01 Fevereiro 2022
“Estamos inaugurando e aprendendo um novo modo de ser Igreja, traços sinodais que nos relançam a recuperar a profecia, tendo o Evangelho como única regra de vida”. Assim se expressou a Confederação Latino-Americana de Religiosos (CLAR), em alusão ao Dia Mundial da Vida Consagrada, que se celebra neste dia 02 de fevereiro.
A reportagem é de Ángel Alberto Morillo, publicada por Vida Nueva, 01-02-2022. A tradução é do Cepat.
Também afirmam que em tempos de incerteza por causa da pandemia, “quando novas cepas emergem e se instalam deixando sombras no caminho”, nós, religiosos e religiosas, “nos sentimos protagonistas de um tempo que sacode as nossas seguranças”.
Escuta e discernimento
Contudo, “seguimos decididamente caminhando para a configuração de uma Vida Religiosa com rosto intercongregacional, intercultural e itinerante”, porque “estamos vivendo com intensidade o tempo presente, abraçados pela incerteza e tentando gerar respostas às muitas perguntas que nos cercam”.
Por isso, convidam os consagrados a se renovarem e a ir com “a luz do Evangelho ao encontro do Senhor e de nossos irmãos, cuidando do mundo com obras e gestos que falem do Deus compassivo que habita e repara os corações feridos”.
Além disso, veem com esperança “a presença dos sinais do Reino de Deus, que levam por novos caminhos à escuta e ao discernimento” no contexto da sinodalidade.
“O processo sinodal é um significativo espaço de encontro e abertura para a transformação de estruturas eclesiais e sociais que permitam renovar o impulso missionário e a proximidade com os mais pobres e excluídos”, apontam.
Mentalidade sinodal
A CLAR destacou que a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe reconheceu a contribuição que a Vida Consagrada vem dando para “gerar uma crescente mentalidade e prática de sinodalidade em nossa Igreja”.
“Este reconhecimento confirma nosso compromisso em criar as instâncias para promover diálogos entre nossos bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos, para compartilhar, criar confiança e desenvolver tarefas conjuntas diante dos temas da vida”, acrescentam.
Nesse sentido, “o estado de Assembleia Eclesial vivido pela América Latina e o Caribe é um kairós, um tempo propício para a escuta e o discernimento que nos conecta de forma renovada com as orientações pastorais de Aparecida e o magistério do Papa Francisco”.
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