A Paixão de Cristo: do abandono à existência de Deus. Entrevista especial com Jürgen Moltmann

"Toda a dor do mundo foi assumida pela dor do Pai, na entrega do Filho e na força do Espírito", afirma o Teólogo da Esperança

29 Março 2024

Jürgen Moltmann completa 97 anos de vida no próximo dia 08 de abril. A celebração do seu aniversário, este ano, coincide com o sábado da Paixão de Cristo, tema central da sua teologia. Para um dos mais importantes teólogos do século XX, "na ressurreição de Cristo estão lançadas as bases do futuro da humanidade". O "Deus Crucificado" está diretamente conectado à esperança

Em tempos de Páscoa, a ressurreição de Jesus nos leva ao Mistério da Esperança e traz à tona um tema clássico, que sempre se fez presente na reflexão teológica: "Deus e a dor do mundo". Assunto que Moltmann começou a teorizar ainda na década de 1960 ao lançar o livro O Deus Crucificado. A cruz de Cristo, fundamento e crítica da teologia cristã (Edições Loyola, 2014). A obra explica que o "Deus Cruficificado dá profundidade e radicalidade à esperança, introduzindo no movimento messiânico a história da paixão humana".

Ao longo da entrevista, concedida à IHU On-Line em 2004, também no período pascal, Jürgen Moltmann contou como a leitura do Evangelho de Marcos e o abandono de Jesus na Cruz [“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15,34-39)] mudaram seu rumo e o aproximaram da teologia cristã. "Aos 18 anos de idade [em 1944], encontrava-me num escuro e sujo cativeiro de prisão de guerra [Segunda Guerra Mundial], havia perdido todas as esperanças e me sentia abandonado por Deus e por todos os demais bons espíritos. Nessa situação li, pela primeira vez conscientemente, o Evangelho de Marcos. Quando cheguei a essa passagem do texto, senti, ao meu lado, a presença do Cristo abandonado. Ele viera para procurar o que havia sido perdido e encontrou a mim, o perdido. Essa solidariedade de Cristo naquele momento me ergueu espiritualmente. Tive a sensação de que ele estava me levando junto, pelo seu caminho, à liberdade de sua ressurreição", narrou o entrevistado.

Naquele momento de guerra, em especial após os extermínios nos campos de concentração, muitas eram as dúvidas sobre a existência de Deus. Buscando descobrir a "verdade" sobre o Mistério DivinoMoltmann decidiu "estudar teologia na busca da verdade e não no interesse por uma profissão ligada à Igreja. Procurava por uma certeza na vida, uma vez que havia perdido a minha. À medida que procurava por uma certeza existencial de vida a, perdia o interesse pela matemática e a física. Buscava consolo na vida e na morte e, dessa forma, a minha própria existência se tornou, para mim o primeiro lugar vivencial da teologia. Eu quis crer para entender; como disse Anselmo. Eu quis conceber o que acreditava. Assim, a teologia passou a tornar-se base elementar de toda minha vida: tornou-se minha existência teológica", explica.

E assim, com Jürgen Moltmann, o Instituto Humanitas Unisinos - IHU convida a todos a celebrar a Páscoa e se conectar à esperança que o Cristo Ressuscitado nos traz. 

Jürgen Moltmann (Foto: Reprodução | DZ)

O teólogo alemão Jürgen Moltmann, nascido em 1926, é professor emérito de Teologia da Faculdade Evangélica da Universidade de Tübingen e é um dos mais importantes teólogos vivos da atualidade. Foi um dos inspiradores da Teologia Política nos anos 1960 e influenciou a Teologia da Libertação.

Autor de vasta obra, destacamos a seguir algumas das suas mais importantes publicações para a compreensão da Teologia da Libertação: Teologia da Esperança, São Paulo: Herder, 1971; e O Deus Crucificado. A cruz de Cristo, fundamento e crítica da teologia cristã.

Entre outros, é autor de Deus na Criação. Doutrina Ecológica da Criação. (Vozes: Petrópolis, 1993); O Caminho de Jesus Cristo. Cristologia em Dimensões Messiânicas. (Petrópolis: Vozes, 1994, 2.ª edição); Quem é Jesus Cristo para nós hoje? (Petrópolis: Vozes, 1997); A Vinda de Deus: Escatologia Cristã (São Leopoldo: Editora Unisinos, 2003. 374p). (Coleção Theologia Publica 3). Na mesma coleção, a Editora Unisinos publicou a obra Experiências de reflexão teológicas - caminhos e formas da teologia cristã, em 2004.

A tradução é de Leila Finger, do Instituto de Formação de Professores de Língua Alemã (IFPLA) da Unisinos. A revisão é do prof. Dr. Hans Benno Asseburg, a quem agradecemos imensamente.

A entrevista a seguir foi originalmente publicada na revista IHU On-Line, n. 94, de 29 de março de 2004.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Por que Cristo foi abandonado na cruz?

Jürgen Moltmann - Os discípulos fugiram todos e o abandonaram (Marcos 14, 50). Como disseram depois em Emaús (Lc 24, 21), eles haviam esperado pelo Messias sendo o Leão de Judá (o Libertador de Israel) e não o Servo de Deus sofredor. Porém, as mulheres, suas discípulas que o haviam seguido desde a Galileia, não o abandonaram, mas "olharam" [1] sua morte na Cruz à distância (Mc 15, 40). O verdadeiro martírio de sua morte foi, segundo Marcos, o abandono de Deus (Mc 15, 34). Foi na escuridão de Deus que Ele teve de agonizar. Após sua prece por clemência de Deus, a quem ele chamou Abba (Pai querido), não ter sido atendida, ficou-lhe clara a vontade divina de entrega a esse abandono de Deus: "Contudo, não seja o que eu quero, mas o que tu queres". E Ele foi ciente a esse inferno, e morreu essa morte absoluta, a morte de Deus.

"Senti-me também abandonado no cativeiro da guerra"

Foi esse grito de abandono ecoado por Jesus na cruz que me levou pessoalmente a Cristo. Aos 18 anos de idade, encontrava-me num escuro e sujo cativeiro de prisão de guerra, havia perdido todas as esperanças e me sentia abandonado por Deus e por todos os demais bons espíritos. Nessa situação li, pela primeira vez conscientemente, o Evangelho de Marcos. Quando cheguei a essa passagem do texto, senti, ao meu lado, a presença do Cristo abandonado. Ele viera para procurar o que havia sido perdido e encontrou a mim, o perdido. Essa solidariedade de Cristo naquele momento me ergueu espiritualmente. Tive a sensação de que ele estava me levando junto, pelo seu caminho, à liberdade de sua ressurreição. Quem nos dá o significado teológico do divino abandono de Cristo é o apóstolo Paulo. O vocábulo grego para abandono tem também o significado de entrega [2]. Na entrega de Cristo, Deus dá-nos a si próprio e nos presenteia com seu inabalável amor: "Se Deus está a nosso favor, quem estará contra nós? Ele não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por nós. Como não nos dará também todas as coisas junto com seu Filho? ... Estou convencido de que nem a morte nem a vida, ... nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor" (Rm 8, 31-32, 39). Não só o Pai deu seu Filho por nós, como também Cristo, o Filho de Deus, se entregou a nós, como o diz Paulo aos Gálatas (2,20) Dessa forma, reconhecemos no abandono de Jesus um único e grande movimento de entrega do Pai e do Filho na unidade de sua intenção.

Deus: amizade salvadora

O Evangelho de João enxerga nisso a prova da profunda e pansalvadora [3] amizade de Deus: "Ninguém tem amor maior do quem [4] dá sua vida por seus amigos" (15, 13). Ao longo de seu caminho ao abandono na cruz, Cristo levou a presença de Deus aos abismos do inferno. Por isso o salmista canta: "Até no inferno, te encontro" (Salmo 139, 8). Lutero e Calvino não entenderam o inferno como um lugar no reino dos mortos, mas sim como uma experiência: Jesus sofreu o inferno do abandono de Deus de Getsêmani a Gólgata e o superou por nós.

Esta teologia da crucificação salvou a vida de muitas pessoas jogadas na solidão dos porões de tortura ou que padeciam "a escura noite da alma".

Em San Salvador, no dia 16 de novembro de 1989, seis padres jesuítas foram, juntamente com as governantas e suas filhas, brutalmente assassinados. Quando os assassinos arrastavam o cadáver de Juan Ramón Moreno [5] até a sala de Jon Sobrino [6] - que, apenas casualmente, não estava lá - um livro caiu de sua estante. Foi achado em seu sangue. Era meu livro O Deus Crucificado. Ainda hoje está lá no memorial, guardado sob um vidro protetor, como símbolo do que lá realmente acontecera.

IHU On-Line - Ainda precisamos de bodes expiatórios?

Jürgen Moltmann - Assim como o sacrifício de Isaque pretendido pelo pai Abraão e impedido por Deus significa, segundo a tradição bíblica, o fim do sacrifício humano, também a entrega de Jesus na cruz significou o fim de todos os sacrifícios de expiação, bem como de todos os bodes expiatórios e, não por último, também o fim da pena de morte. A expiação não é uma possibilidade humana. Nenhum, assim chamado, bode expiatório carrega nossos pecados para fora do mundo. Somente Deus pode expiar e apenas Jesus pode carregar os pecados do mundo. Deus perdoou os pecados e Cristo carrega os pecados do mundo. Quem isso reconhece e crê, canta a canção da liberdade e protesta contra todo assassínio expiatório e sacrifício. A quem mais deveria ser bem sucedida a construção de uma sociedade sem vítimas se não for ao cristianismo e a todos os bem-intencionados a trabalhar por isso, enterrando todo e qualquer sentimento de vingança? "Quem vai poder condenar, quando é Cristo que está aqui e intercede por nós!"? (Rom 8, 34). Não existem "países cafajestes" [8] contra os quais devêssemos liderar cruzadas; não existem "o grande satanás chamado Estados Unidos da América e o pequeno satanás Israel", ou mesmo "os ateus" que devêssemos matar em nome de Deus. Quem se torna inimigo de seu inimigo já é perdedor e nada compreendeu da mensagem de Cristo.

IHU On-Line - Onde e para quem a teologia é necessária?

Jürgen Moltmann - Também a teologia cristã tem seu "lugar vivencial" (locus theologicus): na vida de uma pessoa, na vida da Igreja, na vida da sociedade, em todo o globo terrestre. Iniciarei novamente pelo lado pessoal: quando, naquele cativeiro de guerra, cheguei à fé cristã, quis descobrir se essa certeza era verdade ou não. Assim, fui estudar teologia na busca da verdade e não no interesse por uma profissão ligada à Igreja. Procurava por uma certeza na vida, uma vez que havia perdido a minha. À medida que procurava por uma certeza existencial de vida a, perdia o interesse pela matemática e a física. Buscava consolo na vida e na morte e, dessa forma, a minha própria existência se tornou, para mim o primeiro lugar vivencial da teologia. Eu quis crer para entender; como disse Anselmo. Eu quis conceber o que acreditava. Assim, a teologia passou a tornar-se base elementar de toda minha vida: tornou-se minha existência teológica.

A teologia acadêmica e a teologia do povo

Concluída a formação acadêmica, trabalhei durante cinco anos como pastor em uma pequena comunidade. Lá, precisei traduzir minha teologia acadêmica, aprendida na universidade, para a teologia do povo e me tornar discípulo da teologia do povo. Aprendi que cada cristão, seja ele homem ou mulher, criança ou idoso, é um teólogo, na medida em que crê cientemente e reflete sobre sua fé a ponto de poder afirmar: "Eu sei em que creio..." .

Se a teologia acadêmica não for constantemente ao encontro do povo, acabará por tornar-se abstrata e inútil. Isso é uma verdade. Mas também o povo de Deus tem sua responsabilidade pela teologia acadêmica e não deve desprezá-la. A teologia é uma função da Igreja, uma ciência eclesiástica? Foi dessa forma que a apreendemos, na Alemanha, com Karl Barth e sua "Dogmática da Igreja" [9]. Isso foi a libertação da teologia das Ciências da Religião, mas esta mesma libertação corre hoje o risco de um recuo do espaço público da sociedade para atrás dos muros da Igreja. Se a teologia for compreendida apenas como uma "ciência eclesiástica", ela deveria abandonar as universidades públicas e se limitar aos seminários diocesanos e às escolas eclesiásticas. Isso, no entanto, não seria bom.

A teologia talvez consiga, se assim proceder, preservar sua identidade cristã, mas com certeza perderá sua relevância para a cultura política e social da sociedade. Na Igreja, há mais em jogo do que sua própria identidade. Está em jogo o Reino de Deus e de sua justiça. Assim também a teologia cristã deve preocupar-se com mais que apenas a proximidade eclesial junto ao povo. Ela deve preocupar-se com a publicidade do Reino de Deus. Justamente como teologia eclesiástica, a teologia cristã precisa se desdobrar em direção a uma teologia publica, e, consequentemente, participar dos sofrimentos, das alegrias, das opressões e das libertações do povo.

Teologia pública é necessária não apenas para a sua auto-apresentação no meio público, mas também para colocar as coisas públicas (res publica) na luz do Reino vindouro e da Justiça de Deus. Quando esta for a nossa firme vontade, encontraremos em todas as discussões públicas, por exemplo, sobre justiça social, sobre a liberdade das mulheres, sobre o começo e fim da vida, etc. dimensões teológicas inexploradas. Não cabe a uma teologia pela causa de Cristo esconder-se atrás dos silenciosos muros das igrejas. Seu lugar é no meio dos campos de conflito do mundo. É este o caminho que a "Teologia latino- americana da Libertação" seguiu, e é nessa mesma direção que desenvolvemos, na Europa, a nova e ecumênica "Teologia Política" (J.B. Metz e J. Moltmann). Vivenciamos, praticamente há vinte anos, repetidas ondas de individualismo em nossa sociedade moderna. O recuo ao privado é também uma reação ao terror nas ruas. Mas este recuo acaba cedendo ao terror e não instala a paz nas ruas.

IHU On-Line - Qual o papel do diálogo entre religiões na atual situação mundial?

Jürgen Moltmann - Há mais de 40 anos, nós esperávamos chegar à paz mundial com esse diálogo. O que, contudo, vivenciamos há dez anos é muito doloroso; é uma tempestade de violência que atravessa as religiões mundiais, com genocídios islâmicos, guerreiros "armagedônicos" de Bush e desejos fundamentalistas de uma fuga do mundo apocalíptica. Discutíamos apenas com os bem-intencionados, mas não com os fundamentalistas e combatentes da violência. Pensávamos que o diálogo tornaria as religiões mais pacíficas e tolerantes. Somente agora, porém, percebemos que "religião" é a coisa mais perigosa que pode excitar as pessoas e tomar posse delas. O diálogo inter-religioso é uma brincadeira com o fogo, que pode pôr nosso mundo em chamas. Não acredito que uma teoria transreligiosa ou uma teologia das religiões possa nos ajudar. O cristianismo necessita defender com muito mais convicção o Evangelho da Vida e o poder da paz, tanto no mundo religioso, quanto no não-religioso. Sou a favor de uma teologia pós-dialógica da missão, uma missão que não tenha por objetivo a propagação do cristianismo como anteriormente o era, mas sim uma missão da Vida que represente o convite ao futuro de Deus: "Eis que faço novas todas as coisas." (Ap. 21,5)

IHU On-Line - Como avalia o pensamento e contribuição ecumênica de Karl Rahner?

Jürgen Moltmann - Conheci Karl Rahner, primeiramente, nos anos 1960, por ocasião dos diálogos cristão-marxistas da Paulus-Gesellschaft e, após, no círculo de editores da revista Concilium. No dia cinco de março, comemoramos seu aniversário de cem anos [em 2004]. Karl Rahner contribuiu essencialmente para a ruptura da teologia católica com os sistemas cognitivos neo- escolásticos e para a abertura ao pensamento do mundo moderno. Sua gigantesca obra teve efeitos comparáveis a um grande Concílio Vaticano de Teologia. Ele "contemporanizou" a teologia católica sem cair no modernismo ou no liberalismo. Fez da teologia cristã uma parceira a ser levada a sério pelo pensamento do mundo moderno, o que torna seu trabalho único e insuperável. A teologia de Rahner foi capaz de propiciar diálogos em vários níveis e, com isso, foi emblematicamente teologia pública. Marxistas, ateus e cientistas o ouviam e o respeitavam. Por quê? Porque ele conseguia ouvi-los e respeitá-los. Rahner sempre ouvia longamente antes de partir para discursos, às vezes complicados, mas sempre pertinentes. Rahner dava à teologia uma relevância pública sem abrir mão de sua identidade cristã e, no seu caso, da identidade católica. A teologia evangélica deve a ele sua nova comunhão com a teologia católica. Mas quero honrar Karl Rahner também com a menção de nossa briga em torno do "sofrimento de Deus" ou da "incapacidade divina de sofrer". Estive totalmente em desacordo com seu Deus impassibilis e ele, da mesma forma, com meu Deus crucificado. Porém, brigas teológicas são boas quando pela verdade. Se os teólogos não brigarem mais, quem os levaria a sério ou por eles se interessaria? Infelizmente, após Rahner, essa discussão arrefeceu no campo da teologia. Por que, enfim?

Notas:

[1] Uma outra tradução possível desse verbo grego é “contemplaram”. Ou seja, as mulheres que contemplam Jesus na cruz, na sexta-feira, são as mesmas, segundo Marcos, que acorrem ao túmulo na madrugada do domingo de Páscoa. (Nota do IHU).

[2] O termo grego é paradidonai (Nota do IHU)

[3] Tomamos a liberdade de traduzir dessa maneira a expressão de Moltmann: “der tiefen und alles erlösenden Gottesfreundschaft” (Nota do IHU)

[4] Na Edição Pastoral da Bíblia Sagrada, editada pela Editora Paulus a tradução é : “Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos” - (Nota do IHU).

[5] Foi um dos seis jesuítas assassinados em El Salvador em novembro de 1989, em frente à sede da Universidade Centro-americana. Os jesuítas assassinados foram o então reitor da Universidade Centro- americana, o espanhol Pe. Ignácio Ellacuría, e os sacerdotes da mesma nacionalidade, Ignácio Martín-Baró, Amando López, Juan Ramón Moreno e Segundo Montes, assim como o salvadorenho Joaquín López y López. Além deles, foram também mortas a cozinheira da casa onde moravam, Elba Julia Ramos, e sua filha Celina, de 16 anos. (Nota do IHU)

[6] Jon Sobrino é teólogo jesuíta, autor de, entre outros, A ressurreição da verdadeira Igreja (São Paulo: Loyola, 1982), O princípio misericórdia (Petrópolis: Vozes, 1994), Jesus: o libertador (Petrópolis: Vozes, 1996), La fe en Jesucristo. Ensayo desde las víctimas (1999), e Terremoto, terrorismo, barbarie y utopía (2002). Trabalha na Universidade CentroAmericana de El Salvador. (Nota do IHU)

[7] Moltmann abrevia a citação de Paulo, afirmando: “Wer will verdammen, Christus ist hier!”. Mas seguindo a versão da Züricher Bibel, uma das melhores traduções ao alemão, o texto diz, parafraseando um pouco: Quem vai poder condenar, quando só a Deus cabe justificar e quando Jesus Cristo que por nós morreu e, mais ainda, foi ressuscitado está à direita de Deus e intercede por nós? A edição pastoral da Bíblia Sagrada, acima citada traduz assim: “Quem condenará? Jesus Cristo? Ele que morreu, ou melhor, que ressuscitou, que está à direita de Deus e intercede por nós?”. (Nota do IHU)

[8] Ou “estados canalhas” (Uma alusão à linguagem maniqueísta e imperialista de Bush). (Nota do IHU)

[9] Trata-se da obra de Karl Barth, “Kirchliche Dogmatik”. (Nota do IHU)

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