Austrália. Bispos pedem que Francisco esclareça os milhões de dólares transferidos pelo Vaticano a pessoas individuais, mas não à Igreja local

Foto: Wikimedia Commons/Stipo Karajica

Mais Lidos

  • A ideologia da Vergonha e o clero do Brasil. Artigo de William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • Juventude é atraída simbolicamente para a extrema-direita, afirma a cientista política

    Socialização política das juventudes é marcada mais por identidades e afetos do que por práticas deliberativas e cívicas. Entrevista especial com Patrícia Rocha

    LER MAIS
  • Que COP30 foi essa? Entre as mudanças climáticas e a gestão da barbárie. Artigo de Sérgio Barcellos e Gladson Fonseca

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

04 Janeiro 2021

O jornal The Times publicou nessa quarta-feira, 30, uma breve notícia que sublinha um fato inédito: o episcopado da Austrália pede que o Papa Francisco esclareça a história que circula na imprensa há dias sobre muitos milhões de dólares enviados pelo Vaticano a pessoas individuais na Austrália entre 2014 e 2020.

A nota é de Il Sismografo, 30-12-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Os prelados, por meio do arcebispo de Brisbane, Dom Mark Coleridge, presidente do episcopado, especificam que nem mesmo um centavo chegou às hierarquias locais, às dioceses ou a órgãos ou instituições católicas, instituições de caridade, ordens religiosas ou qualquer entidade eclesiástica australiana.

O pedido dos bispos chega poucos dias depois que um relatório da agência governamental australiana responsável por detectar abusos criminosos no sistema financeiro (Austrac) constatou essas transferências.

Dom Coleridge declarou ao jornal australiano: “O que é certo em meio a grandes incertezas é que os bispos australianos não estavam cientes dessas transferências até a sua divulgação pela Austrac na semana passada. Ficamos chocados com a dimensão das transferências”, acrescentou.

O arcebispo Coleridge, que atuou na Secretaria de Estado do Vaticano durante quatro anos, disse estar ciente das alegações de que “contas numeradas” eram usadas em nome do Vaticano por pessoas que não faziam parte da Santa Sé para realizar transferências e investimentos internacionais.

Leia mais