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Se você quer paz, prepare-se para a paz. Artigo de Vito Mancuso

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03 Março 2022

 

"'Se você quer paz, prepare-se para a paz'. E que forma? Começando, você mesmo, a se tornar paz. Por isso acho que faz sentido aceitar o convite do Papa para jejuar pela paz na Ucrânia, independentemente da fé e independentemente de como for praticado: seja ficando completamente sem comida, seja diminuindo-a, seja por outras formas de abstinência. O importante é assumir um pouco da dor do mundo e transformá-la em conhecimento e em amor", escreve o teólogo italiano Vito Mancuso, ex-professor da Teologia Moderna e Contemporânea da Universidade San Raffaele de Milão, e ex-professor de História das Doutrinas Teológicas da Universidade de Pádua, em artigo publicado por La Stampa, 02-03-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

"Um dia de oração e jejum pela paz na Ucrânia": com estas palavras o Papa Francisco convidou "todos" a um gesto pessoal de participação e solidariedade. Para os católicos é lógico, já que hoje é Quarta-feira de Cinzas, quando eles já estão obrigados “à abstinência e ao jejum” (cânon 1251 do Código de Direito Canônico). Mas qual pode ser o valor do apelo para os leigos, para os crentes não católicos e também para os católicos "mais ou menos" cada vez mais numerosos?

A objeção, de fato, surge espontaneamente. Para que serve o jejum? "Si vis pacem, para bellum", reza o famoso ditado: "Se você quer paz, prepare-se para a guerra". E se eu quiser a guerra em vez disso? A resposta é óbvia: "Si vis bellum, para bellum". Segue-se que, em qualquer caso, quer eu queira paz ou guerra, devo preparar-me para a guerra, não jejuar e orar. Acho que isso explica os 1981 bilhões de dólares de gastos militares globais de 2020, valor recorde que está em progressivo aumento em todo o planeta, graças ao qual alguns Estados, incluindo a Itália, podem agora ajudar a resistência ucraniana enviando armamentos. Parece-me ouvir Antoine cantando quando eu era menino: "Se você é bonito, eles jogam pedras em você, se você é feio, eles jogam pedras em você". A guerra, como as pedras, é nosso destino inexorável?

A Quarta-feira de Cinzas é assim chamada porque segundo o rito milenar o sacerdote impõe as cinzas na cabeça ou na testa dos fiéis e diz: "Lembra-se que você é pó e ao pó voltará" (palavras de Deus a Adão enquanto ele o expulsava do paraíso terrestre, cf. Gênesis 3,19).

Mas devemos nos perguntar: é exatamente disso que “hoje” precisamos? Depois de mais de dois anos de Covid, no meio da guerra de Putin que coloca a Ucrânia a ferro e fogo, aludindo explicitamente à ameaça nuclear, com todos os problemas que as sanções contra ele também vão criar para a nossa economia, faz realmente sentido falar sobre "oração e jejum"? Não seria mais saudável seguir o conselho mais sereno de Lorenzo de Medici nas Canções Carnasciais segundo o qual "quem quer ser feliz, que o seja", visto que "não há certeza sobre o amanhã"?

Não gosto do Carnaval nem da Quaresma, sinto-me mais atraído pela pacata regularidade da sabedoria clássica, sobretudo socrática, que não sente necessidade de eventos ou momentos extraordinários, mas adere à lógica modesta e ordenada das coisas na sobriedade cotidiana, e por isso não procura nem a comilança nem o jejum. No entanto, às vezes a história bate com uma violência irreprimível e a consciência é abalada por se sentir obrigada a se posicionar, externa e internamente.

Externamente, o faz colocando-se contra o invasor de todas as formas possíveis e apoiando as vítimas com ajudas concretas em nível econômico. E internamente? É possível limitar-se a uma declaração, depois talvez a uma doação, e no final ficar insensíveis ou até mesmo se divertir como alguns de nossos políticos (conhecidos amigos de Putin) fizeram durante a primeira noite da guerra? Acredito que a função de uma consciência moralmente reta seja responder ao apelo da história gerando consciência e empatia, de modo a assumir um pouco da dor do mundo participando dela pessoalmente.

"Lembre-se que você é pó e ao pó voltará", ou seja, "lembre-se que você vai morrer". Todos nós rimos da cena do filme de Benigni e Troisi quando os frades de Savonarola os advertiram com essas mesmas palavras e Troisi com sua inesquecível timidez respondia: "Vou anotar". Todos sabemos que devemos morrer, a humanidade sempre soube disso; aliás, pode-se dizer que chegamos a criar cultura precisamente a partir desta consciência, amarga mas luminosa, que nos distingue de todo outro ser vivo. Disso nasceu o primeiro poema da humanidade, a Epopeia de Gilgamesh, disso os antigos gregos começaram a se chamar justamente assim, "os mortais", Platão resumia o propósito da filosofia como "aprender a morrer", Sêneca o repetia com insistente doçura ao amigo Lucílio.

Hoje em Kiev e em outras cidades ucranianas, as bombas de Putin estão garantindo dia e noite esse ensinamento filosófico. Quantos civis foram mortos até agora? Quantos soldados ucranianos? Quantos soldados russos? Quantos seres humanos reduzidos a cinzas pela sangrenta liturgia do Sumo Sacerdote do Kremlin?

Mas se a sabedoria nos ensina a aprender a morrer, entretanto, nesse meio tempo, nós vivemos. Ora, o que significa viver como seres humanos aqui e agora, de forma a resultar à altura destes dias que nos lembram tão intensamente o nosso destino? Basicamente duas coisas: compreender e amar. Cada um de nós é inteligência e vontade e, se bem usadas, a inteligência compreende e a vontade ama. Consequentemente, viver como seres humanos significa usar bem a inteligência obtendo conhecimento e usar bem a vontade gerando amor.

Ontem foi o décimo aniversário da morte de Lucio Dalla, de quem tive a sorte de ser amigo, e me vêm à lembrança as palavras de uma canção de 1993 escrita durante a guerra dos Bálcãs, Henna: "Acredito que a dor, que é a dor que nos mudará". A dor oprime, sabemos, mas também pode ensinar. É uma consciência antiga, Ésquilo falava de uma lei instituída por Zeus segundo a qual "com a dor se aprende" (Agamenon, 411). O que se pode aprender olhando na cara a dor dos vivos? Que além da razão que logicamente continua a declarar "Si vis pacem, para bellum", há em nós outra faculdade, extinguindo a qual caímos no mais escuro cinismo e que podemos chamar de confiança ou solidariedade, que responde: "Se você quer paz, prepare-se para a paz". E que forma?

Começando, você mesmo, a se tornar paz. Por isso acho que faz sentido aceitar o convite do Papa para jejuar pela paz na Ucrânia, independentemente da fé e independentemente de como for praticado: seja ficando completamente sem comida, seja diminuindo-a, seja por outras formas de abstinência. O importante é assumir um pouco da dor do mundo e transformá-la em conhecimento e em amor.

 

Leia mais

 

  • O apelo do Papa Francisco a não crentes e a crentes: “Jejum contra a guerra em 2 de março”
  • Crise na Ucrânia. O papa que troveja contra as guerras optou por uma diplomacia “tímida”
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  • O Papa convoca Dia de oração e jejum em 2 de março: a paz de todos está ameaçada
  • O Papa: uma triste guerra entre cristãos
  • Lições ucranianas sobre paz e guerra
  • Os destinos da Europa e a paz dos vivos. Artigo de Donatella di Cesare
  • Não é breve, este é o século mais longo da história. Artigo de Alberto Negri
  • Terça-feira, a guerra. Artigo de Raniero La Valle
  • A dor dos povos. Artigo de Raniero La Valle
  • Direito internacional e falsos mitos. Artigo de Domenico Gallo
  • Será que algum dia venceremos a guerra?
  • O racismo de quem chora pela Ucrânia, mas ignora a dor que está ao seu lado
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  • O tempo do silêncio
  • Potências nucleares se enfrentam: salvemos a paz com a paz. Artigo de Alex Zanotelli
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  • A Rússia pode ter suas razões, mas nada justifica as atrocidades

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