A crise civilizacional e a resposta de uma teologia ecumênica da criação. Entrevista especial com Guillermo Kerber

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01 Julho 2015

“A encíclica não vai influir nas discussões técnicas das negociações, mas constitui uma tomada de posição clara por parte de um dos líderes mundiais mais reconhecidos sobre a situação e sobre a necessidade de agir com urgência”, pontua o coordenador do trabalho sobre o cuidado da criação e justiça climática do Conselho Mundial de Igrejas - CMI.

Imagem: cardquali.com

“A tese de fundo” da Carta Encíclica publicada pelo Papa Francisco é apresentada no título do documento, Laudato si’ e o Cuidado da casa comum, diz Guillermo Kerber à IHU On-Line.

As expressões, diz, “conjugam dois aspectos inseparáveis: Louvado seja o Senhor pela beleza da criação, da qual o ser humano faz parte integrante e na qual tem uma responsabilidade especial como criatura: cuidar da mesma”.

Segundo o teólogo, uma análise da Laudato Si’ à luz da metodologia da teologia latino-americana do Ver-Julgar-Agir “ajuda a compreender a dinâmica da encíclica”. Nesse sentido, a Carta Encíclica propõe (ver) “o que está acontecendo com a nossa casa”, (julgar) o Evangelho da Criação, a raiz humana da crise ecológica e a ecologia integral, e (agir) conforme algumas linhas de orientação e ação a partir da educação e da espiritualidade ecológica. Para ele, ao refletir sobre a atual situação de crise ecológica e civilizacional, com a Encíclica “impõe-se uma teologia da criação que responda ao paradigma tecnocrático e ao antropocentrismo desviado (n. 116 ss) que levou a um consumismo exacerbado e a uma cultura do descarte. Esta teologia, entre outros aspectos, acentua a presença do Espírito na criação (n. 88), como recordavam os Bispos do Brasil em sua carta sobre a ecologia”.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, Kerber comenta a presença do pensamento do jesuíta Teilhard de Chardin na Laudato Si’. “Fiquei gratamente surpreso quando o Papa Francisco cita Teilhard de Chardin em relação à evolução do universo para Deus, que atinge a sua plenitude em Cristo ressuscitado (n. 83). Mesmo que seja a única vez que o cita, a espiritualidade ecológica, a mística que o Papa propõe está, para mim, empapada da teologia e da mística teilhardiana”, afirma.

Coordenador do trabalho sobre o cuidado da criação e justiça climática do Conselho Mundial de Igrejas - CMI, em Genebra, na Suíça, Kerber também chama atenção para “a constante referência a documentos de conferências episcopais de diferentes países e regiões do mundo” que compõem a Encíclica. “Ao citar documentos de conferências episcopais, podemos ver uma intencionalidade de reforçar a colegialidade episcopal”, pontua. De acordo com ele, a Laudato Si’ “foi recebida com entusiasmo por vários líderes de outras Igrejas cristãs (...) e no Conselho Mundial das Igrejas, o secretário-geral, o rev. Dr. Olav Fykse Tveit, emitiu uma declaração na qual destaca que ‘esta encíclica demonstra a todos que estas são questões que estão no centro da nossa fé cristã e às quais nós, como cristãos, devemos responder junto com todos os que se preocupam com o nosso futuro comum’”.

Guillermo Kerber igualmente ressalta o uso da linguagem inclusiva na Laudato Si'.

Guillermo Kerber é filósofo e teólogo uruguaio, e doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo – Umesp. No Uruguai, foi professor de Ética na Universidade da República e na Universidade Católica, além de ter trabalhado em ONGs vinculadas ao desenvolvimento, à ecologia, ao ecumenismo e aos direitos humanos. É autor de O ecológico e a teologia latino-americana (Ed. Sulina, 2006).

Confira a entrevista.

Foto: churchauthority.org
IHU On-Line - Qual é a tese de fundo da Laudato Si’, que tem como mote geral a questão ecológica? A partir de que argumentos científicos e teológicos a Laudato Si’ se sustenta?

Guillermo Kerber - A tese de fundo da encíclica, na minha opinião, já pode ser vista no próprio título. Laudato si’ e o Cuidado da casa comum conjugam dois aspectos inseparáveis. Louvado seja o Senhor pela beleza da criação, da qual o ser humano faz parte integrante e na qual tem uma responsabilidade especial como criatura: cuidar da mesma.

A encíclica baseia-se no consenso científico atual: o ser humano é responsável pela crise ecológica. Como afirma o Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática - IPCC, em seu quinto relatório, a mudança climática é produzida pelo ser humano. O ser humano é também responsável pela poluição, pela crise da água e pela perda de biodiversidade, temas que a encíclica aborda. Esta situação apresentada como crise ecológica é um grito da irmã Terra e dos abandonados do mundo para que atuemos todos com urgência (n. 53).

A metodologia do Ver-Julgar-Agir, utilizada pela Ação Católica e pela teologia latino-americana, ajuda a compreender a dinâmica da encíclica.

Ver: O que está acontecendo com a nossa casa (Capítulo 1)

Julgar: O Evangelho da Criação (Capítulo 2)
           Raiz humana da crise ecológica (Capítulo 3)
           Uma ecologia integral (Capítulo 4)

Agir: Algumas linhas de orientação e ação (Capítulo 5)
         Educação e espiritualidade ecológica (Capítulo 6).

Diante da situação atual da crise, impõe-se uma teologia da criação que responda ao paradigma tecnocrático e ao antropocentrismo desviado (n. 116 ss) que levou a um consumismo exacerbado e a uma cultura do descarte. Esta teologia, entre outros aspectos, acentua a presença do Espírito na criação (n. 88), como recordavam os Bispos do Brasil em sua carta sobre a ecologia. Além disso, uma teologia do Shabbat do Jubileu apela para o descanso da criação.

IHU On-Line - Em que consiste o conceito de ecologia integral, proposto pelo Papa na Laudato si'?

Guillermo Kerber - A ecologia integral faz referência a uma concepção holística da criação. O Papa menciona as ecologias ambiental, econômica, social, cultural, da vida cotidiana (n. 138-155). Houve, desde que Ernst Häckel definiu a ecologia como a ciência que estuda as relações entre os organismos e seu ambiente no final do século XIX, um desenvolvimento que permitiu compreender de forma mais cabal as relações. Porque a ecologia é uma ciência das relações. Se a ecologia ambiental ou biológica estuda as diferentes espécies em seu ambiente, a ecologia social, cultural ou política olha o ser humano em suas relações entre si, nas estruturas sociais e com o ambiente. Pensadores também desenvolveram a ecologia profunda (Arne Naess) e a ecologia da mente (Gregory Bateson), que procuram mostrar uma nova filosofia (ecosofia) e epistemologia que leva em conta a unidade de toda a natureza. E não esqueçamos que se desenvolveu também uma ecologia social latino-americana (Gudynas, Evia).

A ecologia integral tem como princípio o bem comum (n. 156-158) em um mundo em que a desigualdade golpeia a consciência humana. O Papa Francisco volta e meia faz referência a como a crise ecológica impacta especialmente os pobres, os excluídos. Uma resposta efetiva tem que ter em conta a natureza e os seres humanos, especialmente os mais vulneráveis, como parte dela.

IHU On-Line - Qual é a influência do pensamento do jesuíta cientista Teilhard de Chardin na encíclica Laudato Si’? Por que o Papa retoma Chardin?

Guillermo Kerber - Fiquei gratamente surpreso quando o Papa Francisco cita Teilhard de Chardin em relação à evolução do universo para Deus, que atinge a sua plenitude em Cristo ressuscitado (n. 83). Mesmo que seja a única vez que o cita, a espiritualidade ecológica, a mística que o Papa propõe está, para mim, empapada da teologia e da mística teilhardiana. Quando o Papa afirma que “o universo desenvolve-se em Deus, que o preenche completamente. E, portanto, há um mistério a contemplar numa folha, numa vereda, no orvalho, no rosto do pobre” (n. 233), e cita o místico muçulmano Ali al-Kawwas (sim, a encíclica cita não apenas autores católicos, mas também de outras Igrejas cristãs e muçulmanas!), por trás disso pode-se ver a doutrina teilhardiana da transparência ou da diafania de Deus no universo, assim como Teilhard a apresentava em O Meio Divino: “Se nos é permitido modificar ligeiramente uma palavra sagrada, diríamos que o mistério do Cristianismo não consiste exatamente na Aparição, mas na Transparência de Deus no universo. Oh! Sim, Senhor, não somente o raio que aflora, mas o raio que penetra. Não vossa Epifania, Jesus, mas vossa Diafania” (p. 141).

Na minha maneira de ver, como jesuíta, o Papa Francisco não pode deixar de reconhecer a grande contribuição que outro jesuíta, Teilhard de Chardin, deu à teologia da criação. Não podemos esquecer que, desde 1921 e por várias décadas, a Santa Sé proibiu Teilhard de publicar obras que não fossem estritamente científicas. Suas obras teológicas e espirituais serão publicadas somente após sua morte, em 1955.

E se o Papa Francisco reconhece na encíclica que paradigma tecnocrático dominante (n. 10), recordemos também que em uma carta escrita em 1926 ao Pe. Valensin, Teilhard dizia: “Oh, como gostaria de encontrar Santo Inácio ou São Francisco de Assis, presenças que o nosso tempo tanto necessita!”

"A encíclica baseia-se no consenso científico atual: o ser humano é responsável pela crise ecológica"

 

 

 

IHU On-Line - No capítulo da Laudato Si’ que trata da “raiz humana da crise ecológica”, o Papa menciona que a crise é consequência do antropocentrismo moderno, chamando atenção também para os malefícios do relativismo. Como avalia a tese de que a causa da crise ecológica tem como base uma crise humana?

Guillermo Kerber - Há alguns cientistas (que têm grande exposição nos meios de comunicação) que afirmam que a crise ecológica, e em particular a mudança climática, é um processo natural. Se há milhões de anos tivemos a Era do Gelo (glaciação), hoje estaríamos vivendo um processo de aquecimento global exclusivamente por causas naturais. Mas a maioria dos cientistas (95% dos climatólogos, segundo o último relatório do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Mudança Climática) está de acordo em que a mudança climática é produzida pela ação humana.

Em especial nos últimos 200 anos, com a revolução industrial, o desenvolvimento exponencial da ciência e da tecnologia teve como consequência não apenas o aumento da concentração de CO2 na atmosfera, mas também o desmatamento, a contaminação da água e do solo, a desertificação. Sem dúvida, a ciência e a tecnologia têm aspectos muito positivos. Basta olhar os avanços na saúde ou nas comunicações para nos maravilharmos diante das possibilidades que ambas nos oferecem. Mas o Papa alerta contra um paradigma tecnocrático dominante que, conjugado com um mercado divinizado, levou a um modelo esbanjador e consumista que está na base da cultura do descarte e do lixo.

IHU On-Line - Que entonação o Papa dá à tradição judaico-cristã como um guia para compreender e agir diante das crises ecológica e humana?

Guillermo Kerber - A teologia da criação que o Papa desenvolve tem sua base na tradição judaico-cristã (n. 76-78). O judeu-cristianismo desmitifica a natureza e a distingue de Deus como criador. Mas Deus também está presente na criação através do seu Espírito (n. 80).

IHU On-Line - Identifica traços de uma visão ecumênica na Laudato Si’?

Guillermo Kerber - A teologia da criação da Laudato si’ é profundamente ecumênica. O teólogo reformado alemão Jürgen Moltmann intitula sua doutrina ecológica da criação como “Deus na criação”. Esta perspectiva é a que os teólogos do processo (e Leonardo Boff) chamam de panenteísmo. A ação do Espírito na criação não somente no princípio (creatio prima), mas atualmente (creatio continua) é fortemente afirmada pela teologia ecumênica.

Além disso, o Papa Francisco coloca a preocupação com o ambiente e o ensinamento do Patriarca Ecumênico Bartolomeu (n. 7-9) como exemplo do que outras Igrejas e comunidades cristãs fizeram sobre o cuidado da casa comum. E entre as muitas citações encontramos a do reconhecido filósofo e teólogo protestante Paul Ricoeur.

O convite para que o Metropolita John Zizioulas falasse durante a apresentação oficial da encíclica no Vaticano é, para mim, também um sinal da preocupação ecumênica.

IHU On-Line - A Laudato Si’ segue um viés mais político, religioso ou laico? Por quê?

Guillermo Kerber - Como o próprio Papa diz, a Laudato Si’ deve ser considerada como parte do Magistério Social da Igreja (n. 15). Como tal, é fruto de uma reflexão ética, baseada na teologia cristã, sobre questões-chaves do mundo e da sociedade contemporânea. Sem dúvida, a encíclica tem conotações políticas e sociais que emergem da análise do que está acontecendo, do confronto com a teologia e as pistas de ação.

É importante destacar que, em reiteradas oportunidades, o Papa propõe que a encíclica busca um diálogo com todos, não apenas com os católicos, para buscar, a partir de diferentes visões e convicções, uma resposta efetiva para a crise ecológica: “um diálogo com todos, para buscar juntos caminhos de libertação” (n. 64). Neste sentido, a encíclica tem uma intencionalidade ecumênica no sentido mais amplo do termo, como “todo o mundo habitado”.

IHU On-Line - Como a Encíclica Laudato Si’ repercutiu entre os protestantes e no Conselho Mundial de Igrejas?

Guillermo Kerber - A encíclica foi recebida com entusiasmo por vários líderes de outras Igrejas cristãs. O Patriarca Ecumênico, comentando a encíclica, declarava: “para nós é uma bênção que sejamos capazes de compartilhar uma mesma preocupação e uma mesma visão da criação de Deus”.
O secretário-geral da Federação Luterana Mundial, por sua vez, o reverendo Martin Junge, expressava: “Acolhemos com satisfação a ênfase que o Papa Francisco coloca na estreita relação entre o cuidado do planeta e o cuidado dos pobres e as gerações futuras”.

No Conselho Mundial das Igrejas, o secretário-geral, o rev. Dr. Olav Fykse Tveit, emitiu uma declaração na qual destaca que “esta encíclica demonstra a todos que estas são questões que estão no centro da nossa fé cristã e às quais nós, como cristãos, devemos responder junto com todos os que se preocupam com o nosso futuro comum”.

IHU On-Line - O que diferencia a Encíclica do Papa Francisco dos demais documentos que já foram publicados sobre a questão ecológica? Quais são as novidades apresentadas por Francisco na Encíclica, acerca de como abordar a questão ecológica?

Guillermo Kerber - A encíclica é uma atualização de vários documentos sobre a questão ecológica, especialmente das Mensagens do Dia da Paz de João Paulo II, em 1990, e de Bento XVI, em 2010. As propostas de uma articulação entre a teologia da criação e uma ecologia integral oferecem elementos para continuar aprofundando a temática.

IHU On-Line - As notícias sobre a Encíclica dão muita ênfase à questão ecológica. Algum outro tema relevante apresentado na Encíclica não está sendo analisado com tanta atenção?

Guillermo Kerber - Ao nível dos conteúdos, a crise ecológica é, evidentemente, o tema central da encíclica. Eu gostaria também de assinalar alguns elementos do estilo da mesma.

Em primeiro lugar, chama a atenção a constante referência a documentos de conferências episcopais de diferentes países e regiões do mundo. As referências a outros documentos papais seguem sendo a maioria na Laudato Si’, mas, ao citar documentos de conferências episcopais, podemos ver uma intencionalidade de reforçar a colegialidade episcopal.

Em segundo lugar, há um esforço para utilizar uma linguagem inclusiva, ou seja, levar em conta homens e mulheres. A palavra “homem” é utilizada 31 vezes e na quase totalidade são citações de documentos anteriores. “Ser humano”, por sua vez é utilizado 87 vezes.

Um terceiro aspecto é que, ao se ler a encíclica, sente-se o Papa Francisco envolvido pessoalmente. Não vacila em utilizar a primeira pessoa do singular, por exemplo, na seção intitulada “Meu apelo” (n. 13 ss), o que aproxima a encíclica e o Papa do leitor. Já os últimos papas abandonaram o uso do plural majestático (“nós” para se referirem a si mesmos como pessoa individual), que era mais próprio de uma noção monárquica do papado. Com o Papa Francisco, especialmente nesta encíclica na qual explicitamente quer dialogar com todos, vemos o Bispo de Roma preocupado com as questões que destroem a natureza e os mais pobres.

Outro aspecto, já mencionado, é o método utilizado para desenvolver a encíclica que pode facilmente ser relacionada com o Ver-Julgar-Agir.

 

"A Secretaria da Convenção sobre a Mudança Climática afirmou que a encíclica é um forte apelo moral para agir"

IHU On-Line - A encíclica deve causar algum impacto nas discussões globais acerca das mudanças climáticas, tendo em vista a COP-21 a ser realizada em Paris nos próximos meses?

Guillermo Kerber - A encíclica já provocou reações não apenas por parte da Igreja católica ou outras Igrejas, mas também na sociedade civil e na comunidade internacional. Várias organizações não governamentais internacionais destacaram aspectos da encíclica em relação à mudança climática. A Secretaria da Convenção sobre a Mudança Climática afirmou que a encíclica é um forte apelo moral para agir. Nos Estados Unidos, um dos países mais reticentes a aceitar um novo acordo vinculante (recordemos que, tendo assinado o Protocolo de Kyoto, os Estados Unidos, depois, sob a administração Bush, retiraram-se do mesmo), o presidente Obama expressou seu acordo com a perspectiva do Papa Francisco e dois candidatos republicanos à presidência reagiram contra ela.

No meu modo de ver, a encíclica não vai influir nas discussões técnicas das negociações, mas constitui uma tomada de posição clara por parte de um dos líderes mundiais mais reconhecidos (não apenas por parte dos católicos ou fiéis em geral) sobre a situação e sobre a necessidade de agir com urgência.

IHU On-Line - Deseja acrescentar algo?

Guillermo Kerber - Sim. Quero convidar o leitor da IHU On-Line para que leia a Laudato Si' , para que não se deixe guiar por este ou outros comentários, que faça sua própria ideia da encíclica. É um pouco longa, é verdade, mas estou seguro de que aproveitará. Para nós, latino-americanos, é uma metodologia e uma linguagem conhecidas, e para alguns também a temática. A surpresa é que agora seja um Papa a utilizá-las.

Por Patrícia Fachin

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