O cardeal Müller “excomunga” Biden: “Quem relativiza o aborto é contra a fé católica”

Joe Biden durante a cerimônia de posse | Foto: Carloz Vásquez II - Flickr

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27 Janeiro 2021

O ex-prefeito do ex-Santo Ofício volta a se manifestar falando do novo presidente Biden. "Aqueles que relativizam o claro empenho com a santidade de toda vida humana com base em preferências políticas com jogos táticos e ofuscações sofísticas se opõem abertamente à fé católica", disse o cardeal Gerhard Ludwig Müller em entrevista ao kath.net, relançada em Itália, pelo site Stilum Curiae, sobre as opiniões pró-aborto do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, um católico. O prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé explica ainda: "Agora os Estados Unidos, com seu poder político, midiático e econômico concentrado, estão na linha de frente na campanha mais sutilmente brutal dos últimos 100 anos para descristianizar a cultura ocidental".

A reportagem é publicada por Il Faro, 26-01-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Questionado sobre o novo presidente Biden que se apresentou - não só no dia de sua posse - como um católico devoto e praticante, Müller observa: “Há bons católicos até nos cargos mais altos do Vaticano que em um cego efeito anti-Trump apoiam ou minimizam tudo o que agora está sendo desencadeado contra os cristãos e todas as pessoas de boa vontade nos Estados Unidos. Agora os Estados Unidos, com seu poder político, midiático e econômico concentrado, estão na linha de frente da campanha mais sutilmente brutal para descristianizar a cultura ocidental dos últimos 100 anos. Eles desvalorizam a vida de milhões de crianças que agora serão vítimas da campanha abortiva organizada em nível mundial sob o eufemismo de 'direitos à saúde reprodutiva', apontando para os defeitos de caráter de Trump”.

O cardeal então explica que “um coirmão muito respeitado me censurou por me concentrar demais no aborto. Porque com a derrota de Trump, foi evitado o perigo muito maior de que aquele louco pressionasse o botão nuclear. Mas estou convencido de que a ética individual e social tenha a precedência sobre a política. O limite é superado quando a fé e a moralidade se contrapõem ao cálculo político. Não posso apoiar um político abortista porque constrói moradias populares e pelo bem relativo, deveria aceitar o mal absoluto”.

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