma”. Entretanto, o importante não é o que eu digo, um mero porqueiro de Agamenon, mas, sim, o que dizem todos os especialistas, cuja voz tomo emprestada, citando-os adequadamente. Digamos que o ladrão pensa que todos são de sua condição.
Você deve dizer “mero porqueiro de Agamenon” como uma verdadeira honra, suponho. É possível comprovar porque o crisotila é um mineral totalmente distinto das demais fibras de amianto perigosas? Você concorda que é assim?
Que isso seja perguntado, enquanto é possível, para os que ainda estejam vivos, às não poucas pessoas que, ano após ano, contraem o maldito mesotelioma, por sua causa. Incluindo aos que jamais trabalharam com ele: aqueles que simplesmente viveram em sua vizinhança, mais ou menos próxima a um foco industrial de poluição (estaleiros, molas de descarga, pedreiras, minas, fábricas de cimento-amianto, ou as chamadas na Argentina “esquinas da morte”, em que a alta frequência das freadas dos automóveis propiciaram uma localizada presença de invisíveis microfibrilas, do crisotila das embreagens e freios dos carros, em avenidas e ruas de intenso tráfego).
É verdade que o crisotila é algo menos cancerígeno que as restantes variedades; mas isso, mais uma vez, foi descaradamente distorcido.
Tenha paciência, novamente, por favor. Estamos falando, na opinião de John Bridle, “de um produto que foi responsável pela economia e a melhora na vida de milhões de pessoas, durante décadas”. Seu emprego irresponsável no passado, afirma, “provocaram enfermidades, mas não piores do que qualquer outro mineral que não fosse extraído responsavelmente com as normas exigidas durante mais de 50 anos”. Sua ilustração: “o carvão é um bom exemplo, já que provocou mais enfermidades do que o amianto branco, mas ninguém pensa em proibi-lo”. Peço-lhe um comentário.
Não são, de modo algum, situações comparáveis. As estatísticas são categóricas, ali onde elas existem: atualmente, a fração maior dos falecimentos por enfermidade ocupacional corresponde ao grupo de patologias associadas especificamente à exposição ao amianto no trabalho.
Em consequência, infere John Bridle, “atualmente, as enfermidades relacionadas ao amianto crisotila não existem”. Não existem?
Por não existir ainda uma proibição mundial, crianças que ainda não nasceram, morrerão por causa do crisotila. Isto afeta as gerações presentes, mas também as futuras, enquanto não se alcançar essa universalidade da proibição, e que a mesma se cumpra com todo o vigor. E mais, inclusive assim, e por causa do dilatado tempo de latência do mesotelioma - várias décadas -, o resultado preventivo não aflorará enquanto não se alcançar esse universal veto ao asbesto.
Só quem é muito tonto poderá dar crédito aos pretensos argumentos de charlatão, do mencionado John Bridle.
Este material, o amianto branco ou crisotila, afirma, “tem uma natureza química e uma afinidade estrutural com o cimento, que faz com que o chamado cimento-amianto seja um material seguro, econômico e de longa duração”. Você concorda com esta afirmação?
Este é um dos clássicos mitos aos que se referia, no ano 2005, o argentino doutor Eduardo J. Rodríguez, em seu esclarecedor trabalho intitulado: “Mitos e verdades do asbesto”. Portanto, 'nihil novum su sole'. Mais do mesmo. No aludido artigo, seu autor dava conta de todas as falácias que configuram esse interessado mito. Mito que não há por onde segurar.
Todas estas opiniões, sustenta John Bridle, “estão apoiadas em um artigo de 1996, publicado pelo governo do Reino Unido, revisado pelos cientistas e apresentado na conferência de Genebra da Organização Mundial de Saúde, nesse ano. Trata-se do chamado Relatório Meldrum sobre toxicologia das fibras. Nele ficava claro que o crisotila não era a causa do mesotelioma, a principal enfermidade provocada pelo amianto, e que, portanto, o cimento-amianto NÃO tinha riscos medíveis para a saúde”. John Bridle está bem informado? Sua posição é correta?
Isto será respondido em breve. Não posso, não quero, adiantar argumentos, pelos motivos antes aludidos; só acrescentarei que não cabe mais tergiversar sobre os fatos reais.
Um ano mais tarde, continua o senhor John Bridle, peço-lhe novamente paciência admirado amigo, “em 1997, o International Ban Asbestos Secretariat [IBAS] propôs aos funcionários da União Europeia e do Reino Unido que reivindicassem que o cimento-amianto mataria 105.000 trabalhadores, por ano. Desde 1996, muitos outros artigos de investigação independentes confirmaram os resultados do documento Meldrum”. A que resultados o autor se refere? Não houve tais mortes?
O número que ele menciona, sua fonte, é a própria Organização Mundial da Saúde, em uma de suas várias estimativas, sempre corrigidas para cima, bem depois. É o que pode se ouvir no vídeo de nossa compatriota, a premiada doutora Neira, que já mencionamos antes, na presente entrevista. De qualquer forma, reitero o manifestado por mim, não me alongando mais na questão, nesse momento, e também pelos motivos já expostos antes.
Um bom indicador das fraudes que se produzem acerca deste tema, afirma John Bridle, “é se perguntar sobre as razões de lobbys potentes e com grandes interesses gastarem parte de seus fundos para fazer com que o amianto branco seja proibido na União Europeia ou em qualquer país onde se ouça suas desinformadas mensagens”. Pergunto: você está manipulado por esses enfoques que John Bridle denuncia?
As provas brilham por sua ausência. Esses fantasmagóricos lobbys, por que não são citados pelos seus respectivos nomes?
Vou terminando, entendo que a sua paciência tem limites. John Bridle afirma: “é também necessário dar respostas claras ao por que as ações por amianto, dos advogados americanos, devem financiar o International Ban Asbestos Secretariat [IBAS]. A tentativa de iniciativa pelo IBAS, em 2013, em eliminar da União Europeia todos os produtos que contém amianto nos edifícios, paralisaria economicamente milhares de empresas e proprietários de edifícios comerciais”. Não é um perigo enorme o destacado por John Bridle? Com isso, não se afundaria a economia da União Europeia?
Isto é parecido a quando se dizia que com proibição do asbesto milhares de vidas se perderiam, consumidas pelos incêndios. Pura fumaça, vale a ironia.
A respeito do financiamento do IBAS, é o mesmo, não resta a menor dúvida. Em breve haverá uma completa resposta para essa falsa acusação, que tampouco é nova, e que também foi, em seu momento, devidamente respondida.
Sem aparente importância para alguns, pelo que se vê. Por isso eu falei, em minhas correspondências sobre este assunto, de “goebeliana defesa do crisotila”.
No entanto, novamente é John Bridle quem fala, “daria benefícios massivos para aqueles que apoiam a proibição [fundamentalmente contratados e produtores de fibras alternativas]. Além disso, permitiria que as ações por amianto dos advogados buscassem indenizações para todos aqueles que ALGUMA VEZ se expôs a qualquer tipo de amianto”. Essa é a perspectiva? Oferece benefícios massivos para contratados e produtores de fibras alternativas? É correto o “alguma vez”? Os advogados, aos quais John Bridle faz referência, são pessoas desalmadas?
Certamente, houve abusos, ao menos nos Estados Unidos, por parte de alguns advogados dos pleitos por amianto, que incorreram em fraude processual – isso, pelo que parece, está demonstrado -, incentivados por suculentas minutas, mas essa é apenas uma das caras da moeda. Do outro lado da balança, é preciso colocar as mil e uma questões processuais que as grandes empresas do amianto praticaram nos litígios por asbesto. 'Ad nauseam'.
Por sorte, com isto conclui John Bridle, “essa solicitação do IBAS foi rejeitada após a impugnação do Asbestos Watchdog ao Parlamento da União Europeia. Em junho deste ano, a resolução foi desestimulada”. Por que foi desestimulada?
A formiga acredita que as fissuras no pavimento da explanada, diante do Taj Mahal, foram criadas para o seu exclusivo desfrute e para sua confortável existência.
Repito que cada uma destas pretensas caraminholas – pois, nem sequer chegam a essa categoria -, terão, mais cedo que tarde, sua adequada resposta.
Agora sim, passamos pela seção 1.5., depois de lhe agradecer muito sinceramente a sua paciência, mais do que demonstrada nesta entrevista e que, na minha opinião, é mais do que útil, é magnifica (por suas respostas como é óbvio).
Obrigado, obrigado.
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“Não há nenhuma variedade de amianto que seja inócua”, afirma Francisco Báez Baquet - Instituto Humanitas Unisinos - IHU